quarta-feira, 11 de julho de 2012

Opinião de Primeira

O PODER DOS SINDICATOS PODE
ACABAR PARANDO TODO O PAÍS?
Democracia ou República Sindicalista?. O poder nas mãos dos sindicatos pode até inviabilizar quaisquer planos de crescimento, quando não de sobrevivência de uma nação. No Brasil, as entidades classistas, movimentadas por bilhões de reais do imposto sindical e verbas oficiais, podem se tornar massa de manobra, pelegos a serviço dos poderosos de plantão, mas também ser uma pedra no sapato deles. Lutar por seus sindicalizados é dever do dirigente, mas quando ele se imiscui em questões que não lhe dizem respeito, aí o risco se acentua. Como o fez novo presidente da CUT, ameaçando, nem velada, mas claramente, ao Judiciário, avisando que se “houver julgamento político no caso do Mensalão”, vai chamar os trabalhadores para irem para as ruas, protestar. Do outro lado da moeda há os que exigem, em muitos casos, vantagens que não há como atender. Surge então o perigo de se paralisar setores de grande importância, senão vitais. E prejudicar, principalmente, aqueles outros brasileiros, milhões e milhões, que não tem as benesses do serviço público, mas dele dependem.

Hoje, pelo menos 20 categorias de servidores federais estão em greve, em muitos casos com reivindicações das mais justas. Perto de 300 mil trabalhadores. Para atender todos os pleitos, a União teria que gastar mais 92 bilhões de reais por ano. Por enquanto, contudo, o país não sente falta da grande maioria dos setores em greve, porque muitos são ineficientes e outros até, inúteis. Mas onde há serviços importantes e essenciais, os dirigentes sindicais que representam o funcionalismo, têm obrigação de pensar que suas categorias servem ao país e não dele se servem. Inviabilizar economicamente a nação para atender algumas categorias profissionais não é democrático. E é um grave risco que, aí sim, todos - servidores ou não – corremos.

MENOS CONCORRENTES
No total, o TRE recebeu 392 solicitações de registro de candidaturas em Porto Velho. Desses, 18 formam a dupla de postulantes à Prefeitura e seus respectivos vices. Sobram 374 nomes para concorrer às cadeiras da Câmara Municipal. Embora tenha aumentado o número de assentos na Câmara (serão cinco a mais que atualmente, 21 no total), o de candidatos não cresceu em relação à última eleição municipal de 2008. Cada cadeira – partindo-se do princípio que todos estarão aptos a concorrer – será disputada por 17 candidatos.

MESMO ESTILO
O governador Confúcio Moura mandou um recado aos seus opositores, bem dentro do seu estilo: “Não vou ficar batendo boca com adversários em ponta de esquina, nem responder a ataques da imprensa. Vou fazer o que sempre fiz, que é trabalhar muito. Se sou um vencedor até hoje é porque trabalho muito”. Avisou que não responderá a ataques, a não ser comos resultados da sua administração. Não foge da sua forma de participar da vida pública. Confúcio nunca foi de bater boca. E não vai mudar agora, quando está no poder.

PARA A HISTÓRIA
Esta quarta-feira pode entrar para a história recente do Brasil. Tudo leva a crer que o senador Demóstenes Torres, ex-DEM e um dos mais respeitados políticos do país até estourar o escândalo Cachoeira, será mesmo cassado por seus pares. Mesmo com votação secreta, ninguém espera que ele seja poupado por seus pares, até para dar uma satisfação à sociedade brasileira. Demóstenes será o boi de piranha do enorme escândalo, porque duvida-se que mais cabeças rolarão. Pelo menos no Congresso.

BANHO MARIA...
Nessa fase da campanha, ainda começando, a maioria dos candidatos está pisando em ovos ao falar sobre a transposição dos servidores para a folha de pagamento da União. Só se toca no assunto quando um eleitor pergunta especificamente. Usada com grande intensidade nas últimas campanhas, a transposição agora está em banho maria, como mote de discurso. Até porque parece definitivo que, se sair, a tão propalada transposição não chegará nem perto daquela Brastemp que vários políticos anunciavam nos palanques, até há pouco tempo...

ATAQUE E DEFESA
Edição desta semana da revista Veja traz denúncias daquelas “cabeludas”, contra grupo próximo ao presidente da Bolívia, Evo Morales e o tráfico internacional de drogas. A Veja cita fontes oficiais e coloca pesadas suspeitas sobre militares, auxiliares diretos e até o vice-presidente boliviano. O governo de Morales reagiu de pronto, anunciando que vai processar a publicação brasileira e negando todas as acusações. O caso é grave e envolve mais uma vez a questão do narcotráfico, já que a Bolívia é o terceiro produtor mundial de cocaína.

NA MESMA SEMANA
Alguma coisa está errada: dois grandes eventos na Capital estão marcados para as mesmas datas, na última semana de agosto. Tanto o Arraial Flor do Maracujá como o Carnaval fora de época vão acontecer ao mesmo tempo. Pelo menos as datas já foram anunciadas. O Arraial será no antigo Parque de Exposições, que está sendo remodelado. O carnaval voltará à avenida Jorge Teixeira, autorizado pela Justiça. Não seria o caso de haver uma conversa para que os eventos fossem em datas diferentes? Porque realizar os dois ao mesmo tempo parece uma grande falta de bom senso.

PERGUNTINHA
Será que a votação secreta pode mudar a já decidida cassação do senador Demostenes Torres?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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