sexta-feira, 10 de maio de 2013

OPINIÃO DE PRIMEIRA


UM PEQUENO AVANÇO PARA MELHORAR A VIDA DOS DEFICIENTES
Perto de 190 mil pessoas têm algum tipo de deficiência em Rondônia, segundo o IBGE. São 43 mil apenas na Capital. Nos casos mais graves, em que o deficiente só pode se locomover em cadeira de rodas, não existem números exatos, mas há centenas e centenas deles, vagando pelas ruas esburacadas, sem estrutura, sujas, sem calçadas, sem acessibilidade, a grande maioria na Capital, mas também no interior. Essa gente faz parte da multidão enorme de 27 milhões de sofredores, que são portadores de algum tipo de deficiência e que são ignorados, a não ser em discursos e leis que não funcionam. Desde as necessidades mínimas até as mais importantes (como transporte digno, atendimento especial, acesso fácil a prédios públicos, clinicas e hospitais), quase nada funciona de verdade, tanto em Rondônia como no resto dste Brasil. De vez em quando, contudo, surge alguma novidade que pode melhorar ao menos um pouco este triste quadro e, ao menos, para algum grupo entre os que mais precisam. Um investimento superior a 205 milhões de reais, feito pelo SUS, vai entregar cadeiras de rodas motorizadas, que podem levar mais conforto e mobilidade para pessoas com deficiência física severa.
É um avanço considerável, uma medida elogiável. Caso os corruptos não intervenham e tomem para si parte desse dinheiro (como é tristemente normal acontecer nesta terra da impunidade), milhares e milhares de brasileiros que estão vivendo de forma terrível, terão ao menos um pouco mais de conforto. Os outros, os que não terão as cadeiras de rodas com motor, continuam esperando sua vez. Querem apenas um  tratamento digno e humano. Querem menos discurso e mais ação. Querem uma chance de viver melhor. Nossos irmãos deficientes precisam do mínimo de atenção. A nós, cabe cobrar dos governantes.
OS DOIS LADOS DA MOEDA - Parentes de vítimas de PMs prometem manifestação neste sábado de manhã, defronte ao Comando da Polícia Militar de Rondônia. Todos têm razão de reclamar quando alguém é morto, ferido ou preso ilegalmente. Sem restrições. O que se espera é que essas mesmas pessoas também se mobilizem para ao menos abraçar as famílias dos policiais mortos em serviço, defendendo a sociedade. Apenas criticar os maus policiais, que são minoria, é injusto. Tem que se dar valor também à grande maioria de abnegados, sofredores e mal pagos representantes da lei.
 NÚMEROS APAVORANTES - Arrepiam os  números divulgados do Mapa da Violência no Brasil. Nas últimas três décadas, entre 1983 e 2013, mais de 1 milhão de pessoas foram assassinadas. Um alto percentual de crimes tiveram requintes de crueldade, principalmente os praticados por menores e depois que entrou em vigor o ECA. A taxa de homicídios aumentou 124 por cento nestes 30 anos e os crimes atingem 26 pessoas a cada 100 mil habitantes. Isso que somos o país da concórdia e da paz. Imagine-se se não fôssemos!
 ELES MANDAM - Claro que é tudo brincadeira, que aqui não somos sérios mesmo. Porque se fôssemos, os mensaleiros condenados já estariam na cadeia e não dando entrevistas país afora, jogando o Judiciário contra a opinião pública. E mobilizando os poderes, uns contra os outros, tentando escapar das grades. Muitos, aliás, vão conseguir. Numa terra onde a lei é igual para todos, esses malandros condenados já estariam cumprindo sentença. Mas aqui, vão acabar ainda é em algum Ministério...
 ME ENGANA QUE EU GOSTO... - E a inflação que o governo jura estar sob controle? Tome-se como base o custo da cesta básica em Porto Velho e vamos começar a tremer. De abril do ano passado para este abril, ela aumento nada menos do que 52 reais, ou alguma coisa batendo na porta dos 20%. Muitas vezes acima dos números oficiais. Os dados são de pesquisa do curso de economia da Unir e deixam claro que a palavra oficial sobre os índices inflacionários estão muito, muito aquém da realidade.
 FARRA ANTROPOLÓGICA - “Não interessa a FUNAI resolver os problemas indígenas, na verdade ela tenta apenas desestabilizar o País criando conflitos em quase todos os estados brasileiros”. A afirmação é do deputado rondoniense Moreira Mendes, batendo abaixo da linha da cintura da instituição que vive à margem da Constituição e que desrespeita as leis para impor suas vontades. Convocada pela Comissão de Integração nacional da Amazônia, a presidente da Funai, Marta Azevedo, mandou uma banana para os deputados e não apareceu. Moreira foi mais longe. Disse que " o que eu vejo na verdade não é uma luta em defesa dos interesses indígenas, mas uma verdadeira farra antropológica".
MENOS AOS ESTRANGEIROS - Moreira Mendes, que preside a comissão, virou uma fera. A reunião era para discutir com que autoridade a Funai bloqueia áreas no país, como a a da reserva Waimiri-Atroari, nos estados do Amazonas e Roraima,  com acesos fechados para brasileiros entre 18h30 e 6h. Menos para estrangeiros, é claro. Além de criticar duramente a Funai, o representante rondoniense disse que "o governo é omisso nessa questão, e as ONGs estão ajudando a criar uma série de conflitos por todo o País”, criticou Moreira.
PERGUNTINHA - Agora que saiu o auxílio financeiro para famílias de drogados - o Bolsa Crack - qual será o novo investimento do governo para o mundo em que as coisas nunca funcionam na vida real?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

Nenhum comentário:

Postar um comentário