terça-feira, 16 de abril de 2013

OPINIÃO DE PRIMEIRA


NOVAS ALDEIAS, AGORA EM GUAJARÁ E COSTA MARQUES
A Funai está tentando de novo! Agora quer tomar para si e transformar em aldeia indígena mais uma enorme área em Rondônia, dessa vez na região entre a cidade de Guajará Mirim e a de Costa Marques. Portaria da Funai de  25 de março passado, criou de um tal Grupo Técnico, com o objetivo de realizar estudos "etno-históricos, antropológicos, ambientais e cartográficos", para provar que áreas onde hoje há famílias morando há anos ou até décadas,  têm que ser entregues a meia dúzia de índios. A intenção é aumentar a delimitação de áreas tradicionalmente ocupadas pelos índios Djeoromitxí,  Kujubim, Canoé e demais etnias na região do rio Cautário, localizada nos municípios de Costa Marques e Guajará Há menos de dois anos atrás, houve tentativa semelhante em Candeias do Jamary, que só não se concretizou (ainda), por causa de uma decisão liminar da Justiça Federal.
Líder dos proprietários rurais de Rondônia, o produtor rural Sebastião Conti Neto alerta, diz, em nota, que a forma como está feito o novo estudo da Funai é ilegal. E alerta aos produtores que estão tendo suas áreas analisadas:  "esses estudos não têm validade  sem a participação, desde o início dos referidos estudos, de representantes dos entes confederados. Ou seja, representantes do Estado de Rondônia e dos municípios envolvidos na questão. A lei é clara: estudos feitos sem esses detalhes exigidos pela atual legislação, são considerados ilegais e nulos". Ele acrescenta que "o Grupo Técnico designado para desenvolver os estudos têm livre acesso ás propriedades, porém, os proprietários devem identificar todos os membros participantes e podem impedir a entrada de quem não se identificar. Em caso de duvida, Conti se coloca a disposição dos proprietários nos fones: 8403  7855;  9906 7926 e 3221 3853. Basta ligar...
 OITO MIL PRESOS - Nas redes sociais, o governador Confúcio Moura está pedindo socorro. No sentido figurado, é claro. Ele escreveu que há oito mil presidiários no Estado e pelo menos outros oito mil, condenados, ainda não estão atrás das grades, como deveriam. Segundo ele, os custos disso tudo podem quebrar o Estado, que tem que arcar com todas as responsabilidades. Segundo Confúcio, a situação é caótica. Ele está pedindo ajuda, no sentido de ideias e sugestões, para tentar diminuir o problema. Pelo menos foi o que ficou denotada no que postou dias atrás.
RÉPLICA E TRÉPLICA - O palavreado foi duro, a troca de farpas quase extrapolou o aceitável. É a crise entre o Ministério Público de Rondônia e o Judiciário, com tons de agressividade de parte a parte, entre o procurador Héverton Aguiar e o desembargador Walter Walternberg. O desembargador Renato Mimessi também saiu em defesa do colega, dizendo por exemplo que não se pode aceitar que o MP elogie o Judiciário quanto a decisão o favorece (MP) e critica quando perde a causa. Vai haver réplica e tréplica, infelizmente.
TIRO PELA CULATRA? - Tem certas iniciativas que, claramente com a melhor das intenções, eventualmente podem parecer tiro pela culatra. Suspeita-se que seja o caso da ação, num único dia e em todo o país (e Rondônia entrou na onda, também), em que o Ministério Público realizou operações prendendo dezenas de pessoas, suspeitas de corrupção. Como foram operações separadas, com denunciados nada tendo a ver com os outros, ficou parecendo que a intenção era executar um plano nacional, apenas para mostrar serviço. Mas, o ruim é que pareceu que, no final, não se deu prioridade, por exemplo, a todos direitos dos suspeitos.
INTENÇÃO BOA - A intenção, das melhores, foi mostrar ao país a importância das investigações pelo MP e combater a famigerada e desnecessária PEC 37. Mas, como em muitos casos, também incluindo Porto Velho, as medidas pareceram mais midiáticas do que práticas, as ações acabaram se tornando, em alguns casos, como um gol contra. Deputados e senadores, que vão votar a PEC 37, não gostaram nada do que viram e ouviram. Ou seja, foi ruim, embora a intenção boa.
TRIPUDIANDO - "Quero agradecer ao movimento gay. Quanto mais tempo perderem com o Feliciano, maior será a bancada evangélica em 2014". As afirmações são do também polêmico bispo Silas Malafaia, sobre o caso que envolve o deputado-pastor Marco Feliciano. Acusado de homofóbico e racista, Feliciano está sob fogo cruzado principalmente dos gays, que o querem fora da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Mas Malafaia tripudia. Diz que a população evangélica vai levar Feliciano à Câmara, em 2014, com o dobro dos 200 mil votos que fez em sua primeira eleição. Pior é que está totalmente certo.
ALVO ERRADO? - Outra questão que envolveu o MP, esta semana passada, teve como protagonista, de novo, o agora senador Ivo Cassol. Ele protestou, em discurso na tribuna do Senado, do que chamou de "achismo" do MP ao denunciá-lo por improbidade. Acontece que a denúncia foi feita, segundo Cassol, depois que ele já não era governador e não tinha nenhuma responsabilidade sobre os atos do governo. O comandante do Estado, quando o problema relacionado com um concurso público teria ocorrido quando João Cahulla governava. E agora?
PERGUNTINHA - Até quando a proteção a menores criminosos continuará como programa oficial do governo brasileiro?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

Nenhum comentário:

Postar um comentário