domingo, 19 de janeiro de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

DESPEJO DE 200 FAZENDAS E RETIRADA DE 45 MIL CABEÇAS DE GADO

Segunda-feira vai começar com uma péssima notícia para os produtores rurais de uma área importante de Porto Velho. Pelo menos 200 propriedades, muitas delas grandes fazendas, onde estão cerca de 45 mil cabeças de gado, não poderão mais existir. Desta segunda até 19 de fevereiro, todas as propriedades terão que ser abandonadas e o gado retirado. Quem não cumprir a ordem judicial, poderá até ser preso e seus animais confiscados. Onde? Dentro da Reserva Extrativista (Resex) de Jacy-Paraná, que, segundo a Justiça, foi irregularmente ocupada há mais de duas décadas. Ali só pode haver algum tipo de cultura para sobrevivência, ou seja, apenas do extrativismo controlado. A medida, segundo a sentença judicial, foi tomada para proteger a estrutura ambiental da área, que vem sofrendo com a ação de madeireiros e com o desmatamento ilegal. Equipes da Sedam e do  Batalhão de Polícia Ambiental, iniciam a notificação das cerca de 200 fazendas de gado instaladas  na reserva. A estrutura de segurança pública será mobilizada para o cumprimento da decisão.

E agora, o que fará essa gente toda?  A verdade é que a transformação de várias áreas em Reservas Naturais ou Extrativistas em Rondônia e na Amazônia, ameaçam cada vez mais o agronegócio e o crescimento econômico. Pressionado por ONGs  e por grandes interesses, o governo brasileiro opta por tirar produtores de áreas em que suam e produzem riquezas para o país. Os madeireiros ilegais e os destruidores da floresta (entre os quais se incluem falsos sem terra, que nunca são punidos), têm mesmo que ser defenestrados. Mas e quem produz e trabalha duro? Será que é justo que percam tudo? Enfim, são as leis que ignoram as pessoas e servem a ideologias e interesses que não são os nossos. Não há mais o que fazer...
 GENTE NÃO CONTA? - Situação semelhante ocorreu na Reserva Rio Pardo, onde um conflito com a polícia acabou com um membro da Força Nacional de Segurança assassinado. A polícia invadiu a área com tudo, tratando gente trabalhadora e invasores ilegais com a mesma forma e da mesma forma. Na Rio Pardo, em 2013, foram produzidos mais de 38 toneladas de alimentos. Nada disso conta. A legislação para a Amazônia faz questão de ignorar as pessoas.
RESPOSTA RÁPIDA - Em Ariquemes, esta semana, o governador Confúcio Moura falou sobre a reação da polícia contra o grupo de assaltantes que atacou a pequena Campo Novo. Oito dos nove bandidos, depois de aterrorizar a população, foram mortos quando tentaram furar o cerco policial à bala. O governador destacou a ação correta, rápida e eficiente das forças policiais, lembrando que se os criminosos tivessem conseguido fugir, poderiam estar aterrorizando outras comunidades. PMs e civis que participaram da ação, foram aplaudidos e homenageados pelo população de Campo Novo.
MAURÃO COMANDA - O vice-presidente da Assembleia, deputado Maurão de Carvalho, responde pelo comando do legislativo estadual até o final do mês, quando retorna o deputado Hermínio Coelho, em férias. Maurão está aproveitando o pouco tempo como líder do parlamento, para receber autoridades, prefeitos, vereadores e falar sobre suas ações. Ele é pré candidato a mais um mandato na Assembleia, embora seu nome tenha sido eventualmente citado como possível concorrente ao Palácio Presidente Vargas.
ALGO ESTÁ MUITO ERRADO - A população não suporta mais tanta violência. Por isso comemora quando a polícia mata algum bandido. Depois de Campio Novo, mais dois criminosos reagiram a ações policiais e também foram mortos, na Capital. E, em menos de duas semanas, pelo menos dois assaltantes pegos pelo povo, em flagrante, apenas sobreviveram porque suas vidas foram salvas exatamente por PMs, que chegaram a tempo. Tudo isso é um péssimo sinal., Quando as pessoas comuns começam a fazer justiça com as próprias mãos, é porque algo está muito errado.
VAMOS TODOS PAGAR - O Ministério Público Federal ingressou com ação na Justiça, pedindo indenização de no mínimo 20 milhões de reais, a serem distribuídos entre as tribos da região, pelos danos que eles teriam sofrido com a construção da Transamazônica. A obra, criada pelos militares no período da ditadura, há mais de 50 anos, surgiu no meio da floresta para integrar o país. Agora, tanto tempo depois, o MPF quer que o povo brasileiro pague (porque o dinheiro da União é de todos), por algo que não pediu e não fez. Mas é assim que as questões indígenas estão sendo tratadas em todas as esferas do MP e do Judiciário. Paguemos, pois!
FISCALIZANDO TUDO - Suspensa a concorrência pública para a terceira empresa de ônibus na Capital, por causa de decisão do Tribunal de Contas do Estado. O TCE, aliás, tem tomado várias decisões relacionadas com projetos da Prefeitura, como as que envolvem mudanças no trânsito do centro e os gastos com a iluminação de Natal. O conselheiro Wilber Coimbra é o que mais está acompanhando de perto as ações do prefeito Nazif e sua equipe e, quando considera que há algo errado, manda corrigir. No caso da concorrência dos ônibus, foram detectadas pelo menos uma dezena de irregularidades no edital.
 PERGUNTINHA - Será que o ano será mesmo tão ruim para a área econômica como estão anunciando vários especialistas ou são apenas previsões negativas exageradas?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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