A arara azul e o gavião real foram extintos na região antes de 1900.
Desmatamento de áreas verdes teria favorecido desaparecimento de aves.
Pesquisa publicada na revista internarcional
Conservation Biology apontou que 47 espécies de aves podem ter sido extintas da
fauna na região metropolitana de Belém nos últimos 200 anos. De acordo com o
estudo, algumas das espécies não foram mais vistas na região desde o ano de
1975.
Segundo a bióloga Nárgila Moura,
do Museu Goeldi, que liderou os trabalhos, as primeiras espécies a
desapareceram foram as de grande porte, como arara-azul-grande (Anodorhynchus
hyacinthinus) e gavião-real (Harpia harpyja), extintas antes de 1900.
O desaparecimento estaria
relacionado à caça e ao tráfico, e também coincidiu com a construção da linha
de ferro pra Bragança, no nordeste do Pará, que ocasionou desmatamento na
região9. Já no último século, desapareceram espécies de pequeno porte, que são
dependentes de florestas primárias e, por isso, mais sensíveis ao desmatamento
na região. Já no último século, desapareceram
espécies de pequeno porte, que são dependentes de florestas primárias e,
por isso, mais sensíveis ao desmatamento.
A pesquisa foi realizada pela
Rede Amazônica Sustentável e o Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia INTC
Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia, uma parceria do Museu Paraense
Emilio Goeldi (MPEG), Embrapa, Universidade de Lancaster e Instituto Ambiental
de Estocolmo, reunindo mais de 20 outros institutos colaboradores.
As aves são um grupos de animais
mais bem estudados pelas instituições e
a sua perda acende um alerta para provável perda de espécies de outros
vertebrados, plantas e insetos, nos remanescentes florestais da região.
“O desenvolvimento de uma
localidade quando ocorre de forma não organizada, impacta o meio ambiente de
forma intensa. É funda que os gestores estabeleçam políticas de recuperação das
áreas de florestas ainda existentes na região para que haja um ambiente
favorável para o retorno desses animais, para que eles tenham condição de
recolonizar essas áreas. Do contrário, as futuras gerações, só poderão conhecer
certas espécies somente taxidermizadas, nos museus”, critica a pesquisadora.
Fonte: G1/PA
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