NO CENTRO DE PORTO VELHO, HÁ UMA
ILHA ONDE AS LEIS NÃO VALEM NADA
Há um grau máximo de suportabilidade. Quando ele é ultrapassado, não se sabe o que pode acontecer. Um caso típico é o que ocorre há longo tempo em pleno centro de Porto Velho, das noites das sextas-feiras e até o amanhecer das segundas. Num posto de combustível, na esquina das ruas Pinheiro Machado e Tenreiro Aranha, a baderna se institucionaliza. Grande número de jovens se concentra no local, alguns colocando o som dos seus carros no último volume e ali ficam, noite adentro. Parece que para esse grupo, a lei não existe. Nem polícia, nem órgãos de fiscalização da Prefeitura, nem Ministério Público, nem Justiça. E as famílias que residem nas redondezas vivem um inferno. Parece que aquele pequeno território não é regido pela civilidade. Dormir, para os pobres mortais que ali moram é impossível. Nem se conte a gritaria, cenas de sexo explícito dentro dos carros, bebedeiras e outras “cositas más”, a que transeuntes, motoristas e moradores são obrigados a assistir, nos finais de semana. Mas é o barulho dos infernos que mais tira o sossego de todos.
Lei municipal proibindo venda de bebidas alcóolicas em postos de combustível, depois de determinada hora, não vale para aquela área? O Batalhão Ambiental da PM, que poderia acabar com o barulho, fica em Candeias e não se vê polícia naquele local. É claro que não se pode tirar o direito de se estar onde quiser. Mas pode-se sim coibir a esculhambação, a gritaria, o som exagerado dos carros. Que tipo ilha se formou em pleno centro da Capital de Rondônia, onde as leis não alcançam? Até quando os moradores vão suportar essa situação? Talvez quando algum deles perder a cabeça e fizer alguma besteira, porque passou o grau de suportabilidade, aí sim, quem sabe, as autoridades competentes decidirão tomar alguma medida...
ANO PERDIDO?
A greve das universidades federais está prestes a completa dois meses. Na Unir, não há qualquer sinalização de negociações com o governo e o movimento paredista só se fortalece. No outro lado, estão os estudantes, que não sabem como ficará o ano letivo. Principalmente os que estão prestes a concluir seus cursos, já em trabalhos de finalização e que, do jeito em que as coisas correm, poderão sofrer graves prejuízos. O problema é nacional e 90% dos professores estão paralisados. Na Unir, a adesão dos professores é total.
AQUI E LÁ
Duas histórias antagônicas, nessa semana, uma no Brasil e outra nos Estados Unidos e Inglaterra, mostram os extremos dos sentimentos humanos e doas valores de cada um. Em São Paulo, um casal de moradores de rua encontrou e devolveu 20 mil reais. O outro lado da moeda: um em cada quatro executivo que atua nas Bolsas de Valores de New York e Londres, afirmou em pesquisa que para se ter êxito no mundo das finanças, é preciso ter condutas desonestas e ou ilegais. Não é de impressionar?
REI PESCADOR
Num encontro esta semana, no Sebrae em Brasília, o senador Ivo Cassol fez um convite formal para que o Rei Pelé visita e passe alguns dias em Rondônia. Acessível e simpático, o maior jogador de futebol de todos os tempos garantiu que virá. Disse que aceitava o convite, com um argumento irrefutável: “ouvi dizer que em Rondônia os peixes pulam dentro do barco, nem precisa jogar o anzol”. Pelé prometeu vir pescar nos rios de Rondônia. Cassol garantiu que vai ciceroneá-lo, quando ele vier.
DISPUTAS REGIONAIS
No interior do Estado, há cidades em que já surgem candidaturas com grande possibilidade de vitória. Em Ji-Paraná, o deputado Jesualdo Pires dá sinais de que só uma enorme zebra lhe tirará da Prefeitura. Em Ouro Preto, a aposta maior é na reeleição de Alex Testoni. Em Cabixi, o atual prefeito, Izael Dias Monteiro corre sozinho. Entre as disputas mais acirradas, está o quadro em Porto Velho, com nove candidatos e em Cacoal, onde o atual prefeito, Padre Franco, enfrenta uma poderosa coligação liderada pela deputada Glaucione Nery.
E AGORA?
Cassado Demóstenes Torres, o que virá ainda da CPI do Cachoeira? Para quem conhece os meandros do Congresso, com a fúria da opinião pública dminuida, a tendência é que ninguém mais, pelo menos entre os parlamentares, sofra algum tipo de ataques. Cada qual vai cuidar do seu (imenso) rabo e o caso vai começar a esfriar, pelo menos nos quadrantes políticos. Lá pelas bandas do Judiciário não. Por lá, as coisas ainda vão longe e vão envolver muito mais gente. É só esperar para ver...
APANHANDO NA RUA
Cena na avenida Amazonas. Dois meninos, um de 12 e outros de 13 anos, usando uma arma de brinquedo, assaltaram uma mulher e roubaram sua moto. Foram flagrados por populares, que os derrubaram da moto e aplicaram à dupla uma surra inesquecível. O triste acontecimento é também resultado do discurso (idiota) de algumas autoridades, que acham que de vez em quando os pais castigar crianças, para que tenham limites, é crime. Parece que essa gente prefere que meninos delinquentes apanhem na rua e não sejam educados – até com eventuais palmadas – por seus pais. É lamentável ver essa situação no Brasil dominada por demagogos...
PERGUNTINHA
Se os deputados federais podem trabalhar apenas 14 dias durante a campanha eleitoral, para dedicar-se todo o resto do tempo à política, porque o eleitor também não pode fazer o mesmo?
Fonte: Sérgio Pires
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