TEM MUITA OBRA DE FICÇÃO E BEM POUCAS NO MUNDO REAL
Uma série de obras públicas, sempre anunciadas com estardalhaço, jamais saíram do papel ou, iniciadas, nunca são concluídas, em Porto Velho, mas também em todo o Estado. O rosário começa pela duplicação da BR 364, de Vilhena à Capital, que, é claro, só em sonho. Passa pelos viadutos, jamais prontos. Estende-se pela ponte sobre o rio Madeira, que por incompetência e falta de planejamento, está pronta há um ano, mas não pode ser usada porque faltam 50 metros. Ou seja: não serve para nada. Um pouco mais longe e se chega num tal Complexo Esportivo e Cultural (foto do projeto), que surgiria na área do atual aeroclube e que, agora, o governo diz que não tem dinheiro para construir. Onde estão as tão decantadas obras da avenida Beira Rio, que mudaria completamente o cenário do centro da Capital e daria à população um local turístico nobre e de primeiro mundo? Se nem o trenzinho da Maria Fumaça, que fazia passeios turísticos até a área de Santo Antonio, nunca mais saiu do lugar, como acreditar nessa obras megalomaníacas, geralmente anunciadas com pompa e circunstância e perto de eleições?
Agora, se anuncia mais um super porto para a Capital. Investimentos na ordem de 1 bilhão de reais, que viriam da iniciativa privada, do Grupo Maggi. Nisso até se pode acreditar. Mas no que depender de obras públicas, investimentos de governos, já se sabe: é bom não contar com o ovo no rabo da galinha. O viaduto de Pimenta Bueno levou 20 anos para ser entregue. O Teatro Estadual de Porto Velho caminha célere para suas duas décadas de promessas e até hoje não foi aberto. A ponte na divisa com o Acre e o trem de Vilhena para Porto Velho são outros mega projetos que tendem a ir para a vala comum e nunca se concretizar. Papo furado e discurso tem em abundância. Obra de verdade, muito pouco!
BIANCO E CAPIXABA - Na reta final da corrida em direção a outubro, há ainda partidos e lideranças políticas que não definiram para que lado vão correr. Neste domingo o PTB, comandado no Estado pelo deputado Nilton Capixaba anuncia a quem se alia e apoia na disputa pelo governo. Pode vir surpresa do encontro que os petebistas realizam no interior. José Bianco, um dos poucos líderes que restaram do DEM no Estado, também está na 25ª hora da decisão. Tem que tomar um rumo já, senão pode ficar sem alianças e sem saber com quem contará. Enfim, faltando pouco para as urnas, as indefinições ainda são grandes.
PRESSÃO EM BRASÍLIA -A bancada federal pressiona para que sejam liberados recursos para amenizar a crise causada pela enchente histórica. A recuperação da BR 364, até o Acre, é considerada prioridade, em termos de obras públicas. Pelo menos 60 quilômetros da rodovia ficaram semi destruídos, com as águas que assolaram toda a região. Mas apoio aos flagelados e recuperação de áreas arrasadas também estão na pauta. A bancada tem dado duro. Até agora, contudo, pouca coisa concreta foi conseguida junto à União.
DUAS DÉCADAS - Falou-se muito nos processos em que o ex presidente da República e hoje senador Fernando Collor, seria julgado por crimes cometidos ainda no comando do país, há mais de duas décadas. Ele foi absolvido de todas as acusações. Mas, infelizmente, essa demora absurda deveria é nos envergonhar. Por estarmos num país democrático onde a Justiça leva 22 anos para julgar um processo. Uma coisa impressionante, mas que para o Brasil, onde vale tudo, uma coisa dessas é considerada normal. Lamentável!
MÁQUINAS NAS RUAS - Se tudo deu certo, as máquinas da Prefeitura de Porto Velho, recém adquiridas, devem estar atacando em várias frentes. O trabalho já deveria ter sido realizado desde o feriadão, mas faltavam ainda operadores para os equipamentos.Agora não falta mais e Nazif anuncia uma verdadeira operação de guerra, para combater a buraqueira, fazer uma limpeza geral e, ainda, recuperar áreas destruídas pela enchente. Espera-se que tudo tenha dado certo, porque, se não vão haver gritos e sussurros da população!
RASTRO DA ENCHENTE - O rio Madeira está chegando a menos de 17 metros, mais de dois metros e meio do que o pique da enchente histórica. O que se vê, onde as águas baixaram, é lixo, lama, podridão. Na Estrada de Ferro Madeira Mamoré, peças históricas estão prestes a serem perdidas, se não forem tomadas medidas imediatas para recuperá-las. O risco de doenças graves é iminente e todos os atingidos pelas cheias devem redobrar os cuidados ao voltar para suas casas. Há ainda um longo caminho a ser trilhado antes que a vida volte ao normal, depois da terrível cheia...
POPULAR - O senador e ex governador Ivo Cassol continua popular e muito poderoso na política rondoniense. Prova disso é que de vez em quando, seus adversários correm para atacá-lo, na esperança de que ele possa perder um pouco, o grande prestígio que tem junto ao eleitorado. As táticas, mesmo as mais furiosas, até agora não têm nada resultado. Em cada recanto de Rondônia, o ex-governador de dois mandatos - o único até agora a conseguir este feito - continua cada vez mais prestigiado pelo povão. Não será fácil atingi-lo.
PERGUNTINHA - A menos de seis meses da eleição, você já decidiu em quem vai votar para deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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