ESTAMOS ASSISTINDO A UMA TRAGÉDIA
ANUNCIADA, GERADA PELA IMPUNIDADE
Não são eventos isolados. São ações vindas da mesma raiz. Do desrespeito, da imposição pela força e pela baderna. Da tentativa de desrespeitar a lei e a ordem. Da luta que tem como prioridade a bagunça, a esculhambação, o confronto à autoridade. É o resultado claro do que de pior nossos governantes e nosso Congresso nos deram como presentes gregos: a absurda impunidade para quem desrespeita as leis e o peso delas para as pessoas de bem. O primeiro caso está ocorrendo em Vilhena, onde a Liga dos Camponeses Pobres, está ameaçando um confronto sangrento com a polícia, caso a PM decida cumprir uma decisão judicial. A de fazer a reintegração de posse de uma área invadida por membros dela, da famigerada LCP. O outro, registra-se em Porto Velho, onde uma minoria de baderneiros, desrespeitando a Justiça e o próprio sindicato da categoria, está enfrentando a lei e a ordem, orientada por um partido político, o PSTU (segundo denunciou o deputado federal Moreira Mendes) e tentando criar um clima de terror nas obras das hidrelétricas.
Em ambos os casos, os irresponsáveis, sabendo da total impunidade, sabendo que nada lhes acontecerá, sabendo claramente que podem enfrentar a polícia e o Judiciário e ainda se fazerem de vítimas, estão tentando de tudo para iniciar uma guerra. Que, é claro, só a eles interessa. Culpa de quem? Dos que usam a lei para punir só alguns, dos que não colocam na cadeia essa gente que está doidona para destruir. Desses que planejam com calma, preparando de tudo para tentar fazer com que a polícia atire em alguém, que alguém saia morto ou ferido, para daí então, usarem o argumento de que houve violência contra pobres coitados que apenas estavam reivindicando. A baderna está aí. E o governo só fala na Copa. E o Congresso só luta por cargos no poder. Estamos caminhando para o caos. E eles fazem questão de fazer de conta que não enxergam...
“VAI EXPLODIR”
Fernandinho Beira Mar, preso no cadeia de segurança máxima de Porto Velho, teve atendimento médico VIP esta semana, na Policlínica Osvaldo Cruz. Quase meia centena de policiais o acompanharam a uma consulta, para exames médicos. A uma enfermeira que o atendeu, Fernandinho perguntou se ela morava em Porto Velho. A profissional disse que sim. O bandidão, então, afirmou, com todas as letras: ”Então se prepare, porque Porto Velho vai explodir”. A enfermeira, apavorada, contou a história a várias pessoas. Portanto, se algo acontecer, já se sabe que não foi por falta de aviso.
IMPLODIU
Miguel de Souza manteve a palavra. Até onde pôde suportar a rasteira. O Frentão, com o partido dele, o PR, mais o PSDB, o PV e o PSD, implodiu. O acordo era que, uma pesquisa a ser feita em maio, apontaria quem encabeçaria uma chapa nesta coligação que, se concretizada, seria muito forte. Todos os demais participantes do acordo roeram a corda. Miguel, agora, diz que vai procurar outras turmas. E que é candidatíssimo à Prefeitura.
MUITOS NOMES
O PSDB caiu fora do Frentão, indicando vários nomes como pré-candidatos, com destaque para Mariana Carvalho e Ivo Benitez. O PV não abre mão de Lindomar Garçon como seu nome para a disputa. O PSD está tentando convencer Hermínio Coelho para entrar na briga, mas se ele não topar, busca um plano B. Ou seja, ao invés do “fascio”, ou seja, dos laços fortalecidos, individualmente todos ficarão mais vulneráveis.
NOVA RELAÇÃO
As coisas mudaram mesmo na Assembleia Legislativa. Depois da passagem de Valter Araújo, que tinha nenhuma proximidade com os servidores, Hermínio Coelho está agindo de forma totalmente diferente. Aproximou-se do funcionalismo, mandou pagar o que estava contido há anos e tem dado especial atenção às reivindicações do pessoal da ALE. Resultado: tem sido saudado e homenageado por sua equipe, liderada pelo sindicato da categoria. Hermínio está demonstrando que o poder não o afastou de suas raízes, ao contrário do que ocorre muitas vezes com políticos que ascendem a cargos importantes.
CAMPO DE CONCENTRAÇÃO
A crise da saúde pública no Estado e principalmente da Pronto Socorro João Paulo II, chegou com toda a força na Assembleia. Nesta semana, vários deputados ocuparam a tribuna para criticar duramente a situação do JP. Começou com Jesualdo Pires, passou por Adelino Follador e chegou a Ribamar Araújo. Mas a frase mais dura veio do deputado Eurípedes Lebrão. Ele comparou o maior hospital de Rondônia a um campo de concentração da era nazista. Exagerou, mas a intenção era chocar. Isso ele conseguiu.
HORA LIMITE
Está na hora do governo buscar todas as forças, todos os recursos, todos os parceiros e dar um tratamento de choque no João Paulo. Os últimos acontecimentos, envolvendo o diretor Sérgio Mello e um vídeo na internet, de um homem com tapurus na boca, formaram a gota d´água para que a crise chegasse ao auge. Nessa semana, um paciente ligou ao programa Papo de Redação, da Rádio Parecis FM, pedindo socorro. Estava há 19 dias internado, depois de um atropelamento e sequer tinha sido atendido. Chegou ao limite. Agora, a hora é de resolver, de qualquer jeito.
PERGUNTINHA
Há alguma esperança de manutenção da democracia num país em que as leis só servem para defender direitos e ignorar deveres e responsabilidades?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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