domingo, 2 de fevereiro de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

CARTA BRANCA AOS ÍNDIOS: DE QUEM É, ENTÃO A CULPA?

Começa a ficar claro o quadro em que três pessoas comuns, trabalhadoras, que nada fizeram de errado, desapareceram e podem ter sido mortas por índios, próximo à aldeia Tenharim, na região de Humaitá. A liberalidade com que as autoridades tratam as questões indígenas (obviamente aí se falando nas coisas negativas), têm sim parcela de culpa em crimes como os que se repetiram agora. Quando o Ministério Público Federal não deu andamento ao inquérito da PF sobre o massacre de Roosevelt, por exemplo, onde 27 seres humanos foram trucidados e nada aconteceu, isso não  parece como uma espécie de carta branca, para qualquer ação, mesmo criminosa,  envolvendo os índios? Quando autoridades de todas as esferas permitem que indígenas cobrem pedágio numa rodovia federal, ao arrepio da lei, não lhes dá, outra vez, liberdade total, como se dissessem: "vocês podem fazer tudo o que quiserem, porque são inimputáveis"? Quando o procurador do Ministério Público Federal, Reginaldo Trindade, autoridade respeitada no Estado e no país por seu trabalho, vai para a TV dizer que não importa o que os índios fizeram, o MPF sempre ficará ao lado deles, não se subentende que se está autorizando qualquer ação, boa ou má,por parte dos índios?
Presos, cinco índios da tribo Tenharim vão responder pelos crimes,se houveram? Não se sabe.  Na realidade, famílias perderam seus pais, irmãos, filhos queridos. E os índios, que seguem seus rituais e tem uma cultura diferenciada, talvez nem compreendam a grandeza dos delitos que cometeram. Mas quem lhes dá carta branca sabe muito bem o que está fazendo. Mas eles seguem suas vidas e continuarão dizendo que apenas defendem a Constituição. As famílias dos mortos, contudo, não conseguem compreender essas coisas. Muito menos a maioria da sociedade brasileira.
 OBRAS DE 450 MILHÕES - O anúncio dos investimentos da primeira parte dos empréstimos do programa Pidise, com cerca de 450 milhões de reais em obras,  marcou o grande evento palaciano desta semana, em cerimônia comandada pelo governador  Confúcio Moura. Ao anunciar prioridades para a área da segurança pública, Confúcio prioriza um setor em que a coletividade pede mais recursos, para combate à criminalidade. Ao destacar que os investimentos chegarão aos 52 municípios do Estado, não foi só o governador quem falou. Foi também o pré-candidato à reeleição...
EM FAVOR DA VÍTIMA - De vez em quando, uma decisão judicial que protege as vítimas de crime, merece todos os elogios. Uma delas aconteceu essa semana. Quatro dias depois da triste lembrança do primeiro aniversário do brutal crime que vitimou a jovem Naiara Karina, o Tribunal de Justiça de Rondônia negou revogação da prisão preventiva de um dos envolvidos. Wagner Strougulski de Souza, mesmo foragido, queria ficar livre, leve e solto. Os desembargadores não toparam. Ainda bem. O suspeito de ser um dos assassinos continua em lugar incerto e não sabido.
SÓ SUSPEITOS - A censura, eventualmente velada, outras vezes clara, está a toda, É só se observar o que ela tem feito contra a liberdade da imprensa. Exemplos: vagabundo não é mais vagabundo. É suspeito. Bandidão cruel não é assassino. É suspeito. Estuprador, pedófilo, assaltante, canalhas de todos os tipos não são canalhas safados, são apenas suspeitos. Ora, um sistema que cria um conjunto de leis  que já protege muito mais os direitos dos  criminoso do que de suas vítimas e que não permite que se dê o verdadeiro nome aos bandidos, se  não é censura, é o que?
GRANA DEVOLVIDA - Rondônia foi um dos 15 estados brasileiros que devolveram dinheiro ao Governo Federal, por não ter conseguido realizar obras de construção em presídios. No total, a União recebeu de volta nada menos que 187 milhões de reais, porque os estados não executaram os projetos ou porque não tinham a contrapartida exigida para as obras. O valor devolvido pelo governo rondoniense foi de 323 mil reais. O valor havia sido liberado para um programa de resocialização no presídio Urso Branco.  No país inteiro, a maioria dos Estado não dá a mínima com a construção de mais presídios.
ACORDOS À VISTA - A semana que começa pode ser decisiva para acordos, futuras alianças, candidaturas e definições para outubro. Pelo menos dois pré-candidatos podem definir seu futuro. Ambos afiados para entrar na briga pelo Palácio Presidente Vargas, contra o atual mandatário, Confúcio Moura. Um dos nomes terá que enfrentar oposição inclusive dentro do seu grupo político. O outro depende ainda de costuras com pelo menos seis siglas, para poder dizer que via mesmo entrar na briga. Novidades à vista!
MARCAR POSIÇÃO - Falando com segurança e sinceridade, demonstrando conhecimento profundo sobre vários temas; ficha limpíssima e um nome novo na vida pública, o professor e pastor Aluízio Vidal tem sim espaço na política rondoniense. Contudo, suas chances serão pequenas por causa da legenda. Ele vai entrar na disputa, de novo, pelo PSOL. Aluizio chegou a fazer 42 mil votos para o Senado. Se estivesse num partido com viabilidade eleitoral, estaria feito. No PSOL, vai só marcar posição, mais uma vez...
PERGUNTINHA - Quando os partidos começarão a definir os nomes dos seus candidatos para todos os cargos a serem disputados em outubro deste ano?­
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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