AOS MEUS FILHOS
Na intermitência da vital canseira,
Augusto dos Anjos |
Sois vós que sustentais (Fôrça, Alta exige-o...)
Com o vosso catalítico prestigio,
Meu fantasma de carne passageira!
Vulcão da bioquímica fogueira
Destruiu-me todo o orgânico fastigio...
Dai-me asas, pois, para o último remígio,
Dai-me alma, pois, para a hora derradeira!
Culminâncias humanas ainda obscuras
Expressões do universo radioactivo,
Ions emanados do meu próprio ideal,
Benditos vós, que, em épocas futuras,
Haveis de ser no mundo subjetivo,
Minha continuidade emocional!
Nenhum comentário:
Postar um comentário