Como nascem as Filigranas
Para se fabricar uma peça de filigrana, começa-se por transformar a prata fina no toque de 950 milésimos, fundindo-a com a liga de cobre. Quando se atinge o estado líquido, vaza-se o conteúdo numa rilheira de ferro, originando barras redondas que, em seguida, são passadas num cilindro de fio e em rubis, até ficar na grossura desejada.
De seguida, o fio é torcido através de um processo ancestral, que consiste no seguinte: juntam-se dois fios que são enrolados em madeixa, numa bucha em forma de cone. As extremidades destes fios são puxadas e colocadas em cima duma tábua de torcer. Sobre o fio coloca-se outra tábua e com movimentos de "vaivem" torce-se o fio com a ajuda de um aprendiz que vai segurando e puxando. Depois de torcido, este vaim, novamente, a um cilin dro de chapa para ser batido ficando, assim, pronto para o fabrico da filigrana.
Depois de se fazer a armação da peça com um fio chato designado de parede, completa-se a armação exterior com uma armação interior, do mesmo fio, criando diversas divisões que são, depois, preenchidas com o trabalho em filigrana conferindo-lhe, assim, melhor resistência e aparência. Este trabalho é normalmente efectuado por mulheres - as "enchedeiras" - nas suas residências alternando com as diferentes tarefas domésticas.
Depois de cheias, as peças são devolvidas aos ourives para serem soldadas: a solda, em limanha de toque inferior ao da prata, é aplicada na parte de trás da peça, cobrindo-a totalmente: após esta operação, o ourives com um maçaricop de boca, dá o fogo suficiente até a peça ficar completamente soldada. Segue-se o acabamento da peça, trabalhando que irá revelar a verdadeira sensibilidade do artista.
Fonte: turismo-cmgondomar/Portugal
GONDOMAR - CORAÇÃO DE OURO
Nos braços do rio Douro, vestido por uma paisagem ímpar, Gondomar espera por si e convida-o a deleitar-se nos saberes e sabores tradicionais, onde as pessoas, com coração de ouro, lhe conferem uma qualidade inigualável.
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