QUANDO A BRUTALIDADE BATER À PORTA "DELES", AS COISAS VÃO MUDAR...
O policial apareceu fardado. As imagens, totalmente desfocadas. A voz modificada. E o que ele disse? Textualmente: "esse negócio de Unidade Pacificadora nas comunidades é pra inglês ver. Quem manda nos morros é o tráfico, como sempre foi". Bombou de audiência, em rede nacional. Seria a voz desse homem anônimo, soldado que corre risco de vida todos os dias, defensor da sociedade, isolada, em relação à tropa? Infelizmente não. Dezenas de PMs e policiais civis pensariam o mesmo. Nada oficial, é claro. Porque nos releases do Governo do Rio e da Secretaria de Segurança Pública, só se fala como se as UPPs, as tais Unidades de Polícia Pacificara, apenas com sua presença, resolvessem todos os problemas da criminalidade e, mais ainda, acabando com o terror do tráfico de drogas nos morros cariocas. Claro que houve avanços aqui e ali. Mas muito longe de resolver a questão da violência, do tráfico, do domínio das quadrilhas que infestam as favelas (ops! favela é proibido; No linguajar petista, basta uma mudança de nome para todos os problemas sumirem, como por encanto), nas várias comunidades do Rio.
Dentro de poucos meses começa a Copa do Mundo. E a violência no Rio não para de crescer. Turistas são atacados, assaltados, mortos todos os dias. Isso nem é mais notícia. Em Brasília, a PM, com o maior salário do país, não atende chamadas, porque faz greve branca e seus líderes se dizem "vencedores" com a paralisação, porque os índices de criminalidade dispararam. São Paulo, virou a baderna que todos ouvimos e vemos todos os dias, na mídia. Estão deixando nosso país ser atacado, sem reação de quem de direito. Quem sabe quando os criminosos chegaram à casa deles, aos filhos deles, a eles, quem sabe eles vão se lembrar em criar leis verdadeiras contra a bandidagem?
ABANDONADAS - Mãe e filha cadeirante, a menina internada, estavam em Brasília, com passagens pagas pelo sistema TFD, do governo estadual. Na sexta, dia 31 de janeiro, a menina teve alta. Sua passagem de retorno só foi marcada para esta quinta-feira, dia 6. Marido e pai, o porto velhense Tico Campos ficou desesperado, porque não tinha como manter as duas em Brasília durante tanto tempo. Mãe e filha ficariam sem teto e sem alimentação, durante vários dias. Certamente nem o secretário de saúde Williames Pimentel e o governador Confúcio Moura sabiam dessa decisão absurda vinda da burocracia. Lamentável!
GAFES SEM TOGA - O ministro Joaquim Barbosa, como ministro do Supremo é ótimo, mas sem ela é quase um desastre. Nos Estados Unidos, ele já cometeu várias gafes, incluindo algumas mais sérias, como a de que teria recorrido a um esquema confuso para comprar um apartamento em Miami. A última dele foi ter posado para uma foto ao lado do empresário Antonio Mahfuz, foragido da Justiça brasileira e que responde a mais de 200 processos. Desse jeito, Barbosa como pessoa física, ou seja, quando não está de toga, vai acabar é no anedotário.
CONVERSA NÃO FALTA! - Conversa entre dirigentes partidários é o que não falta, nesse ano. No fim da semana passada, o papo, longo, foi entre o deputado federal Moreira Mendes, presidente regional do PSD e o deputado estadual Lebrão, que comanda o PTB no Estado. Na pauta, a sucessão estadual e a possível formação de uma frente que englobaria vários partidos, com os dois e mais o PSL, por exemplo. Nada concreto, mas a dupla voltará a falar de novo. Moreira é pré-candidato ao Senado e Lebrão quer a reeleição para a Assembleia....
ENXUGANDO GELO - No primeiro mês de 2014, foram 18 assassinatos em Porto Velho. A maioria execuções e na zona leste, onde a violência é extrema. Neste patamar, se chegará ao final do ano com 216 assassinatos. Mais que um a cada dia e meio, mais ou menos. O crime organizado toma conta da Capital, como em outras grandes cidades. Ordens vindas de dentro dos presídios acabam com dezenas de vidas. A disputa por pontos de droga é outro motivo da criminalidade. E a Capital não tem policiamento suficiente. Na segurança pública, só enxuga gelo.
MAIS INCÊNDIO - As autoridades brasileiras estão brincando com fogo. Não resolvem o caso do conflito entre índios e brancos na região de Humaitá e Apuí e ainda podem estar colocando gasolina no fogo. Depois de prender cinco índios por suspeita de três assassinatos, numa operação que parecia até que os criminosos eram autoridades protegidas por todos os deuses, o governo não tratou, jamais, da essência da questão. Índios voltaram a fechar a Transzamazônica, tentaram raptar quatro funcionários da Embratel e ainda ameaçam os brancos.
PÉ DE GUERRA - Os não índios da região também estão em pé de guerra. Não aguentam mais serem tratados como criminosos pelos índios, pela Funai, pelo governo brasileiro. A primeira crise que eclodiu mostrou bem que até pode ocorrer uma chacina. Quem sabe daí se chamam as ONGs e organismos internacionais para virem resolver, já que não temos competência para gerir nossas crises? No país do discurso furado e das ideologias ultrapassados, índio também é massa de manobra , não esqueçamos...
PERGUNTINHA - Será que no final deste ano os moradores de Porto Velho vão comemorar o fim das obras dos viadutos, ou ainda terão que esperar 20 anos, como aconteceu em Pimenta Bueno?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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