Das 160 famílias que vivem na comunidade de Cujubim, apenas 20 já voltaram para suas casas semidestruídas. Todas estão abandonadas. Não há qualquer apoio do sistema público, seja ele municipal ou estadual. O jornalista Eduardo Kopanakis, da TV Candelária, esteve por lá para mostrar a tristeza do quadro em que se encontra o distrito. Voltou apavorado com o que viu. Quem ainda não assistiu à reportagem que mostrou o drama dos moradores daquela que foi uma das áreas mais atingidas pela cheia, pode encontrar no link: http://www.tvcandelaria.com.br/Videos/comunidade-de-cujubim-depois-da-enchente-assemelha-se-a-cidade-fantasma/2556. O que está acontecendo ali, na verdade, é o que se repete em várias outros setores da Capital, violentamente atingidos pelas águas. Afora algumas medidas paliativas, como distribuição de cestas básicas e alguns outros pequenos apoios, o que está acontecendo, ao menos até agora, são muitas promessas e poucas realizações. A grande maioria dos flagelados está ainda vivendo da espera de que, tudo o que está sendo publicado na mídia, se torne realidade um dia, ao menos num percentual suportável.
A pergunta que se faz obrigatória é: onde está toda a dinheirama que União, Estado e Prefeitura anunciaram que têm para ajudar os flagelados pela maior cheia da história de Rondônia? Praticamente toda a semana se lê e ouve que a União liberou mais recursos; que o Estado vai fazer isso e aquilo;. que a Prefeitura vai fazer a sua parte. Na vida real, sequer a área histórica da Estrada de Ferro Madeira Mamoré já está totalmente limpa, mesmo depois de várias semanas sem chuva e com o rio Madeira tendo voltando ao seu leito. A volta para casa, depois da tragédia, pode ser tão angustiante quanto a enchente. Está na hora, portanto, de se falar menos e fazer mais...
HAVERÁ SURPRESA? - A partir de hoje, começam a se definir as coligações partidárias para a eleição de outubro. Até a segunda-feira, dia 30, todos os acordos deverão estar referendados e até 7 de julho, encaminhados à Justiça Eleitoral. O tempo voa. A partir daí, em menos de 120 dias, teremos as eleições. Para o Governo e Presidência da República, em primeiro turno e para as vagas proporcionais à Assembleia e Congresso Nacional. Nestas últimas horas, poderão aparecer surpresas importantes. Algumas, podem até sacudir o quadro que se pintava até agora...
PRINCIPAIS NOMES - Dos principais candidatos, as coligações ainda estavam indefinidas até ontem, pouco tempo antes do prazo final. O PMDB de Confúcio Moura ainda tentava cooptar o PT, do Padre Ton, que batia pé e sonhava ainda manter sua própria candidatura ao Governo. Do PSDB, não há dúvidas sobre a dobradinha Expedito Júnior para o Governo e Neodi como vice. O problema é ainda passar pelo crivo da Justiça Eleitoral. Se isso for positivo, a dupla vai para a campanha com chances muito boas.
DÚVIDAS DO PP - Já da turma do ex-governador Ivo Cassol, do PP/PR, Jaqueline não tem dúvidas de que será a candidata escolhida pelo irmão. Mas Maurão de Carvalho vai tentar ganhar no voto, com apoios que garante ter. Conseguirá? No PSD, a dúvida é se Hermínio Coelho conseguirá dobrar o comando partido (leia-se Moreira Mendes), para ter seu nome aprovado ao Governo . Haverá mais algum nome surpresa, com chances reais? Pelo que se viu até agora, a resposta é negativa...
QUINTOS DOS INFERNOS - A salada de frutas de partidos, nessa confusão onde a ideologia é mercadoria rara e a negociação por cargos e grana é o que vale, mais uma vez caracteriza a campanha eleitoral em todo o Brasil. Inimigos de ontem, hoje andam de mãos dadas. Parcerias de longa datas são rompidas. A traição campeia dentro das coligações. Quem conseguir entender tudo isso, vai detectar uma legislação eleitoral decadente e malandra, que prioriza quem está no poder. Será que a verdadeira política, no Brasil, está sendo mandada, definitivamente, para os quintos dos infernos?
VIOLÊNCIA CASEIRA - Dados oficiais do Conselho Tutelar, englobando apenas da Zona Leste, Baixo Madeira, Vila Princesa e assentamentos Joana D´Arc , assustam: mais de 200 crianças foram vítimas de abuso sexual, só nestas regiões de Porto Velho, no ano passado. Foram mais de 3.800 atendimentos a casos em que crianças vulneráveis corriam riscos ou foram realmente atacadas. Tem coisa pior? Tem sim. Em 70% dos casos de violência sexual, agressão, espancamento e até incentivo à prostituição, os registros foram dentro da casa da criança. Trágico!
VIVENDO PARA SI MESMO - Aos 84 anos, deixa a política brasileira um dos seus personagens lendários. O senador José Sarney, que ganhou a Presidência da República quando Tancredo Neves morreu no dia da posse, não vai mais concorrer. A família Sarney manda no Maranhão há décadas, mas os marenhenses vivem em um dos estados mais pobres do Brasil, mesmo com todo o poderio político. Ou seja, os Sarney viveram muito bem. Para eles mesmos. Mas, se fosse candidato de novo, pelo Amapá, o que é outra excrescência, seria reeleito. É assim o eleitor brasileiro. O que se há de fazer?
PERGUNTINHA - Será que com o futebol ainda pífio que a nossa Seleção está jogando, dependendo apenas de Neymar, poderemos mandar os temidos adversários chilenos para casa?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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