sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

OS RAUPP E SEUS QUASE 600 MIL VOTOS NÃO TÊM INFLUÊNCIA NO GOVERNO DE RONDÔNIA

Do alto dos seus 481.284 votos conquistados no ano passado, se tornando o político com maior votação individual da história de Rondônia, Valdir Raupp, só por isso, já estaria credenciado para falar em nome da maioria dos rondonienses. Seus votos chegaram a 92% do total dos depositados, por exemplo, em Confúcio Moura, eleito governador e João Cahulla, que ficou em segundo na disputa e que, juntos, tiveram 538.115 votos. Raupp se tornou uma personalidade da política nacional, ainda mais quando caiu no seu colo a presidência nacional do PMDB, maior partido político do país. Michel Temer elegeu-se com Dilma Rousseff e Raupp ficou no comando. É voz respeitada no Congresso e no governo brasileiro. Aqui por Rondônia, contudo, Raupp não tem tido muito poder. Seu companheiro de partido, o governador Confúcio Moura, prefere manter o seu estilo. Optou por parceiros do PMDB, mas apenas os de sua escolha pessoal. E abriu espaço na administração para muitos outros partidos. Raupp tem comentado, em todos os lugares que vai, que não indicou sequer um nome para o atual governo de Rondônia. Nem sua mulher, a deputada federal Marinha Raupp, também campeão de votos. Junto, o casal somou quase 600 mil votos, o que equivalia, no ano passado, a quase 90% dos votos válidos dos rondonienses.
Nesta semana, Confúcio participou de uma reunião no PMDB. Ouviu queixas, lamúrias e até críticas. Como sempre educado e gentil, o governador agradeceu às sugestões, disse que aceitava as críticas também, com humildade, mas deixou claro que manterá seu estilo próprio de governar. Não haverá mudanças profundas nem na equipe e nem na estratégia. Os Raupp, ao menos até agora, continuarão sem dar muito pitaco no governo de Rondônia, mesmo com todo o poderio político e eleitoral. Se isso será bom ou ruim para eles, só o futuro poderá dizer.

CASO DE POLÍCIA
Há quem critique a decisão do governador Confúcio Moura em colocar um delegado de polícia, Ricardo Rodrigues, como novo titular da pasta da saúde. Mas, convenhamos, do jeito que as coisas estavam na Sesau, foi uma medida das mais acertadas. Tem que organizar a casa, acabar com todas as falcatruas internas e então começar a fazer a coisa andar na linha. Foi sim uma decisão correta, para estancar a estrutura de corrupção descoberta recentemente. A questão tem que ser tratada sim como caso de polícia, pelo menos até limpar a área.

MANDA E NÃO MANDA
A coluna publicou há dias que o governador Confúcio Moura estava enfrentando dificuldades de ver que algumas ordens, inclusive dadas pessoalmente a assessores, não estavam sendo cumpridas. Houve quem torcesse o nariz. Pois o próprio Confúcio falou sobre isso em seu blog. E o que escreveu deixa claro que a coluna não estava errada.

ILUSÃO
Confúcio, ao falar sobre compras e decisões de governo, escreveu com todas as letras: “Governador pensa que manda, chega até a se iludir, mas, tem contrapesos poderosos, forças que puxam o governo pra trás, pra frente e para os lados. Mais ou menos com um cavalo arreado, espora, freio na boca e rédea”. O tema era outro, mas o raciocínio vale para o mesmo contexto.

LINHA DE FRENTE
Do atual secretariado de Confúcio, três nomes tem se destacado. O primeiro deles é o secretário de Finanças, Benedito Alves, que vem realizando um grande trabalho na sua área. O outro é Abelardo Castro Neto, no Deosp. E o terceiro é o diretor geral do DER, Lúcio Mosquini. Há aqui e ali alguns outros destaques, mas o trio linha de frente tem sido esse.

APOIOS
Por falar em Abelardo, a ala do PMDB que quer vê-lo candidato já está se mexendo. Ontem, quando se informou aqui que ele é o nome preferido do partido para disputar a Prefeitura de Porto Velho, meia dúzia de simpatizantes da pré candidatura do diretor do Deosp ligou à coluna, apoiando a ideia. É começo de mobilização.

ACIR DECIDE
Como vai andar o PDT no Estado e especialmente em Porto Velho? A decisão passa pelo único nome quente do partido, o senador Acir Gurgacz. Ele já conversando com várias lideranças mas, na Capital, é muito provável que o partido se alie novamente ao PT. A perspectiva de lançar nome próprio para 2012, é muito pequena. Só a partir do primeiro trimestre do ano que vem é que as coisas clareiam entre os pedetistas.

COSTURANDO
PSDB, PV e PR realizam um grande encontro no próximo dia 15, quinta-feira da próxima semana. Vão consolidar a aliança e receber inclusive convidados de outros partidos. Pode até surgir uma surpresa, numa aliança que estaria sendo costurada para fortalecer ainda mais a aliança. O presidente regional tucano, Expedito Júnior é quem está amarrando as pontas, para que haja uma forte conjunção de forças políticas no ano que vem, inclusive na Capital.

PERGUNTINHA
O oitavo ministro a ser defenestrado no governo Dilma Rousseff cai ainda esse ano ou a revista Veja vai esperar 2012 chegar?
Fonte: Sérgio Pires/Alto Madeira




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