O que aconteceu para termos chegado a esse ponto de tanta discórdia, truculência, falta de diálogo? O que deu em algumas lideranças da Polícia Militar? O que houve com a classe política? O que se sucedeu com o comando da tropa e com a estrutura de hierarquia, esquecidas? As perguntas são muitas, as respostas também.. Só quem é irresponsável acha que os atuais salários da PM e da Polícia Civil são bons. Essa gente, brava em sua maioria, ganha uma miséria e tem que dar segurança à toda a população. Policial é gente da comunidade, conhece as coisas, sabe que está sendo tratado a pão seco, enquanto alguns líderes políticos vivem vidas nababescas. Mas há o outro lado: homens e mulheres da Lei têm que respeitar a Lei, tem que ser a salvaguarda dela; tem que abrir mão de muitas coisas para honrar o uniforme que vestem. Têm obrigação, mais que todos, de fazê-lo. Não dá para aceitar que guardiões da lei e da ordem se transformem, por paixão, ou por planos de candidaturas futuras ou ainda por quererem medir forças com seus chefes, em gente do mal. Com armas, municiados por sentimentos que nada têm a ver com sua missão, mal orientados por lideranças passionais e até irresponsáveis, os PMs caminharam no fio da navalha, prestes a colocar o pé no lado que mais combatem: o dos que estão fora da lei.
Não há meio termo nessa crise com novo capítulo assustador. Há culpa sim de todos os governos, que durante anos vêm relegando as forças policiais a uma vida de salários de fome. Mas há grande culpa também dos policiais e suas esposas, que desrespeitam as leis e a sociedade, como um todo. Há culpa da classe política, que sabe fazer festa com dinheiro público para si, mas não para distribuí-lo, com Justiça, para todos. Só não tem culpa a sociedade, que assiste, pasma, aqueles que deveriam representar o bem, causando medo e temor. Para o povo, não há resposta que explique essa absurda inversão de valores.
CRISE NO HB
O clima entre os médicos e a direção do Hospital de Base está ruim há tempo. Esta coluna adiantou o assunto, quando os profissionais decidiram não mais marcar cirurgias e, só realizá-las quando todos os equipamentos exigidos estivessem a disposição. Agora são os pediatras que não querem mais fazer cirurgias infantis, alegando falta de estrutura. A situação complicou e o conflito pode piorar ainda mais.
BOM SENSO
O competente deputado Neodi Carlos, do PSDC, entrega logo seu relatório do orçamento estadual, de quase 6 bilhões. Tudo ficará pronto para a votação. Se o orçamento não for utilizado como mais uma arma no confronto Executivo-Legislativo, tudo estará decidido dentro do prazo. Mas, pode haver problemas. Os não governistas na ALE podem querer fazer mexidas no orçamento, o que o Palácio Presidente Vargas não aceitaria. Tomara que o bom senso prevaleça.
EXPEDITO COORDENA
Amanhã, quinta, se não houver mudança de última hora, PSDB, PR e PV se reúnem para fortalecer a aliança política para 2012, tanto na Capital como no interior. A coordenação está nas mãos de Expedito Júnior, que sabe como ninguém formar grupos políticos. Pode haver surpresa: um outro grande partido poderá integrar a futura coligação. Nesta semana ainda, se saberá mais detalhes.
CASSOL OTIMISTA
Com relação a 2012, também o ex-governador Cassol fala com otimismo. Ele diz que o PP, partido que preside, está crescendo e se fortalecendo e que influirá, sim, em muitas disputas municipais. Apresentará também candidaturas próprias. Em Porto Velho, cresce a possibilidade do médico Amado Rahaal ser o nome do partido na disputa pela Prefeitura. Mas não é o único. Ivan Rocha ainda está no páreo.
SERÁ UM COMEÇO?
Menos gastança do dinheiro público. Menos duas novas Assembleias Legislativas. Menos dois governos e seu rosário de cargos de confiança. Menos possibilidades de corrupção e desvios. Menos malandros da políticas a serem sustentados. Todo essa subtração resultou na decisão do povo paraense de não dividir o Pará em três. Os que já contabilizavam poder e grana se ferraram. Será que o povão começa a aprender a votar direitinho?
DOENTES SOCIAIS
O vandalismo que destruiu dezenas de mudas de árvores, plantadas pela Prefeitura da Capital, na área do chamado Espaço Alternativo, entre o Hospital de Base e o Aeroporto, é daquelas coisas inomináveis. Atos como esses só podem ser praticados por doentes sociais, que a tudo ignoram. É uma agressão gratuita, uma falta total de qualquer sentimento de cidadania.
PUNIÇÃO VIRTUAL
Destruir o que beneficiará a todos é digno de punição dura. Se esse não fosse o país da impunidade e os marginais fossem pegos, o ideal seria obrigá-los a replantar tudo o que destruíram. E também cuidar das plantas até que elas crescessem. Mas é claro que nada vai acontecer a eles. No Brasil, punição é exercício virtual...
PERGUNTINHA
O Exército Brasileiro deveria passar o Natal e o final de ano em Rondônia, pra que a população pudesse se sentir realmente segura?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário