terça-feira, 24 de julho de 2012

Opinião de Primeira

O TEMPO PASSA E NINGUÉM SAI EM SOCORRO DOS CONSUMIDORES
O site rondoniagora relata o caso de uma aposentada que recebeu uma conta da Eletrobras Rondônia de energia de 5 mil reais. Isso mesmo. Na sua casa modesta, onde ela tem um ou outro eletrodoméstico, vive da pensão e, é claro, não tem como pagar a conta. A história desta pobre mulher se repete pelo Estado afora, em milhares de residências e prédios comerciais. Os erros são tão gritantes que, indica o bom senso, todas as leituras de consumo deveriam ser refeitas. Mas, é sempre bom lembrar que estamos no Brasil e, nesse país diferente, as leis em profusão não servem para todos. Ainda mais para os mais pobres. Então, para a Eletrobras, o problema não é dela, fornecedora de energia, mas sim de quem recebeu a conta, que tem que correr atrás para tentar mudar o erro, que pode destruir o orçamento de quem já tem grandes dificuldades de sobreviver com seus parcos salários. É uma situação dantesca, até porque representantes da Eletrobras Rondônia reconhecem o problema, culpam uma empresa terceirizada (o que o consumidor tem a ver com isso?), mas não determina que seja feita uma recontagem que resulte no valor justo a ser pago.

Infelizmente, ficam no ar perguntas óbvias. Onde estão os representantes do povo? E órgãos de defesa do consumidor? Porque o Ministério Público, sempre tão atuante e presente, não tomou até agora nenhuma medida para acabar com essa agressão ao bolso dos mais pobres? Porque a Eletrobras, estatal que nos foi empurrada goela abaixo, não demitiu toda a diretoria e rompeu o contrato com a empresa terceirizada que fez toda a bagunça? Todas essas perguntas continuam sem resposta. Enquanto isso, usuários dos serviços de energia elétrica andam para lá e para cá, buscando um socorro que nunca chega. Até quando teremos que suportar isso?

CASTA ESPECIAL
Depois, quando se afirma que muitos grupos de servidores públicos se consideram uma casta especial na sociedade brasileira, alguns dizem que é perseguição. Mas não há como não considerar um abuso a decisão do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários do Estado de Rondônia (Singeperon), que determinou que seus associados ignorem determinação do Governo do Estado para cumprimento do horário de trabalho.

QUATRO DIAS
Parece brincadeira, mas não é. Os agentes penitenciários querem que seja mantido o esquema de trabalho de 24 com folga de 96 horas. Ou seja, querem trabalhar um dia e folgar quatro. Em que lugar do mundo isso acontece? Que benefício é esse? Não é um verdadeiro acinte contra os pobres trabalhadores brasileiros, que têm que dar duro todos os dias para não morrer de fome? O governo exige que os agentes trabalhem 24 horas e folguem 72, o que já é demais. O Singeperon avisa que vai à Justiça para impedir que a moleza de quatro dias de folga acabe. Certamente o Judiciário vai dar a resposta que uma ação dessas merece!

NAS RUAS
A campanha já está nas ruas, finalmente. Todos os oito candidatos que disputam o primeiro turno em Porto Velho começaram a andar pelos bairros, ter contato com o eleitor, falar de seus projetos. Até pit stop já aconteceu em Porto Velho, no final de semana, demonstrando que, aos poucos, a mobilização eleitoral começa a envolver a cidade. Nos próximos dias, começam as gravações dos programas eleitorais gratuitos e no dia 21 ela entra no ar, no rádio e TV. A previsão é de que os concorrentes na Capital gastem perto de 38 milhões de reais na campanha.

CADÊ A OBRA?
Não são só obras públicas de vulto que não se concretizam. Os exemplos de que pequenos serviços, que ajudariam a melhorar a vida da população, também servem para maracutaias e desvios. Um dos casos aconteceu em Jaru, onde uma empresa recebeu 125 mil reais para construir ,uma ciclovia, colocou o dinheiro na sua conta e sumiu. Como um serviço é pago antes de sequer ser iniciado? Como uma empresa dessas é contratada? Enfim, é a população que paga pelo que não recebe.

ASNEIRA PURA
Tem muita coisa que a gente tem que conviver e aceitar, porque na democracia é importante que todos tenham voz. Mas há quem exagere, que queira impor asneiras ao país, em nome de seus convicções. É o caso de projeto de lei apresentado pelo deputado Josias Macieira, do DEM do Tocantins. Ele estabelece a obrigatoriedade da apresentação da certidão de casamento nas recepções de motéis. “O projeto que conta com amplo apoio da bancada evangélica no Congresso quer coibir o pecado da fornicação no Brasil", afirma o abestado.

VADE RETRO!
Depois quando a população critica duramente alguns projetos de seus representantes e até parte a para a gozação, há quem ache exagero. Mas o que dizer se um sujeito desse, eleito para tratar de assuntos sérios, para defender os interesses do povo e que se arvora de dono da moral e dos bons costumes? E a Câmara dos Deputados está perdendo tempo com essa asneira, enquanto o país enfrenta crises duríssimas na saúde, na segurança, na educação. Vade retro!!!!

PERGUNTINHA
Até que ponto as crenças religiosas vão continuar influindo nas eleições para escolha de candidatos a todos os níveis no Brasil?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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