quinta-feira, 10 de setembro de 2015

DICAS DE MANUTENÇÃO PARA A SUA MOTOCICLETA

Bateria
Muitas baterias de moto não são seladas e esporadicamente precisam ter o nível de água completado. Na lateral da bateria você encontrará as marcas “mínimo” e “máximo”. Desligue a bateria (solte primeiro o pólo negativo), retire-a da moto, abra todas as tampinhas e complete o nível com água destilada vendida em postos de combustíveis e farmácias – água comum oxida as placas metálicas existentes dentro da bateria. Não use água mineral ou da torneira. No verão, em regiões quentes ou em motos que passam o dia estacionadas sob o sol, essa verificação tem de ser mais frequente. Quando montar a bateria de volta, aproveite para limpar os pólos e ligue primeiro o positivo.

Cabos
Os cabos de freio, acelerador e embreagem também devem ser conferidos periodicamente. A quebra pode deixar você a pé ou comprometer a segurança. É fácil verificar: no caso do freio dianteiro a tambor e da embreagem, afaste o guarda-pó de borracha dos manetes e espie o estado dos cabos de aço. Troque se estiverem desfiados. A verificação do cabo do acelerador e sua troca devem ser feitas em uma concessionária.

Corrente
A corrente perde a lubrificação mais rápido em períodos de chuva e quando se trafega em regiões com muita terra, pó ou areia. Se andar de moto sob chuva intensa, lubrifique a corrente com óleo SAE 80-90 antes da próxima saída (aplique sobre toda a extensão da corrente com um pincel ou escova de dentes). A lubrificação reduz o atrito com a coroa e o pinhão e faz com que os três componentes durem mais. Em condições normais de uso, no asfalto, lubrifique a cada 500 km rodados. 
Conforme a moto ganha quilometragem, lentamente a corrente ganha folga. Com o tempo você notará que ela ficará abaulada para baixo. Quando essa folga for superior ao indicado no manual do proprietário (pode ser de 1,5 cm ou 2 cm, por exemplo), é preciso ajustá-la para não correr o risco de que se solte da coroa com a moto em movimento. Use um dedo ou chave de fenda para empurrar a corrente para baixo e ver quanto cede. O jogo de ferramentas original é suficiente para esticar a corrente e o procedimento está também no manual do proprietário. Basicamente, é feito soltando o eixo traseiro e o afastando para trás no braço oscilante da suspensão, junto com a roda. O aperto em excesso pode causar o rompimento. Cheque a folga a cada 1.000 km.

Filtro de ar
Algumas motos empregam filtros de ar descartáveis pela facilidade de manutenção, mas a maioria dos modelos de baixa cilindrada traz elementos de espuma. Estes devem ser lavados com detergente neutro a cada 1.000 km, e menos que isso se a moto circular em locais com muita poeira ou areia. Depois dessa limpeza, algumas fabricantes recomendam aplicar óleo SAE 80-90 na espuma.

Freio
No caso do sistema a disco, é possível ver se as pastilhas estão próximas ao limite ficando de frente para a roda. As pastilhas são formadas por uma base metálica (por onde ficam presas à pinça de freio) e pelo material de atrito, que visualmente é um “degrau” que fica em contato com o disco. Ele não pode estar com menos de 1 milímetro de espessura, e é ideal verificar até cada 1.000 km. Não deixe a pastilha acabar, porque essa economia sai caro: se a base metálica entrar em contato com o disco, vai danificá-lo e você precisará comprar um novo. Já nos modelos a tambor há indicadores do limite de ajuste das sapatas. O ajuste do freio a tambor é necessário conforme as sapatas se desgastam e a folga se torna superior a 3 cm até que o freio seja acionado quando pisamos no pedal.

Óleo do motor
Óleo lubrificante de boa qualidade é vital para a durabilidade do motor. Além de reduzir o desgaste entre peças como cilindro e anéis, o lubrificante ajuda a resfriar o motor e diminui o atrito no câmbio. Trocar o lubrificante seguindo os prazos corretos e especificações indicadas no manual do proprietário é uma das formas mais baratas de conservar seu motor. Escolha a fabricante de sua preferência, mas sempre siga a recomendação de viscosidade para qual seu motor foi projetado (por exemplo, 20W50).  
Cheque se o nível do óleo lubrificante não está abaixo do mínimo recomendável a cada 1.000 km, pelo menos. Para isso, espere de 1 a 5 minutos após o uso e coloque a moto em piso plano. A maioria dos modelos precisa estar na vertical e não inclinada sobre o descanso lateral, o que resulta em diferença na leitura (consulte o manual da sua moto). Retire a tampa de abastecimento, limpe a vareta e insira novamente sem rosquear para verificar o nível do óleo, que deve estar entre as marcas “mínimo” e “máximo”. Se estiver abaixo do nível mínimo, complete com o mesmo lubrificante até atingir o nível correto.
No frasco de óleo você também encontra as classificações API de performance do óleo, por letras como SJ, SL e SM. Sendo de uma mesma viscosidade, um óleo API SL atende à uma classificação mais exigente que um API SJ, por exemplo (e assim por diante, em ordem alfabética). Você pode optar por um óleo de classificação API superior sempre que desejar, desde que respeite a indicação de viscosidade determinada pela fabricante da moto.            

Pneu
A parada no posto é uma boa oportunidade para checar a calibragem dos pneus. O procedimento correto é feito com os pneus frios, por isso prefira parar no posto mais próximo – quando o pneu se aquece em contato com o piso, a pressão do ar interno aumenta e a bomba identifica uma pressão maior. Use a pressão indicada pela fabricante da moto no manual do proprietário ou adesivo que costuma ser fixado no braço oscilante da suspensão traseira.
Mesmo que os pneus ainda não estejam gastos, precisam ser trocados se completarem cinco anos. O problema é que a borracha enrijece e resseca com o passar dos anos, e isso diminui a capacidade de aderir ao asfalto, o que pode causar derrapagens. A data de fabricação fica estampada na lateral do pneu, perto da inscrição “DOT” (de Department of Transportation). É uma sequência de quatro números, na qual os dois primeiros revelam a semana em que foi produzido e os dois últimos, o ano de fabricação. Por exemplo: “0313” significa que foi produzido na terceira semana de 2013.
Quando os sulcos do pneu atingem a profundidade mínima, é hora de trocá-lo. Os sulcos servem para escoar a água em piso molhado e evitar a perda de aderência. Para evitar que o pneu se torne inseguro, ou que os sulcos desapareçam para que depois você perceba que já deveria tê-lo trocado, todo pneu traz na lateral inscrição TWI (do inglês Tread Wear Indicator, ou indicador de desgaste da banda de rodagem). Olhando o sulco próximo das letras TWI você encontrará pequenos ressaltos. Basta trocar o pneu quando a altura da banda de rodagem se igualar a esses ressaltos.

Vela de ignição
A vela de ignição é importante porque produz a faísca na mistura ar-combustível dentro do motor, o que faz sua moto andar. Quando gasta, faz o consumo de combustível subir, assim como a emissão de poluentes. Troque-as de acordo com a indicação do manual e verifique seu estado a cada 3.000 km. A folga entre os eletrodos deve ter em média 0,8 milímetro e precisa ser ajustada quando se compra uma vela nova.
Fonte: Revista Duas Rodas

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