HÁ COISAS QUE PARECEM LOUCURA COLETIVA, NA NOSSA RONDÔNIA?
Só um profundo estudo, feito por especialistas, poderia clarear sobre o que está acontecendo em Rondônia. Em várias regiões, o boato é normal, sempre foi. A invencionice faz parte das relações humanas. Por aqui, contudo, a situação é inacreditável. Nas redes sociais então, nem se fala! O mais incrível é que a maioria das pessoas dá crédito ao absurdo, ao inusitado, ao inventado, do que às palavras dos especialistas. O caso da enchente histórica do rio Madeira que está acontecendo agora é sintomático. Pessoas em posição de liderança, autoridades , gente que é equilibrada e consciente, prefere dar guarida a comentários esdrúxulos e exagerados, do que confiar em documentos, palavras oficiais, dados baseados na ciência, no óbvio. Especialistas de todas as áreas foram ouvidos sobre as causas da terrível cheia. Por unanimidade (não houve uma só declaração confiável em contrário), todos disseram que o fenômeno é natural e cíclico. Ocorre todos os anos, ora com menor, oras com maior força, em função do derretimento da neve da Cordilheira dos Andes e das violentas chuvas nas cabeceiras. Nada tem a ver com usinas, hidrelétricas ou qualquer outro tipo de obra feita pela mão humana.
Houve crédito junto à opinião pública essas informações sérias? Quase nenhum. Mas quando se postou heresias, bobagens, previsões de tragédias e catastrofismo, ah!, aí a crendice é geral. E que não se diga que são apenas os ignorantes e mal informados, a maioria, que optaram por acreditar na invencionice. Entre os crédulos estão políticos, magistrados, promotores públicos, professores e lideranças de vários setores. Será que essa gente toda enlouqueceu junta? Claro que não existe essa anomalia coletiva, mas até parece que há. No final, é uma coisa tão assustadora quanto a terrível enchente!
O PIOR POSTE - Nessa mesma coluna, foi escrito que o ex-presidente Lula elegeria até um poste para a Prefeitura de São Paulo. Lula poderia ter escolhido um poste melhor. O incompetente ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, está saindo muito pior do que qualquer brasileiro que o conhece poderia imaginar. O nível de reprovação de seu governo já chegou aos 80%, um recorde histórico. Ainda o apoiam apenas petistas fanáticos e servidores do seu partido na Prefeitura.
DOIS CAMINHOS - Se não reagir logo, se não se mexer e correr atrás, o prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, corre também o risco de chegar a um nível de reprovação da sua cidade como nunca se viu. Ele começou mal, perdeu um ano e ainda, aí por muito azar, enfrenta uma enchente histórica na sua cidade. Mauro pode sair dessa tragédia da natureza por cima e começar a melhorar a Capital agora ou corre o risco de ir para o rol dos políticos sem futuro. Os próximos três meses indicarão qual o caminho que ele seguirá.
FRENTE A FRENTE - O clima político neste ano de eleição já deu uma indicação de como será pesado o confronto neste ano, em Rondônia. Na volta da Assembleia Legislativa ao seu trabalho normal, o presidente Hermínio Coelho bateu duro no governo. Confúcio Moura deixou o plenário, enquanto seu adversário fazia um dos seus pesados discursos, com críticas duríssimas à administração. Confúcio e Hermínio poderão estar frente a frente nos palanques, quando começar a disputa. Hermínio se mantém como o maior opositor ao Palácio Presidente Vargas.
CAINDO FORA - É uma pena que o deputado Jaques Testoni tenha decidido deixar a vida pública. Ele foi um parlamentar equilibrado, preocupado com sua cidade, Ouro Preto e a região central do Estado; nunca se envolveu em qualquer situação suspeita e fez jus aos votos que recebeu. A decisão de cair fora da política não foi só dele. Foi da família, incluindo seu irmão, o atual prefeito da cidade, Alex Testoni. Isso abre espaço importante na região, para novas lideranças. A família deve fechar seu apoio ao projeto de reeleição de Confúcio Moura, se ela se concretizar.
VOLTOU FERVENDO - A Assembleia voltou com tudo. Começou na terça, numa sessão que fez ferver os bastidores da política, com o discurso pesadíssimo do presidente Hermínio Coelho contra o Governo. Continuou ontem, numa sessão pela manhã e numa audiência pública com os policiais federais em greve, à tarde. E continua nesta quinta, com um tema pra lá de polêmico: as enchentes que estão atingindo Porto Velho e várias regiões do Estado. Clima quentíssimo, pelos lados do parlamento rondoniense.
ATAQUE E CONTRA ATAQUE - Assim como seus adversários, o governador Confúcio Moura também começa a colocar seu time em campo, para responder à oposição e, quando for o caso, partir para o ataque. Nesta semana, esse quadro ficou claro. Num dia, anunciou-se uma aliança de Hermínio Coelho e Cassol, em torno de criação de uma CPI, para investigar a segurança pública. No outro, o diretor de comunicação do governo, Osmar Silva, publicou artigo atacando duramente a união de forças antes antagônicas, mas que agora estão juntas contra Confúcio. A sucessão começa, enfim, a esquentar.
PERGUNTINHA - Se o governo considera trabalho escravo o caso de fazendeiros que não dão aos seus trabalhadores colchões com medidas exatas, considerará também analogia à escravidão o que está acontecendo com os participantes do programa Mais Médicos?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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