PARA OS POBRES, A AIDS AINDA NÃO TEM CURA
Daqui a uns 20 anos, a cura chegará também aos mais pobres. Mas ela já existe. A Aids, que assola o mundo, que matou milhões de pessoas e que considerada uma doença incurável, já pode ser controlada. Claro que não é para todos. Foi exatamente só para um. O americano Timothy Brown é, hoje, a única pessoa no mundo que se livrou do vírus mortal, depois de uma série de tratamentos, incluindo células-tronco. Infelizmente, para as crianças africanas filhas de pais aidéticos, a notícia não vai fazer diferença. Elas e todos os demais contaminados morrerão nos próximos anos, algumas logo, outras mais tarde. Mas para a Humanidade a Aids começa a ser controlada. Já poderia ter sido há muito tempo, se os governos gastassem em pesquisas científicas e médicas, pelo menos uma ínfima parte do que gastam com armas de guerra. Mas a história do Mundo sempre valorizou o terror e a violência dos combates e, muito menos, os avanços que salvaram milhões de vidas.
Agora, entra-se num novo plano. A cura da Aids, está claro, é possível. Já saiu inclusive a primeira vacina para combater o vírus, mas tudo isso será acessível apenas para meia dúzia de milionários e ricos. Um vidro da vacina custa hoje cerca de 3 mil reais, para se ter idéia. Os demais continuarão morrendo, pelo menos nas próximas duas décadas, até que os medicamentos e tratamentos sejam popularizados. Quando chegar aos mais pobres, a cura da Aids já terá ceifado outros tantos milhões de vidas, principalmente nas regiões mais carentes. Falta dinheiro, claro. Mas, se o Planeta pudesse desviar para a saúde das pessoas pelo menos um pouco dos 9,3 trilhões de dólares escondidos em paraísos fiscais, grande parte dele conseguida de forma ilegal, quem sabe a raça humana não estaria numa situação muito melhor na busca de curas para as mais graves doenças que a assolam.
COMO ÁGUA
Como avaliar, com alguma segurança, a quantas anda a campanha pela Prefeitura de Porto Velho? Recém postadas nas ruas, elas ainda engatinham, distante do que pode ser chamar de mobilização. O que se vê, no geral, é a maioria do eleitorado ainda distante de tudo, sem motivação, quase alheio. O fato de se ter tantos nomes postos certamente contribuiu para que houvesse uma dispersão de interesses. Há muitos anos não se via uma campanha, a essa alturas do campeonato, que parece água: insípida, inodora, incolor.
MÚLTIPLAS OPÇÕES
O outro lado da moeda é que o eleitor não pode se queixar por falta de múltiplas opções. São oito candidatos ao todo, das mais diferentes ideologias, facções, grupos, intenções, programas de governo. Há os que já estão há anos na vida pública e os que estreiam nela. Há nomes populistas, há os mais velhos e experientes e os mais jovens, cheios novos projetos. Num pacote de oito candidaturas, o eleitor não pode dizer que nenhum deles se encaixa naquilo que ele imagina como o ideal para a Capital do Estado.
SÓ DOIS
Entre os mais experientes, já curtidos em termos de eleições, estão Mauro Nazif, Fátima Cleide, Lindomar Garçon e o médico José Augusto. O estreante é o empresário Mário Português, que comanda a nona maior empresa do ramo no país. Os mais jovens são Mariana Carvalho e Mário Sérgio. O Pastor Aluizio, do PSOL, é uma espécie de estranho nesse ninho, ppor ser de uma pequena sigla, que não aceita alianças e por não ter dinheiro algum para sua campanha. Quem chegará ao segundo turno?
BOATARIA
A indústria do boato, que aumenta ou diminui de acordo com a passagem dos ventos e dos interesses deste ou daquele grupo, não dá trégua aos governos. No caso de Confúcio Moura não é diferente. Boatos são jogados aqui e ali, tentando ver no que vai dar. O último é que Confúcio estaria prestes a fazer uma faxina geral nos petistas da sua administração. Nada disso. Vão sim haver mudanças no primeiro escalão do time, mas pode-se afirmar, com certeza, de que nada tem a ver com questões partidárias. Não é o estilo de Confúcio.
PURO TERROR
Enquanto se discutem firulas que foram criadas para o novo Código Penal, a violência campeia país afora. Em cada comunidade, a principal notícia do dia é da área policial. Do pavor da população à mercê dos criminosos. Que, presos, têm uma rede de proteção legal tão intensa que poucos pagam pelos delitos que cometeram. Em Porto Velho não é diferente. Nesta semana, no meio da tarde, um grupo de turistas, incluindo crianças, foi assaltado quando visitava a histórica Igreja de Santo Antonio. Grupo fortemente armado levou tudo e deixou os visitantes em pânico. Terror puro.
COM MAIS CHANCE
Jesualdo Pires, em Ji-Paraná; Alex Testoni em Ouro Preto; Glaucione Nery em Cacoal; Lourival Amorim em Ariquemes e César Cassol em Rolim de Moura são os candidatos a algumas das principais Prefeituras do interior que saem na frente da disputa., Em Vilhena, é dura a briga entre o prefeito Zé Rover e o deputado Luizinho Goebel. De todos, o que está nadando de braçada é César Cassol, com grande dianteira na corrida em Rolim. O atual prefeito, Tião Serraia, não concorre à reeleição e César ficou com a faca e o queijo na mão...
PERGUNTINHA
Há assunto mais importante hoje, no Brasil inteiro, do que o suposto affair entre o ex-jogador Raí, ídolo do São Paulo e da Seleção, com o apresentador Zeca Camargo?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
Um comentário:
Ótima notíca. Bigode
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