domingo, 25 de maio de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

MESMA LEI, MESMO PAÍS, MAS DECISÕES DIFERENTES

A lei que vale para o Amazonas não vale para Rondônia? O questionamento tem a ver, porque, perante crimes semelhantes, o Ministério Público Federal do Amazonas tomou medidas duras, enquanto o de Rondônia não tomou nenhuma. O caso rondoniense aconteceu há mais de 10 anos, quando 27 garimpeiros foram trucidados por índios dentro da Reserva Roosevelt e, até hoje, nenhum dos indiciados em inquérito da Polícia Federal foram sequer denunciados. Já no Amazonas, a decisão foi outra.  Os  índios suspeitos do assassinato de três pessoas, crimes ocorridos na Reserva Tenharim, próximo a Humaitá, não só continuam presos, como foram denunciados à Justiça pelo MPF pelos brutais crimes que cometeram. E os crimes no vizinho Amazonas, bem pertinho da fronteira com Rondônia , aconteceram há menos de cinco meses. Luciano Ferreira, Aldeney  Salvador e Stef Pinheiro de Souza, foram brutalmente mortos a tiros e seus corpos enterrados, segundo as denúncias. Cinco índios foram presos, incluindo dois filhos do Cacique Ivan Tenharim, que morrera dias antes, num acidente de moto. Ajudados por outros três indígenas e um quarto, que não participou diretamente das mortes, mas também foi indiciado, a dupla de filhos do cacique morto liderou a execução. 

As investigações apontam que as três vítimas foram assassinadas a tiros, no dia 16 de dezembro de 2013, ainda dentro do veículo no qual seguiam em viagem pela Rodovia Transamazônica (BR-230) com destino ao município de Apuí. Conforme a denúncia, os corpos foram ocultados e encontrados somente no dia 3 de fevereiro deste ano. O Ministério Público Federal do Amazonas solicitou ainda a instauração de um novo inquérito para apurar a participação de mais pessoas no crime. Perguntar não ofende: porque no Amazonas a mesma lei é aplicada e em Rondônia não?
 VEM AÍ O PADRE TON! - O diretório nacional do PT, ao que parece, aceitou finalmente às argumentações do partido em Rondônia e, enfim, concordou com a pré candidatura do Padre Ton na disputa pelo governo. O presidente Rui Falcão confirmou vinda ao Estado no sábado da outra semana, dia 17, para bater o martelo. Com isso, a aliança com o PMDB, que já era apenas para inglês ver, ficará definitivamente rompida, ao menos no primeiro turno. Os petistas também já avisaram: vão bater no governo de Confúcio Moura.
 DIVISÃO PETISTA - Padre Ton já se apresentava, há pelo menos um mês, como o futuro nome petista na corrida pelo governo rondoniense. Todas as principais lideranças do partido o queriam como pré candidato, menos, é claro, parte do grupo liderado pela ex senadora Fátima Cleide. Ela poderia ser candidata ao Senado, mas se o fosse, não subiria no palanque do adversário dentro do partido. Os petistas em Rondônia também estão divididos, como o está o PT nacional, porque uma parte quer Dilma e outra, maior, quer Lula como candidato à Presidência.
 CRIME REPETIDO - Os ataques à escolas de Porto  Velho continuam. Vagabundos, sem qualquer preocupação com o risco de eventualmente serem pegos (porque sabem que a lei os protegerá, ainda mais se forem menores), continuam causando grandes prejuízos, roubando, vandalizando, esculhambando em educandários. A Escola Araújo Lima, por exemplo, foi roubada pela quarta vez em uma semana. Muitas outras são alvo desses canalhas. Não são presos e quando o são, pouco depois estão nas ruas de novo.Uma vergonha!
 A ELES TUDO ! - Malandros, fazendo de conta que são sem terra, supondo que a mão da Justiça não os alcançará, nesse país em que as leis valem para alguns, não para todos, continuam atacando fazendas na região de União Bandeirantes. Roubam árvores nobres (como mogno) e até falsificam documentos para "esquentar" a madeira, comercializada como se fosse de áreas onde a extração é autorizada. Destroem tudo o que encontram pela frente. Desmatam áreas de floresta virgem, intocadas, já que os proprietários legais não podem tocar nelas. Mas os criminosos podem. A eles tudo, porque são "sem terra". Lamentável.
 FORÇA BRUTA - Há o caso de uma fazenda da região em que foi sentenciada a reintegração de posse há um ano, por um juiz federal. Mas, até agora, simplesmente nada foi feito. A Justiça não é obedecida, a sentença não é mandada cumprir, nem os invasores são tratados como foras da lei. O dono da terra já pediu socorro para todas as autoridades que se possa imaginar, incluindo Polícia Ambiental, Ministério Público, Ibama, Sedam, Justiça. Todos fazem de conta que não é com eles. O Brasil está mesmo caminhando célere para ser uma terra sem lei, onde a força bruta é que decide quem vai ganhar.
 MUDANÇA DE RUMO? - O quadro político pode ter uma novidade muito importante, nos próximos dias. Um nome que estaria sendo considerado como sem chance de disputar o governo, anda reaparecendo em pesquisas e, principalmente, dentro do próprio partido, como uma alternativa com chances reais de chegar lá. O assunto ainda é tratado a sete chaves, mas sabe-se que o caso pode representar uma reviravolta no contexto das pré candidaturas que já estão postas. Esperemos para ver...
 PERGUNTINHA - A lição que os bandidos e vândalos estão aprendendo, quando atacam escolas, é que roubar e  vandalizar escolas não tem problema, já que a punição é zero?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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