domingo, 11 de dezembro de 2011

AS MOTOS SE TORNARAM COMO CAIXÕES AMBULANTES, NO NOSSO TRÂNSITO MATADOR

Não há exagero. Parte dos milhares de motoqueiros que infestam o trânsito das grandes cidades – e em Porto Velho não é nada diferente – parece estar disposto ao suicídio, tal o festival de maluquices e falta de um mínimo de cuidado de quem pilota. O número de mortes é impressionante, há feridos com sequelas para a vida toda; há algumas dezenas com ferimentos graves. Mas não há qualquer sinal de que quem usa moto pela BR 364, pelas avenidas e ruas da cidade, se preocupe em aprender um pouco mais, a controlar sua ansiedade, a não andar em alta velocidade, a não atravessar sinais vermelhos, a respeitar preferenciais. Como a questão do suicídio é um pouco dramática, o que se conclui, com certeza, é que a grande maioria dos pilotos não fez auto escola, desconhece as leis do trânsito e, o que é pior, não sabem nada de uma lei básica da física, que diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Fazendo ultrapassagens cinematográficas, levando às vezes duas e até mais pessoas na carona, incluindo crianças, eles parecem não estar nem aí para nada. Para quem os vê (é claro, excluindo-se as exceções de sempre), parece que não pilotam veículos pequenos e frágeis e que nada lhes acontecerá se baterem.
No Hospital João Paulo II (e em praticamente todos os pronto socorros do país), de cada dez vítimas do trânsito, oito são motoqueiros ou seus caronas. Aqui em Porto Velho e no interior, morre todos os dias ao menos um. As autoridades de trânsito se calam, não agem, não chamam essa gente toda para cursos, para aulas de autoproteção, para direção defensiva. Entregam habilitações aos borbotões, deixando que alguns coitados, muitos dos que nunca dirigiram ou pilotaram em suas vidas, saiam pelas ruas da mesma forma que o gado vai para o matadouro. Não há mais como postergar medidas práticas e duras em relação às motos, que, nas ruas rondonienses e brasileiras, têm se transformado em caixões ambulantes.

PÉ DE GUERRA
Há sim um clima de animosidade dentro da Assembleia. Aliados ao governo ou os que apenas simpatizam com projetos vindos do Executivo, estão protestando contra o presidente José Hermínio. Jesualdo Pires, geralmente muito equilibrado, chamou Hermínio de arrogante e de ditador. A coisa começa a ficar complicada lá pelos lados do parlamento. Governistas e oposicionistas estão em pé de guerra.

COBRAR DE QUEM?
A onda de assaltos que assolou Ariquemes durante a greve da PM, essa semana, apavorou comerciantes e a população. Gangues atacaram lojas, postos de gasolina, bancos e mataram uma pessoa. Responsabilizar a quem? Todos ficaram à mercê dos criminosos. Se com a PM eles já atacam, imagine-se sem ela...

ÚLTIMA CHANCE
Hoje é a última noite para assistir a impressionante apresentação de alta tecnologia que a Santo Antônio Energia promove, no Centro de Cultura da Capital. É um evento visto apenas poucas cidades brasileiras. Efeitos com imagens da nossa história podem ser vistos na parede do prédio. É realmente um espetáculo que ninguém pode perder. Quem não viu, que vá correndo ver, hoje à noite.

JARU NO COMANDO
Hoje tem encontro regional do PT em Ji-Paraná. A atual presidente estadual do partido, deputada Epifânia Barbosa, deixa o cargo por 180 dias, a pedido dela própria e anunciará sua decisão oficialmente, no encontro. Assume Sônia Cordeiro, de Jaru, com a missão de coordenar as candidaturas do partido em todo o Estado. O seu maior problema será, sem dúvida, na Capital.

SEM ADVERSÁRIO?
Pelas bandas de Cacoal, o Padre Franco parece estar nadando de braçada em busca da sua reeleição. Sua maior adversária, a deputada estadual Glaucione Nery, acabou enredada em denúncias do Ministério Público, em relação a uma empresa de sua família. Nada está provado, mas para o eleitor, a simples denúncia muitas vezes serve como condenação. Então, o prefeito padre parece estar com a faca e o queijo na mão. Pelo menos nesse momento.

ENCHENDO O SACO
Algumas minorias, apoiadas por parte da mídia e incentivadas pelo governo, de vez em quando enchem o saco. Se o sujeito não acha que ser gay é a melhor coisa do mundo, é perseguidor e preconceituoso. Se exige que as leis sejam cumpridas e que sirvam para todos, é extremista de direita. Se acha que há hipocrisia no combate ao vício do cigarro, porque o governo de um lado libera o fumo, porque ganha bilhões em impostos e de outro o combate, é um irresponsável.

MAIS EXEMPLOS
Mais: Se reza, é fanático. Se não reza, é um ateu dos piores. Se reclama dos péssimos serviços públicos, é um agitador. Se não critica os políticos, é um alienado. Se critica, é questionado sobre porque vota neles. Se não vai votar, não é um cidadão. Se vota e escolhe mal – como quase sempre acontece – é um despreparado. Dá pra aguentar essa confusão toda? Não seria melhor cada um cuidar do seu rabo?

PERGUNTINHA
Será que a população de Porto Velho voltará a ter o direito de ir e vir na avenida Sete de Setembro, ou alguém vai fechá-la de novo, em protesto?
Fonte: Sérgio Pires/Alto Madeira

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