O Instituto Nacional do Câncer (Inca) aproveitou o Dia Nacional de Combate ao Fumo (29.08) para fazer alerta sobre o alto número de fumantes do cachimbo oriental narguilé, que passa de 300 mil consumidores. O número foi apurado na Pesquisa Especial sobre Tabagismo, realizada em 2008, pelo IBGE em parceria com o Inca. A coordenadora da Divisão de Epidemiologia do Inca, Liz Almeida, disse que o narquilé é usual entre adolescentes e jovens, pois o cachimbo é fumado por um grupo de pessoas em ambiente de socialização.
Segundo ela, "a garrafa é muito bonita, com ervas aromáticas e esse cachimbo é utilizado em bares, festas em que as pessoas estão fazendo uso do tabaco sem nenhum alerta ou advertência". A médica ponderou que embora não haja dados recentes sobre o aumento do uso de tabaco por meio do narquilé, essa tendência tem sido registrada em pesquisas pontuais entre os jovens e adolescentes.
Pesquisas recentes demonstram que a prevalência do consumo de tabaco que não por cigarro é maior do que a de cigarro entre os jovens de 13 a 15 anos e universitários de 18 a 24 anos. Uma dessas pesquisas foi feita em municípios de São Paulo, Brasilia e Florianópolis, com universitários de área de saúde e apontou que mais de 55% dos estudantes que utilizavam tabaco faziam uso também do narquilé.
Em São Paulo, esse percentual chegou a 80%, de acordo com a pesquisa Perfil de Tabagismo em Estudantes Universitários do Brasil, coordenada pelo Inca. O fato dos universitários pertencerem à área da saúde preocupa mais, justamente por estudarem os malefícios do tabaco para o organismo. O narquilé engana, dando a sensação de que as impurezas do tabaco são filtradas pela água, o que é um equívoco.
Fonte: Nossa Opinião/O Estadão do Norte
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