domingo, 18 de março de 2012

OPINIÃO DE PRIMEIRA

CIDADE SUJA: A CULPA TAMBÉM DEVE
SER DEBITADA À QUEM SE OMITE
Tem que dividir as responsabilidades. Não basta o cidadão cobrar tudo do poder público, quando ele mesmo, esquecendo sua cidadania, desrespeita, destrói, dilapida, esculhamba. O caso do lixo em Porto Velho é sintomático. A coleta ainda é deficiente na maior parte da cidade, mas nas áreas onde ela funciona, o que se vê é gente jogando sujeira nas ruas, lixeiras sendo destruídas, várias delas arrancadas e levadas embora, lojas jogando papel e plástico em plena rua. Não faltam os que, pouco depois de fazerem sua sujeira, saírem criticando a lixo acumulado em algumas áreas bem no centro da Capital. A Prefeitura, na região central, colocou um total de 400 lixeiras. Na Sete de Setembro, uma delas a cada 40 metros. E o que se vê? Acúmulo de sujeira nas calçadas e ruas, como embalagens plásticas, papelão e materiais de propaganda. Às vezes no chão, ao lado das lixeiras, que ficam vazias. Quando chove, esse lixo todo vai para a rede de drenagem. Entope tudo e daí, quando há alagações, culpa-se apenas a Prefeitura.

O mesmo acontece em canais que atravessam a cidade. Neles, a própria população joga de tudo: fogões, geladeiras, sofás, televisores, colchões. Parece invenção, mas infelizmente não é. Na época das chuvas, com os canais entupidos, a água não escoa. E vai para dentro das casas dos porto velhenses. Muitos dos quais, na verdade, contribuíram para o desastre, jogando entulhos em locais que sempre deveriam estar limpos. Sujar a sua cidade é lamentável, tanto quanto fazer de conta que não tem nada a ver com o problema. Não denunciar esse dano contra a comunidade, lavar as mãos quando vê alguém destruindo ou roubando uma lixeira ou contribuir para que a cidade fique cada vez pior, é comum em Porto Velho. Está na hora da população se envolver. Senão, não há sistema que mantenha essa cidade limpa.

MAIS PRESSÃO
Daniel Pereira voltou à Assembleia. Não como deputado, como o foi num mandato em que teve atuação destacada, mas como líder do movimento denominado Forum de Defesa do Serviço Público. Ele entregou carta ao presidente José Hermínio Coelho, em nome de vários sindicatos, exigindo providências urgentes da ALE, em relação aos deputados implicados na Operação Termópilas. O Forum pretende reunir 100 mil assinaturas, para que o assunto que envolve vários parlamentares, seja decidido rapidamente.

PORTAS FECHADAS
Aliás, nessa terça, tem nova reunião da Comissão Processante, que analisa o caso Termópilas. Ficou decidido que serão feitas reuniões fechadas, sem acesso do público e da imprensa. Há quem defenda que o trabalho deveria ser aberto e transparente, até para que todos soubessem do andamento do caso. A população deveria ter o direito de acompanhar cada passo das investigações. Mas a decisão já está tomada.

MORTE IGNORADA

O fazendeiro Daniel Estivanini, de Ariquemes, foi morto numa emboscada, no centro de Ariquemes, sexta. Ele era dono de uma fazenda que há quatro anos foi invadida pelos famigerados sem terra, que a lei nunca alcança. Conseguiu reintegração de posse na Justiça e acabou barbaramente assassinado. Se a vítima fosse um sem terra, até a ONU já teria mandado representante para esclarecer o caso. Mas como é apenas mais um proprietário morto, nenhuma comissão de direitos humanos já se pronunciou ou vai se pronunciar. É o terror imposto contra quem trabalha a sua terra há anos e anos.

NÚMEROS QUE ASSUSTAM
Tem informações que, quando públicas, assustam os brasileiros. Por exemplo: um número para se analisar e preocupar: o custo total de pessoal da União aumentou de 75 bilhões de reais em 2002 para 169 bilhões em 2009. Isso significa que, em apenas sete anos, o crescimento foi de mais de 125%. E, nos últimos três anos, os números continuam em ascensão. Ou seja, o governo brasileiro está cada vez mais inchado e aumentando seu pessoal. Já a prestação de serviços, está cada vez pior...

CASO GRAVE
Mais uma crise envolvendo a falta de anestesistas. A categoria, no Estado, se rebelou contra a contratação (feita legalmente, por concorrência pública), de uma empresa da Bahia, para prestar todo o serviço no sistema estadual de saúde. Só que a tal empresa, que venceu a licitação, não tem sequer um médico especialista contratado. Tenta, por telefone, cooptar anestesistas que já trabalham aqui. Nenhum aceitou a proposta. O impasse continua e é a população está sofrendo.

NÃO ABRE MÃO
O diretório do PMDB da Capital não aceita sequer ouvir falar na possibilidade de não ter nome próprio na disputa pela Prefeitura da Capital. O grupo que domina o diretório, comandado por simpatizantes da indicação do secretário Abelardo Castro Neto, faz reuniões e expõe até faixas, exigindo um peemedebista para a eleição de outubro. Uma ampla pesquisa está sendo realizada, para saber quem teria mais chances, se Abelardinho ou David Chiquilito. Mas indicar apenas o vice, como ocorreu nas últimas eleições, está mesmo fora dos planos peemedebistas, na Capital.

PERGUNTINHA
Mortes na BR, rodovia interrompida, greve dos professores, chuva que inunda várias cidades, queda de ponte no rio Preto: depois de tantas desgraças, não está na hora de passar o inferno astral que estamos vivendo?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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