segunda-feira, 16 de junho de 2014

EXTINÇÃO – Em dois séculos, 47 espécies de aves podem ter sido extintas em Belém

A arara azul e o gavião real foram extintos na região antes de 1900. Desmatamento de áreas verdes teria favorecido desaparecimento de aves.

Pesquisa publicada na revista internarcional Conservation Biology apontou que 47 espécies de aves podem ter sido extintas da fauna na região metropolitana de Belém nos últimos 200 anos. De acordo com o estudo, algumas das espécies não foram mais vistas na região desde o ano de 1975.
Segundo a bióloga Nárgila Moura, do Museu Goeldi, que liderou os trabalhos, as primeiras espécies a desapareceram foram as de grande porte, como arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) e gavião-real (Harpia harpyja), extintas antes de 1900.

O desaparecimento estaria relacionado à caça e ao tráfico, e também coincidiu com a construção da linha de ferro pra Bragança, no nordeste do Pará, que ocasionou desmatamento na região9. Já no último século, desapareceram espécies de pequeno porte, que são dependentes de florestas primárias e, por isso, mais sensíveis ao desmatamento na região. Já no último século, desapareceram  espécies de pequeno porte, que são dependentes de florestas primárias e, por isso, mais sensíveis ao desmatamento.

A pesquisa foi realizada pela Rede Amazônica Sustentável e o Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia INTC Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia, uma parceria do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), Embrapa, Universidade de Lancaster e Instituto Ambiental de Estocolmo, reunindo mais de 20 outros institutos colaboradores.

As aves são um grupos de animais mais bem estudados pelas instituições e  a sua perda acende um alerta para provável perda de espécies de outros vertebrados, plantas e insetos, nos remanescentes florestais da região.

“O desenvolvimento de uma localidade quando ocorre de forma não organizada, impacta o meio ambiente de forma intensa. É funda que os gestores estabeleçam políticas de recuperação das áreas de florestas ainda existentes na região para que haja um ambiente favorável para o retorno desses animais, para que eles tenham condição de recolonizar essas áreas. Do contrário, as futuras gerações, só poderão conhecer certas espécies somente taxidermizadas, nos museus”, critica a pesquisadora.

Fonte: G1/PA 

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