segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O CRESCIMENTO DAS PEQUENAS RODAS – O mercados das motonetas gigantes deve explodir também no Brasil

A motorização no Brasil está se orientalizando. Com a explosão da nova classe média e o crescimento desordenado das cidades, as motinhos tomam conta das ruas. Com tráfego parado, a tentação de se esgueirar entre os carros soma-se à idéia de economia para determinar a decisão das compras. Em algumas regiões, , cubs e motinhos utilitários surgem como opção ao transporte coletivo – nos casos dramáticos, à precariedade dos meios existentes. Esse fenômeno é claro no Nordeste, que reproduz a opção pela mobilidade individual de grande parte do Oriente longínquo, caso de toda a Indochina, Tailândia, Vietnã, Laos, Camboja, Birmânia – e da continental China. Diante da ausência de trens ou outros sistemas de transporte organizados, vale munir-se de duas rodas e um pouquinho de gasolina.

No Brasil, esse papel popular tem sido reservado às utilitárias, cuja versão emblemática é a Honda CG 125/150 (o veículo automotor mais vendido no país há anos), e às cubs, ou underbones. Os scooters têm se apresentado como opção mais charmosa, especialmente para o público feminino e jovem. Curiosamente, o primeiro veículo a motor feito no país foi a Lambreta, uma motoneta, em 1955. Os automóveis começaram no ano seguinte, com a Vemaguet e Kombi.

Em meados dos anos 80, a Vespa instalou-se em Manaus, em parceria com a Caloi, para montar a Vespa PX 200. Com a reabertura das importações, proibidas entre 1976 e 1990, houve ingressos pontuais de scooters  de marcas como Peugeot e Piaggio, mas o seguimento começou a renascer apenas em 2004, com o lançamento da Suzuki NA 125 Burgman, um sucesso visível nas cidades. A Yamaha lançou a Neo 115 em 2007, com rodas de aro mais amplo e pegada cub, seguida pela Dafra Laser 150 em 2008. A Honda apresentou o Lead 110 em 2009, com injeção de combustível moderna – e ele se mantém na liderança do segmento até hoje.

Entre os scooters de maior cilindrada, a onda do momento, a Suzuki também é a pioneira e a única marca a explorar esse mercado até hoje, com os Burgman 400 e 650. A Dafra começou a construir boa reputação com o Sym Citycom 300, lançado em 2010, sucesso de vendas nas maiores cidades. Aliás, em breve pode lançar a versão mais sofisticada do mesmo modelo, a GT, e até mesmo o irmão maior, o Sym 400i.
Esses produtos devem enfrentar concorrências em breve. A Piaggio, dona da Vespa, ronda e afaga. A Honda, do alto de sua sólida liderança, tem produtos para os diversos nichos, com topo no Silver Wing 600 cc e no novo Integra, de 700cc.


No  Salão da Moto do ano de 2012, a Yamaha e Kavasaki fizeram sondagens com o consumidor final. A marca dos diapasões trouxe o X-Max 250 e o T-Max 530. Alvos de atenção e especulações, nada foi confirmado oficialmente. É dada como certa a chegada do irmão maior da família. A Kavasaki trouxe dois modelos da marca de Taiwan Kymco: o Agility 200 e o Xcting 500. Sua chegada deve ocorrer ainda no segundo semestre. A BMW... Bem, você acaba de conhecer mais fundo o C 600 Sport e o C 630 GT, que em breve devem chegar por aqui. As peças estão no tabuleiro.
 Fonte: Eduardo Viotti – Revista Quatro Rodas / Moto

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