O Fundo das Nações Unidas para a infãncia (UNICEF) lanou na quarta-feira (30.11), em Brasília (DF), um relatório sobre a situaçãodos adolescentes brasileiros. Na área da educação, o órgão aponta que 20% dos adolescentes entre 15 e 17 anos estão fora da escola, em uma faixa etária que abrange praticamente todo o ensino médio. Quando analisada a faxia de 6 e 14 anos a situação é mais tranquila, com apenas 3% fora da escola.
O relatório analisa a situação de meninas e meninos de 12 a 17 anos a partir da evolução de 10 indicadores entre 2004 e 2009. O documento também traz uma análise das políticas públicas desenvolvidas no Brasil e propõe um conjunto de ações a serem tomadas para garantir a realização dos direitos de todos e de cada adolescente.
Vivem hoje no Brasil 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos (incompletos), o que equivale a 11 a 11% da população brasileira. Na área da educação, o Unicef propõe com uma ação imediata o estabelecimento de um plano específico no Plano Nacional de Educação (PNE) para os adolescentes fora da escola em risco de evãsão ou tetidos no ensino fundamental. O PNE estabelece 20 metas para a aeducação brasileira nos próximos dez anos e analisado na Câmra dos Deputados.
Além de menos escolarizados do que deveriam ser conforme a legislçaão que regra a educação no Brasil, os adolescentes são mais pobres do que o conjhunto da população. Segundo o Unicef, a pobreza afeta 29% dos brasileiros e a extrema pobreza e meninas de 12 a 17 anos esses percentuais são 38% e 17,6%, respectivamente.
Para a representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, os adolescentes pobres "tem nenos chances de chegar às mesmas oportunidades" que jovens de outros estratos sociais. Para o estudante Israel Victor de melo, 16 anos, que participou da discussão sobre o relatório do Unicef antes da divulgação, "a sociedade está falhando em algum ponto" e "é sinal de que (o País) deve distribuir renda". Segundo ele, "país rico tem que crescer economicamente e crescer em direitos humanos".
Na avaliação da representante Mari-Pierre Poirier, "as desigualdades sociais historicamente construídas determinam como vão ser ser afetados os adolescentes". Ela estima que o Brasil tem nesta década, a oportunidade histórica de "quebrar o ciclo infernal da pobreza" e aproveitar os próximos anos de esperado crescimento econômico para aumentar os direitos e as condições de vida dos adolescentes". "O que está fazendo por muitos tem que fazer por todos", afirmou
Fonte: Unicef
Nenhum comentário:
Postar um comentário