PROMETEMOS MUITO E NÃO ESTAMOS
CONSEGUINDO CUMPRIR QUASE NADA
Há um frenesi, de nossas autoridades e setores da imprensa, contra a Fifa e as exigências que estão feitas para a Copa do Mundo de 2014. Até frases infelizes, ditas por um dos dirigentes da entidade, causaram uma espécie de comoção nacional, transformando uma bobagem em questão de Estado. O competente e sério ministro Aldo Rebelo, teve que se prestar ao papel de convocar uma coletiva, para dizer que determinado dirigente não seria mais aceito como interlocutor para assuntos da Copa. Bobagem atrás de bobagem. O que há de verdade é que, num evento de tal porte, com a grandeza exigida, a incompetência, o jeitinho brasileiro, o discurso vazio, acabam se ampliando, porque o mundo fica conhecendo muito de perto quem realmente somos e a falta de qualidade dos nossos governantes, quando se trata de cumprir acordos firmados. A grande maioria dos estádios está com obras atrasadas, a infraestrutura necessária é risível, a chamada mobilidade social é um arremedo. E isso que ainda não se começou a falar – mas vai se começar em breve – em superfaturamento, em dinheirama jogada fora, em corrupção e malandragem.
A verdade verdadeira é que, ao aceitar sediar uma Copa do Mundo, o Brasil abriu as pernas para todas as exigências da Fifa. E o fez publicamente, na frente de câmeras e microfones, perante alguns bilhões de espectadores do mundo inteiro. Aceitou todos os termos, vibrou (quem não lembra?), quando fomos escolhidos. E nossos governantes deixaram claro que fariam até pacto com o diabo, para que a Copa fosse em nosso país. Reclamar agora? Fazer jogo de cena agora? Isso é para quem está acostumado a não cumprir promessas. O povo brasileiro esquece o que é prometido. Mas com a Fifa, o buraco é mais embaixo. Portanto, vamos deixar de ser hipócritas e cumprir, à risca, todos os juramentos que fizemos, até ao capeta, para sediarmos a Copa. E fim de papo!
FÓRUM DA ENERGIA
O deputado federal Carlos Magno, até agora com pouca visibilidade em seu mandato, adotou uma causa que certamente dará resultados positivos ao Estado. Nesta sexta, promove em Ouro Preto, um Fórum de Discussão sobre os graves problemas energéticos de Rondônia. Com o título de “O Estado que produz energia, precisa de energia”, ele pretende mobilizar a sociedade para que a Eletrobras Rondônia trate nosso Estado como ele merece.
O PIOR DOS SERVIÇOS
Além das constantes faltas de energia em Ouro Preto, região e a seriedade da siuação, certamente o Fórum promovido por Carlos Magno vai discutir também o fato de que o serviço de atendimento gratuito ao cliente, o famigerado 0800, funcionar a mais de três mil quilômetros de Rondônia. E prestar um dos piores serviços públicos que se tem notícia em todo o País. Debater o tema já é um começo. Por isso, é importante a participação das comunidades no encontro desta sexta, em Ouro Preto.
FIM DA FARRA
Atualmente, existem 335 pedidos de terras indígenas no Brasil, a grande maioria na Amazônia e pelo menos uma, enorme, na divisa entre Porto Velho e Candeias do Jamary. Não tivesse sido parada por decisão judicial de primeira instância, Candeias poderia se transformar, de uma hora para outra, numa enorme aldeia para pouco mais de 300 índios. É esse tipo de absurdo que o Congresso Nacional quer acabar, através de duas PEC que estão sendo analisadas. Por elas, acaba a farra da Funai e grupos estrangeiros, via ONGs, que decidem sobre terras indígenas.
NÃO SERÁ FÁCIL
Mas não se pense que a decisão do Congresso será votada de forma pacífica, para incluir governos, parlamentos e municípios na discussão sobre terras indígenas. ONGs indigenistas e ambientalistas estão se mobilizando para barrar o avanço do debate, de modo a manter as decisões sobre o estabelecimento de novas reservas confinadas ao grupelho que atualmente domina, em especial, a Funai. É bom a sociedade rondoniense ficar de olho, porque senão o Congresso e o governo brasileiros se curvarão novamente para as poderosas ONGs.
HOMENAGEM A VALVERDE
O prefeito Roberto Sobrinho não conseguiu segurar as lágrimas na inauguração de um centro modelo de atendimento na saúde pública. Com investimento em parceria com a Santo Antônio Energia e Ministério da Saúde, a obra, de 3 milhões e 900 mil reais, leva o nome do ex-deputado federal Eduardo Valverde, tragicamente falecido há um ano na BR 364. Sobrinho lembrou do amigo com emoção, na inauguração de uma das grandes obras do seu governo entregues à comunidade da Capital.
DINAMITE
O ESTADÃO DO NORTE denuncia que mais de 800 quilos de dinamite poderiam estar nas mãos de bandidos. Para serem usados em ataques a caixas eletrônicas, uma espécie de febre do crime que se espalhou pelo Brasil e, é claro, chegou a Rondônia. Está na hora das autoridades responsáveis começarem a dizer para a população de onde essas quadrilhas têm acesso tão fácil a explosivos. Como a responsabilidade é do Exército, não é o caso da instituição entrar de sola no caso?
PERGUNTINHA
Alguém ainda aguenta ouvir ou ler “vamos estar entregando”, “vamos estar fazendo”, uma linguagem absurda e importada, que querem nos empurrar goela abaixo como se fosse correta?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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