quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Opinião de Primeira

SONEGAÇÃO CHEGA A 1 TRILHÃO DE REAIS AO ANO
O dado é estarrecedor. Deixamos de arrecadar mas é mais ou menos o que o país arrecada em impostos (federais, estaduais e municipais), durante todo o ano. Um dos mais experientes conhecedores dos meandros da Receita Federal, o ex-secretário do órgão, Everardo Maciel, anuncia que nada menos do que 1 trilhão de reais em impostos são sonegados ao ano. Malandragens contábeis, simples e pura sonegação, dinheiro da corrupção, dinheiro desviado e lavado por criminosos, tudo isso somando chega a esta soma fabulosa de dinheiro que deveria entrar, mas não entra nos cofres públicos. Isso significa que os tributos são violentos, agressivos e injustos para alguns brasileiros, enquanto milhares de outros conseguem enganar o fisco e não pagar nada. Ou pagar uma ínfimo do que deveriam. Everardo Maciel disse que não somos os únicos. Na Europa, calcula-se que a sonegação atinge mais de 2 trilhões de euros.

No outro lado da moeda, que demonstra que o Estado, como instituição, também não cumpre suas obrigações, o ex-secretário da Receita denuncia que a União, os Estados e Prefeituras devem a seus cidadãos, entre 80 bilhões a 100 bilhões de reais em precatórios que jamais são pagos. Ou seja, o problema está nos dois lados. Na sonegação e nois governantes, que não cumprem com suas obrigações para com aqueles que têm direito. Nesse jogo de empurra, perde o país. Imagine-se o que se poderia fazer com 1 trilhão de reais em benefício da população mais pobre, caso essa grana toda não fosse desviada para os bolsos de sempre. Teríamos um salto em termos de educação, saúde, rodovias, segurança pública. Mas é apenas um sonho, porque ao invés de diminuir, a sonegação só aumenta. Afinal, aqui é o Brasil, país do jeitinho, onde as leis são duras com alguns, mas extremamente moleza para outros.
ESTÁGIO DA CAMPANHA
Como está a campanha em Porto Velho? Por enquanto, o único indício é a pesquisa do Ibope, que colocou Lindomar Garçon como o preferido pela maioria dos entrevistados. Mauro Nazif vem logo atrás. Depois Mariana Carvalho, Fátima Cleide e Mário Português. O médico José Augusto recém tinha iniciado a campanha, quando a pesquisa foi feita, por isso ficou lá atrás, ao lado de Mário Sérgio e do professor Aluizio Vidal. O PSTU  está no traço. Depois do início do horário eleitoral não foi divulgada nenhuma pesquisa isenta.

E A REALIDADE?
Esperava-se mais dos programas eleitorais no rádio e TV. Há, aqui e ali, alguma criatividade e uma tentativa de fugir da mesmice. Mas, no geral, é a mesma coisa. O candidato, seja qual for, é o melhor do mundo; vai resolver todos os problemas da sua cidade e quiçá do planeta; anuncia obras sem fim e solução para deficiências que se arrastam há décadas. Está na hora de alguém começar a falar com o eleitor dentro da realidade, anunciando não 
só o que pretende fazer, mas quando e com que dinheiro. Senão, fica sempre o mesmo papo furado...

PERÍCIA EM MINAS
O Tribunal de Justiça acabou com a moleza da Eletrobras Rondônia, que retira medidores das casas e manda fazer perícia em Minas Gerais. Claro que o morador não tem acesso à perícia e não sabe se o medidor tem problemas e se sua conta está sendo cobrada a mais. Para o TJ, não tem qualquer valor perícia feita na ausência do morador. A Eletrobras não pode suspender o fornecimento de energia  e nem cobrar débitos de supostas fraudes baseada apenas em laudos produzidos pela própria empresa, sem o acompanhamento do cliente. Grande decisão!

FUMACÊ
Esperava-se que neste ano houvesse menos queimadas, que infernizam a Capital e várias cidades do Estado. Campanhas de conscientização, multas pesadas a quem queima sem orientação e sem cuidados e apelos de todos os segmentos da sociedade não adiantaram nada. Embora tenha diminuído um pouco em relação a alguns anos atrás, a fumaça continua tomando conta de Porto Velho, causando sérios problemas, principalmente para as crianças, que sofrem com doenças respiratórias. Conscientização zero, é o que se vê.

UM MURO NAS GREVES
Habituados a impor suas vontades, através de greves e operações padrão, servidores federais de várias áreas estão agora batendo num muro chamado Dilma Rousseff. Ela acabou com a moleza das imposições de funcionários, que protegidos por uma legislação que os transformou numa casta especial da sociedade brasileira, fazem e acontecem. Dilma disse que não negocia mais e quem quiser fazer greve que faça. Obviamente que há categorias muito mal remuneradas, mas há outras que ganham muito bem e querem mais e mais. Daí, dona Dilma entra na jogada...

PISTOLAGEM
Quem chegou a Rondônia nos anos 60 e 70, sabe muito bem o que significa pistolagem. Aqui transformou-se num território semelhante ao Velho Oeste americano do século 19. Até que a polícia agiu com rigor, acabando com o mais alto índice de criminalidade do país. Pois agora, mais de quatro décadas depois, pistoleiros continuam agindo, covardemente, matando pessoas no meio da rua, sem que sejam apanhados. O último caso foi do empresário Elton Cruz Oliveira, morto em Ariquemes. Está na hora da polícia agir com rigor e acabar com essa violência covarde.

PERGUNTINHA
Depois do gol de placa marcado por Ronaldinho Gaúcho, seus críticos ainda vão dizer que ele está acabado para o futebol?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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