As usinas hidrelétricas do rio Madeira, Jirau e Santo Antônio já finalizam as obras. Com isso, centenas de barrageiros (trabalhadores das obras), já foram demitidos e partiram do Estado. Ano que vem a previsão é que milhares deles também vá embora daqui. Pois bem, já vão tarde! Afinal Porto velho não tem nada que ficar com um povo que ao invés de benefícios somente trouxe problemas para a cidade.
Nem o salários que eles ganharam neste ficou por aqui. Gastaram uns pouquinhos em algum boteco ou em prostíbulos, mas a maioria, acostumada arodar o Brasil em busca de barragem para construir, mandava mesmo boa parte do salário as famílias, em suas terras de origem.
Os barrageiros lotaram nossos poucos hospitais e policlínicas, as agências bancárias, e os prostibulos também. Dinheiro investido aqui foi muito pouco em vista dos problemas que nos trouxeram. A Maternidade Municipal que o diga, trabalhando 24 hs fazendo parto de centenas de meninas, cujos filhos estão sendo apelidados de "filhos das usinas".
Com a vinda das usinas, achávamos que o progresso viria. Que muito iria se investir, mas até agora nada de concreto veio de benefício para a cidade. Só problemas!
Porto Velho fez foi perder a noção dos preços. Tudo ficou caro. Vejam só o que aconteceu com os imóveis. Os corretores perderam a noção dos valores. Aluguel então nem se fale! Qualquer cubículo posto para alugar, com preço exorbitante. Na cidade ainda não se acha mais uma simples casa por menos de R$1 mil. Resta-nos esperar que essa febre das usinas passe e as pessoas voltem ao normal e acordem do sonho que colocaram em nossas mentes de que seríamos beneficiados com essas usinas.
Daí então poderemos cair na realidade e voltar a pensar realmente em construir uma cidade melhor através de políticas publicas descentes.
Fonte: Yalle Dantas/Diretora de redação/Novo Jornal
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