Denominamos de "países baleias" os quatro países (Brasil, China, Índia e Rússia, componentes do grupo Bric), em virtude de disporem de gigantescas extensões territoriais e enormes mercados populacionais com crescente poder aquisitivo e qualidade de vida. É evidente que os EUA ainda são a potência hegemônica mundial e, mesmo com sua decadência ainda terão grande importância, bem como a União Européia, no contexto internacional, além do ascendente Bric.
A China já é a segunda economia do mundo, detentora de apreciável poder militar. A Índia e a Rússia estão entre as dez maiores economias do mundo e também possuem elevado poder militar.
Em uma análise prospectiva, apesar de termos a sétima economia do mundo, vasta extensão territorial, abundantes recursos naturais existentes, da água ao titânio, passando agora pelo petróleo além de um povo ordeiro e trabalhador, a fragilidade da expressão militar do poder nacional constituiu uma vulnerabilidade preocupante.
De fato, há um plano arquitetado pelos "donos do mundo" de enfraquecer as Forças Armadas dos países emergentes, sufocando-as de todas as maneiras, financeiras, econômica e moralmente.
É proibido o acesso à moderna tecnologia bélica, seja no tocante a engenhos nucleares, seja na área espacial. O trágico episódio da explosão do terceiro VLS brasileiro,com a perda de 21 mártires, é emblemático.
Até jatos supersônicos são proibidos. Fabricação de mísseis, nem pensar. Até a proibição da comercialização de armas e munições queriam impor ao povo brasileiro. As empresas nacionais seriam expulsas do mercado, e o Brasil ficaria dependente até da importação de um cartucho de 22. Desta forma, fica mais fácil intimidar e até agredir nosso território, direta ou indiretamente.
Os conceitos de integração, soberania e integridade do Patrimônio Nacional são importantes para serem lembrados por todos nós, brasileiros, devido à insegurança vivenciada, gerada principalmente por pressões externas. Sofremos o risco de serem agravadas as tensões no plano social, com o acirramento e a indução e choques de caráter "racial", religioso, étnico e até sexual ou de gênero.
As famigeradas ONGs e a mídia internacional, secundada pela mídia nacional, vão procurar jogar católicos contra protestantes e espíritas, brancos contra negros e índios e outros. Seu objetivo é abalar nossa coesão social, pra fragilizar-nos.
Absurdas imposições externas e referendadas pelas últimas administrações, como o denominado sistema de "cotas raciais", começaram a criar conflitos antes inexistentes em nosso país.
Quanto à coesão territorial, estão acelerando o processo de demarcação de terras indígenas, para depois preparar o terreno para o "direito dos índios à autodeterminação" e para aplicar o "direito de ingerência dos mais fortes". Isto lhes possibilitaria retalhar o território brasileiro, em especial a Região Amazônica, dividindo-a em quistos, a serem "protegidos" por uma força internacional de paz. Sob o pretexto de defender os direitos dos índios, pretendem explorar nossas riquezas e recursos naturais.
O revolver de chagas abertas há cerca de 50 anos, abrindo feridas que deveriam estar cicatrizadas, com a Lei da Anistia referendada pelo Supremo Tribunal Federal, por mais motivações que apresentem, representa justamente o desejo do inimigo externo.
Enquanto olhamos pelo espelho retrovisor, digladiando-nos ferozmente por várias razões, algumas justificáveis, outras não, em virtude da parcialidade evidente, dando voz a penas um dos lados participantes da luta armada no país, os "donos do mundo" enxergam com farol de milha, deleitando-se com nossa divisão interna e avançando sem a devida resistência em nossas riquezas, afrontando nossa soberania.
O momento é de União. O passado foi-se. Nossos descendentes dependem daquilo que conseguimos legar para eles. Sequer temos um Projeto Nacional de Desenvolvimento . Chega de ódio e sentimento de vingança! Houve excessos de ambos os lados e, em nome do futuro, devemos lutar ombro a ombro contra as formidáveis ameaças existentes ao nosso Progresso.
Fonte: Marcos Coimbra - Conselheiro diretor do Cebres, titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e autor do livro Brasil Soberano - Jornal Alto Madeira
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