quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Blocos carnavalescos concordam com adiamento do Carnaval, diz MP

Reunião do Gabinete de Gestão Integrada do Estado de Rondônia (GGI) realizada na terça-feira (25), com a presença de autoridades de segurança, representantes do Município de Porto Velho e Membros do Ministério Público, além de agremiações carnavalescas resultou, por consenso, no adiamento do Carnaval da Capital, ficando suspenso, por ora, a tradicional saída dos blocos de carnaval de rua. 

Durante a reunião, as autoridades expuseram o panorama de emprego das corporações nesse momento de crise, explicando o uso dos efetivos nas ações de Defesa Civil. O quadro mais crítico refere-se ao Corpo de Bombeiros. De acordo com o Coronel Bombeiro Demargli Costa Farias, a corporação não tem condições de atender o Carnaval, já que seu efetivo está voltado integralmente às ações da enchente. Em razão disso, a Secretaria Nacional de Segurança Pública atendeu pedido do Estado e enviou 30 bombeiros militares a Rondônia recentemente. 

A Polícia Militar também explicou o trabalho das tropas no atendimento dos atingidos pela cheia e informou estar com o efetivo policial da PM parcialmente comprometido em ações de apoio à Defesa Civil.

Diante do argumentado, os líderes das agremiações, solidarizados com as vítimas e preocupados com a segurança dos foliões, acataram a decisão de adiamento dos festejos de carnaval, considerando que a maioria dos órgãos públicos voltados à fiscalização, segurança e atendimento médico de urgência e emergência do evento está em plena execução de ações e medidas de Defesa Civil, em decorrência da cheia do rio Madeira. 

Para o Ministério Público de Rondônia, a impossibilidade de apoio dos órgãos no evento inviabiliza a realização do Carnaval. O MP destaca que a segurança das atividades carnavalescas não é feita somente por um pequeno efetivo da Polícia Militar, demandando o intenso trabalho de outros órgãos, especialmente do Corpo de Bombeiros Militar, que é responsável por fiscalizar carros de som, trios elétricos, prevenir e combater sinistros e, ainda, auxiliar na prestação de atendimento médico de urgência.

Na ocasião, o Ministério Público ressaltou que previsões meteorológicas indicam a ocorrência de chuvas intensas para os próximos 20 dias, o que poderá demandar aumento de atendimento por parte dos órgãos de segurança.

Estiveram presentes à reunião, representantes dos blocos Galo da Meia Noite, Bloco Axé Folia, Banda do Vai Quem Quer, Bloco Porto, entre outros. 

O Ministério Público elogia a atitude adotada pelos dirigentes dos blocos que assentiram à suspensão das festividades momescas neste período crítico, sempre preocupados com a segurança de seus foliões e conscientes das dificuldades ora enfrentadas pelas vítimas das enchentes que tanto necessitam do apoio dos órgãos do Estado neste momento.

Dessa forma, diante do posicionamento das entidades públicas e privadas, o Ministério Público orienta a população a não participar de desfiles de blocos carnavalescos que eventualmente venham a ocorrer em desrespeito à decisão da Prefeitura Municipal de Porto Velho de suspender todos os eventos, uma vez que estes ocorrerão sem as devidas cautelas de segurança, higiene e respeito às normas ambientais.
Fonte: MP-RO
Autor: MP-RO

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