Dentro de alguns dias, no máximo no mês de setembro, pelo menos 27 municípios da Região Norte (Amazonas, Pará e Amapá) estarão sendo beneficiados com serviços de tecnologia banda larga. Essa medida, fruto do consórcio LT Amazonas, formado pelas empresas Isolux Infrastructere e Manaus Transmissora, vai proporcionar conexões 5 mil vezes mais rápidas que as atuais e aumentará em 100 vezes a capacidade de transmissão de voz e dados na região.
O Diário esteve acompanhando o projeto na última quarta-feira em Brasília em ato solene que contou com a presença do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Em discurso, Bernardo enfatizou a importância, de preparar o Brasil para o mundo digital. Uma grande população brasileira ainda é prejudicada com a péssima qualidade de serviços de internet móvel. Muitas das vezes, o cidadão adquire uma tecnologia de 5 megas, mas acaba pagando 3. No Brasil, não existe empresa para aferir esse tipo de serviço no momento.
O projeto que prevê a construção de linhas de transmissão com cabo de fibra óptica interligando os estados do Norte é de 1983 e somente agora está saindo do papel. O projeto, ao que parece, só andou pelo fato da capital amazonense ser cidade sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014 e o Brasil não quer fazer feio.
O ministro Paulo Bernardes reconhece que a internet no Brasil está congestionada. É necessário assegurar infraestrutura para ampliar os serviços da rede. Na cidade de Porto Alegre, ocasião de entrega de mais uma obra do governo federal, o ministro, acertou no alvo quando afirma que é necessário abrir mão de alguns tributos para as empresas que investem na melhoria do sistema de transmissão de informação por meio da internet.
A medida, que por um lado, causa prejuízos aos cofres públicos. Por outro, ajuda a levar informação com alta velocidade à população do Norte. Países, com menor extensão territorial que o Brasil, estão investindo pesado na transmissão de dados e internet 4G. O Brasil precisa empatar esse jogo.
Fonte: Editorial - Jornal Diário da Amazônia
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