GREVES SÃO NORMAIS, MAS HÁ UM LIMITE PARA SUPORTÁ-LAS
O caso das greves de servidores do Estado está chegando perto do limite do suportável. A partir dele, as coisas podem se tornar muito ruins e as consequências, perigosas. Professores, policiais, agentes penitenciários e pessoal da Justiça cruzaram os braços, causando prejuízos à população. É bom que se defenda as greves, que são normais, mas sempre como último recurso. O que se tem visto, em Rondônia, são paralisações que extrapolam os interesses das categorias e põe em risco o funcionamento da máquina estatal. Dois exemplos: os agentes penitenciários, a quem o governo garante, quase dobrou o salário em um ano, têm exigências corretas, é claro, mas também exageros notórios. Em entrevistas e ações, partem para métodos não ortodoxos, incluindo o desrespeito às autoridades e aos seus chefes. O mesmo ocorre com os policiais civis. Têm razão em suas reivindicações? Claro que sim! Mas são homens e mulheres da lei e, antes de qualquer coisa, têm que defender a lei. Ao não acatar decisão judicial que os mandou de volta ao trabalho, dão mau exemplo. Só poderiam continuar parados se algum recurso fosse acatado pela Justiça.
Quando o ex-governador Ivo Cassol falou grosso com algumas categorias - principalmente com o Sintero, com seus vieis político-partidário, além de defender os interesses dos professores - foi taxado de intransigente. Pois o governador Confúcio Moura fez o oposto. Tentou agradar todos, deu aumentos até arriscados para os cofres do Estado, mas, mesmo assim, é tratado como inimigo. É sempre bom lembrar que os funcionários públicos são vitais para nosso Estado e nosso país, mas são imensa minoria. A grande maioria, que paga os salários deles, quer serviços em troca. Não importa sob que argumentos, o grosso da população não tem que pagar uma conta que não é sua.
IML - Corpos expostos, ao ar livre, fedentina, falta de estrutura, falta de pessoal, lâmpadas queimadas, geladeiras para manter os corpos de vez em quando quebradas: esse é o triste retrato do IML de Rondônia. E isso que já foi pior, até porque há tempos atrás, um formigueiro já estava inclusive atingindo a estrutura do prédio antigo. Está na hora das autoridades darem uma atenção especial a esse setor. Não dá para continuar como está.
CONVITES NÃO FALTAM - PMDB, PDT, DEM, PSD, PSDC, PR, PSB, PSDB a lista não acaba. Tem muitos outros. Todos eles já procuraram o empresário e ex-candidato a Prefeitura de Porto Velho, Mário Português, para ingressar nos seus quadros. O PSB de Mauro Nazif também o procurou, mas Português avisou que não poderia aceitar porque pretende disputar novamente a Prefeitura em 2016, certamente contra Nazif, que irà à reeleição. Por enquanto, o megaempresário rondoniense está no MD, resultado de uma fusão do PPS com o PMN. Decide para onde vai até o próximo dia 30.
DE CIMA PARA BAIXO - Por falar em MD, o novo partido, comandado nacionalmente por Roberto Freire, ainda não definiu seu diretório provisório em Rondônia. O nome mais forte para comandar o partido, é o do ex-governador João Cahulla, que inclusive tentou a reeleição pelo PPS, agora fundido com o PMN. Se as coisas seguirem seu curso normal, será mesmo Cahulla o comandante da nova sigla. Já Sandro Morett, que era presidente do PMN, quer que seja o indicado. Nos próximos dias, a decisão virá de Brasília, de cima para baixo...
PELO CANO - Começa a pipocar, aqui e ali, que o governo Confúcio Moura tem trabalhado duro, tem investido pesado, tem realizado obras importantes, mas que sua comunicação com o rondoniense não acompanha esse ritmo. Está na hora da equipe "confunciana" sentar à mesa e planejar ações nesse sentido, inclusive dando mais liberdade de ação e recursos turma do Decom. Em plenos anos 2013, quando a comunicação é vital em todos os setores, governo que não souber como falar com sua população está fadado a tubular. No popular: entrar pelo cano.
DOIS EXEMPLOS - No interior, poucas surpresas. Como se imaginava, os dois prefeitos que andam esbanjando popularidade e bons resultados nos primeiros meses do ano, são o reeleito Alex Testoni e o recém eleito Jesualdo Pires. Preparados, os dois têm tudo para fazer administrações muito positivas em suas cidades. Jesualdo só pensa em cumprir bem todo o seu mandato e resolver os problemas da sua cidade, mas Testoni anda serelepe, ouvindo convites à toda hora para entrar na disputa pelo Governo do Estado em 14. Espera-se muito também dos prefeitos de outras cidades, que ainda não deram o mesmo salto da dupla de Ouro Preto e Ji-Paraná.
SEM PORTO E SEM CADEIA - Dá vontade de chorar, ao ler reportagem do site G1 (Globo), relatando que a obra do porto do Piauí está abandonada. Depois de 37 anos em construção e com quase 390 milhões de reais investidos. Um estado pobre, que poderia melhorar a condição de vida da sua gente com obras de vulto, o Piauí é um resumo do abandono e do desrespeito com o dinheiro público no Brasil. O Piauí não tem porto. E não deve ter cadeia também, porque os ladrões dos cofres públicos continuam livres, leves, soltos. Lamentável!
PERGUNTINHA - Quando o governo brasileiro vai começar a informar, em detalhes, tudo o que está gastando para construir os estádios para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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