E OS DIREITOS HUMANOS DOS POLICIAIS MORTOS?
Um policial sai de casa de manhã sem saber se vai voltar. Ganha um salário ridículo e ainda está na mira da sociedade, do Ministério Público e do Judiciário, porque dependendo da força que usar contra os bandidos, acaba ele, policial, no banco dos réus. Quando um bandido mata um policial, e é preso, sempre tem uma série de proteções legais a seu favor. Nessa semana, mais um PM foi assassinado por assaltantes, em Rondônia. Por criminosos destemidos, que estão se lixando para as vidas humanas, que usam armamentos pesados, que usam dinamite para destruir caixas eletrônicos e que matam pessoas de bem. Que matam jovens, velhos, crianças, pais e mães de família e que, quando presos, vão para baixo das asas dos defensores dos direitos humanos. Os mesmos que não se preocupam com os inocentes, com as vítimas, espalhadas por todos os cantos desse país.
A morte do jovem policial Elvis Paulo Mamédio de Oliveira, de 28 anos, morto a tiros por bandidos cruéis, em Cacaulândia, foi apenas mais uma, entre tantas outras que, todos os dias, se registram em todo o Brasil. Quando um bandidão é morto, mesmo em confronto com forças policiais, mesmo que fique comprovado que ele saiu atirando e que a polícia se defendeu, sempre tem um representante do Ministério Público ou do Judiciário para correr à mídia, avisando que o caso será investigado, para se saber se não houve “excesso de força”. Mas, na morte desse e de tantos outros policiais, se ouve poucas dessas vozes lamentando. E se o PM Mamédio tivesse matado um bandido? Certamente, aí sim, se ouviria gritos e sussurros. Triste país onde há essa absurda inversão de valores. Com a assinatura lamentável das leis e de muitas das nossas autoridades, muito preocupadas com os criminosos, quase nada preocupadas com suas vítimas.
PAZ NA TERRA
O programa Terra Legal, parceria do governo federal com estados e municípios, é uma forma correta de acabar com conflitos agrários. O governador Confúcio Moura entregou títulos definitivos de posse a mais 40 famílias da Comunidade Terra Santa, que lutavam por isso desde 2003. Na Capital, falta agora regularizar a situação dos chacareiros da área próxima à Jerusalém da Amazônia, que abastecem a cidade com inúmeros produtos da terra. Só no Estado, a previsão é de 22 mil pequenos imóveis a serem regularizados. Um programa sério, certamente vai dar nova cara à produção dos pequenos, tanto aqui como no Brasil afora.
FIM DA RESIDÊNCIA?
A Secretaria de Saúde do Estado corre atrás, para tentar manter a atuação da equipe da residência médica do Hospital de Base. O MEC determinou o fim da residência em função do não cumprimento de algumas questões técnicas, mais burocráticas do que qualquer outra coisa. Pelo menos 25 médicos atuam na residência e têm contribuído muito para a melhoria na qualidade do atendimento aos doentes. O caso pode terminar bem ou mal. Vai depender muito do que a Sesau fizer nos próximos dias.
VOTO FEMININO
Se as mulheres votassem em peso em mulheres, as representantes femininas teriam já alguma vantagem em Rondônia. O problema é que, afora momentos isolados, como o caso da presidente Dilma Rousseff, as brasileiras ainda votam, em sua maioria, em homens. Em Rondônia, já mais mulheres votando do que homens. Elas já passam dos 553 mil, enquanto eles ainda estão na faixa dos 551 mil. O fenômeno se repete em Porto Velho, onde o eleitorado feminino também forma uma maioria. A Capital rondoniense já chegou perto dos 280 mil eleitores.
PRESSÃO PEEMEDEBISTA
O PMDB vem pressionando o governador Confúcio Moura para que ele exonere os representantes do PT na sua administração. Confúcio recebe recados, indiretas, palpites e até, eventualmente, algumas reclamações mas ácidas de seus companheiros de partido. Só que até agora não deu atenção ao assunto. Os peemedebistas plantam notícias anunciando a saída dos petistas, mas pelas fontes palacianas, pelo menos por enquanto, essa mudança não está nos planos do chefe. A pressão sobre Confúcio vai continuar. Cada vez mais forte.
TEMPOS DE ELEIÇÃO
A Assembleia Legislativa reinicia seus trabalhos, depois do recesso, com muitos desafios. O presidente Hermínio Coelho já avisou que manterá o mesmo estilo, abrirá as portas do parlamento para o povão e que quer ver o trabalhando andando. Mas será difícil, porque em ano eleitoral, todos os deputados – embora a grande maioria não seja candidata – estarão participando, de uma forma ou outra, da batalha eleitoral em suas bases. Mas, mesmo assim, Hermínio garante que o calendário de votações será cumprido rigorosamente.
APRESSANDO O PASSO
Os candidatos à Prefeitura da Capital começam a apressar o passo. Suas assessorias já estão muito atuantes, distribuindo informações à mídia de cada passo deles. O Baixo Madeira foi o alvo dos últimos dias. Em breve, serão os distritos. Na cidade, a corrida também não pára. Todos visitam os eleitores, correm atrás mas, no geral, deixam claro que querem tudo, menos o debate. Ao menos por enquanto. Dentro de três semanas, começa o horário eleitoral gratuito. Aí sim, a coisa esquenta de vez.
PERGUNTINHA
Quantos dos 38 denunciados no escândalo do Mensalão, que começam a ser julgados hoje, vão pagar pelos crimes que cometeram?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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