terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

OPINIÃO DE PRIMEIRA

SEMELHANÇAS COM O QUE OCORREU NOS
ANOS 60 NÃO SÃO APENAS COINCIDÊNCIAS

No início dos anos 60, a direita se preparava para tomar o poder no país, que corria o risco, à época, de se transformar numa república sindicalista e ser dominado pelo comunismo, grande vilão daquele período. Passou-se quase meio século e, agora, estamos vivendo, ao menos em parte, os riscos de outra baderna, não mais à extrema direita, horror dos horrores, que ninguém mais quer viver, mas à esquerda, também perigosa e danosa. Corremos o risco de ser, na prática, uma republiqueta dominada por sindicatos, não mais ideológicos, como antes do golpe militar de 64, mas agora ávidos por grana e riqueza, avançando com mãos de ferro no dinheiro público? Todos os dias são criados uma dezena de novos sindicatos no Brasil, a grande maioria sem representar ninguém, mas sempre apoiada por gordas verbas do chamado imposto sindical, uma mamata que enriquece pseudo líderes. Há categorias representadas por cinco, seis sindicatos e, é claro, todos se danando para os interesses dos seus trabalhadores. Avalizados e apoiados pelo governo de plantão, com forte apoio dos congressistas, que morrem de medo de contestar algum sindicalista, para não perder votos, os tais “líderes” fazem o que bem entendem e não prestam contas a ninguém.

É essa bagunça institucionalizada, sem controle, sem lei, que levou a instituições sérias como a Polícia Militar e os Bombeiros e se transformar, pelo menos por alguns dos seus representantes, em marginais violentos, atacando a população que eles deveriam proteger. O Congresso Nacional, covarde e vivendo também de mamatas, ao invés de se posicionar e proteger o povo, aprova anistia geral e aplaude o governo fraco, que, para essa esculhambação que se vê, faz de conta que não é com ele. O que aconteceu no Maranhão, no Rio de Janeiro, em Rondônia e agora na Bahia é apenas o começo. Quando a polícia se torna inimiga do Estado e a hierarquia é quebrada por lei federal, o descontrole está batendo às portas. Valei-nos, nossos santos protetores!

NÃO ABRIU O BICO
A Polícia Federal não considerou como válido, para fins de delação premiada, o longo depoimento do ex secretário adjunto da saúde, José Batista. Ele teria falado apenas sobre fatos já do conhecimento das autoridades. Não teria trazido nenhuma novidade, não deu nomes, detalhes, endereços, esquemas. Na informação oficial, Batista tentou dar um nós na PF e no Ministério Público, mas não deu certo. Se Batista contasse mesmo tudo o que sabe, a coisa certamente iria vai ficar mais preta para os envolvidos. Como não contou, a situação continua muito ruim para ele.

OUTRAS PRIORIDADES
Terrmina em 48 horas, o prazo dado pelo Sintero, ao governo, para aceitar a absurda pedida de 35% de aumento para a categoria. O governo oferece 6%, o que é razoável neste momento. Mas é ano de eleição, o Sintero precisa preparar seus candidatos para outubro, então, o que menos interessa são as necessidades da população. Neste país transformado em república sindicalista, as prioridades, é claro, nada têm a ver com as expectativas do povão.

VAI PIORAR
A greve violenta e com tons criminosos, feita pela Polícia Militar, na Bahia, é mais uma prova concreta de que, onde políticos põe a mão, a tendência é que as coisas desandem. De olho nos votos dos militares, o Congresso concedeu anistia aos baderneiros do ano passado. Pronto. Foi o sinal verde para o rompimento da hierarquia. E vai ficar pior. Com esse Congresso, vamos nos preparar para coisas muito piores.

VAI RESPONDER
O governo Confúcio Moura, que vem sofrendo pesados ataques da oposição, principalmente do senador e ex-governador Ivo Cassol, prepara seus contra ataques. Nos próximos dias, secretários irão à imprensa para defender as ações do atual governo, explicar sobre a necessidade do financiamento de 545 milhões e, ainda, destacar os avanços até aqui em vários setores e o que será feito daqui para a frente. Não é nenhum “bateu, levou”, mas, pelo que se soube, o Palácio Presidente Vargas não pretende ouvir as críticas sem contra atacar no mesmo tom.

MOREIRA E CASSOL
Antigo aliado de Ivo Cassol, o deputado federal Moreira Mendes agora está defendendo o atual governador, Confúcio Moura. Moreira criticou Cassol na imprensa, dizendo que o atual senador está exagerando nas críticas ao financiamento que o governo está pleiteando e que será votado na Assembleia, na próxima semana. Quem conhece Cassol sabe que a resposta não será soft. Mais um embate na complexa política rondoniense está se desenhando.

VAI FERVER
Todos os olhos, a partir da próxima semana, se voltam para a Assembleia Legislativa. O ano parlamentar começa e, além da votação do financiamento para o Estado, via BNDES, que é assunto difícil, os deputados começarão a tratar do caso dos seis oito colegas, denunciados na Operação Termópilas. Clima mais do que quente, entra fervendo o 2012 para o legislativo rondoniense.

MENOS DOENTES
Pelo menos uma notícia boa, nas últimas semanas. O número de pessoas afetadas pela dengue caiu em todas as capitais do país, com exceção de Recife. A média da queda nacional foi de 50%. Porto Velho se destacou nessa questão, graças às campanhas realizadas pela Prefeitura e apoio da população. Tivemos menos 94% de contaminados pela dengue em relação ao ano passado. Já é um alento.

PERGUNTINHA
Que polícia é essa que, ao invés de defender a população, entra em greve e promove atos de vandalismo e violência, como está acontecendo na Bahia?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires




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