quarta-feira, 25 de junho de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

ONDE ESTÃO OS PROTESTOS GIGANTESCOS CONTRA A COPA?

Não se sabe até onde irá a Seleção Brasileira de Luiz Felipe Scolari, na Copa do Mundo que sediamos. O time está longe de ser o da Copa das Confederações, mas com a torcida que têm, até que pode se superar ainda. Vamos ganhar dentro de campo? Difícil. Mas já há uma certeza. Mesmo com todas as dificuldades, com todos os gritos e sussurros;  com discursos demonizando o Mundial, até agora, pelo menos, no balanço geral, estamos dando de goleada. Os estádios, alguns ainda em obras, são de excelente qualidade, no geral. O de Manaus, por exemplo, tem recebido os maiores elogios da própria Fifa. O de Itaquera, do Corinthians, também está dando conta do recado, recebendo enormes públicos, com dificuldades normais, mas nada que possa assustar os organizadores. Os jogos têm tido praticamente lotação total e o número de torcedores estrangeiros é maior do que previram as melhores expectativas. Há, claro, muitas dificuldades, mas nenhuma delas insuperáveis, nada que empane o brilho da Copa. Dentro dos estádios, as coisas vão muito bem.
Os protestos contra a Copa, que se anunciavam enormes, se fôssemos atrás de textos apaixonados e virulentos nas redes sociais, não passaram de um traque. Não fosse o caso em que a PM paulista foi enrolada por manifestantes malandros, que deixaram os black blocks destruírem até uma revenda de carros de luxo, nada mais mereceria registro. O último manifesto, nesta segunda, foi pífio, com menos de 250 participantes, em São Paulo. No Rio, um "grande" protesto convocado por sindicalistas da educação, teve a excepcional participação de quatro oradores e nenhum público. O quarteto só incomodou a vizinhança em Copacabana, com alto falantes absurdamente altos. Enfim, ainda estamos na metade, mas nossa Copa está longe de ser o fracasso que muitos apregoavam.
 FESTA E FESTA -  Tem São João, tem Carnaval, tem Banda do Vai Quem Quer. O mês de julho será de festa e mais festa em Porto Velho. Pela primeira vez em sua história, a Capital terá desfiles de carnaval em pleno julho. A festa, transferida por causa da maior enchente que Porto Velho já viveu, será realizada mesmo fora de hora. É ano eleitoral e, claro, não daria para deixar o pessoal dos blocos sem estar por perto dos políticos. A Banda do Vai Quem Quer sai dia 5, o primeiro sábado de julho.
 TUDO PROIBIDO - Candidato não pode falar em campanha no rádio e TV;  não pode fazer propaganda na rua ou em igrejas; não pode aparecer em feira agropecuária e nem usar muros, nem painéis, nem estratégias diferentes, que não cumpram cada milímetro de uma lei eleitoral que engessa cada vez mais os concorrentes a cargos eletivos. Será que essa é a verdadeira democracia? Só o horário eleitoral gratuito dará oportunidades iguais a todos, como tenta nos empurrar goela abaixo uma legislação que só dá espaço a quem já está no poder?
 PLENA DEMOCRACIA? - Enquanto o TSE dá uma orientação, via seu presidente, o ministro Dias Tófoli, com ideias mais liberalizantes, os TREs e as procuradorias eleitorais ameaçam pré candidatos com a dureza dos rigores da lei. É essa a democracia pela qual o país tanto batalhou? Além disso, é sempre bom lembrar que, pela atual forma de propaganda, os pequenos têm espaços cada vez menores na mídia, incluindo o horário gratuito. É plena democracia? Nosso Congresso e nossos tribunais eleitorais acham que é!
 CADÊ A SEGURANÇA? - Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná e Jaru: nessa ordem, os números da violência são assustadores nessas comunidades. Na Capital, mais uma vez houve vários assassinatos só num final de semana. Houve outros crimes brutais em várias cidades do interior. O crime chegou também a pequenas localidades, onde até há bem pouco só havia silêncio e paz. A impunidade desenfreada, legislação capenga e incentivadora da violência e a falta de uma política de segurança pública são as principais causas dessa tragédia diária a que assistimos, impotentes.
 FOGO AMIGO - Até agora, paira como incompreensível a situação do presidente da Assembleia, deputado Hermínio Coelho, dentro do seu partido, o PSD. Nome de ponta, ele tem sido deixado de lado, mesmo sendo um nome dos mais quentes para disputar tanto o Governo quanto o Senado. Hermínio é polêmico, não tem papas na língua, causa muita confusão nos meios políticos por sua franqueza, mas ninguém pode tirar dele uma grande liderança. Seria o diferencial numa campanha majoritária. Mas, ao que tudo indica, ele está sendo queimado pelo fogo amigo. Será que esse quadro muda até a convenção do partido?
 BORDEL NO PRESÍDIO? - Lamentáveis, tristes, um atestado à incompetência e um desrespeito às autoridades e à população, foram as cenas vergonhosas de presos vendendo drogas para outros, abertamente, dentro do presídio Enio Pinheiro. Um vídeo acabou no you tube e a denúncia foi destacada pelo site rondoniaovivo. Não é possível que, caso tudo o que foi denunciado seja comprovado, não rolem cabeças. Vender droga dentro de um presídio? O que falta agora? Talvez abrir um bar e um bordel, sem que ninguém incomode os apenados. Uma vergonha!
 PERGUNTINHA - Afinal de contas, porque em Rondônia, uns podem fazer propaganda eleitoral antecipada e outros não podem? A lei eleitoral também não é igual para todos?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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