quarta-feira, 23 de março de 2016

COLUNA ESPLANADA - Direto de Brasília / DF

Partidos aliados põem a faca no pescoço de Dilma

Os ministros palacianos – em especial Jaques Wagner (Gabinete) e Ricardo Berzoini (Governo) – estão surpresos com a posição ‘independente’ ou de oposição de deputados que eram aliados.
Coube à dupla palaciana nos últimos meses liberar emendas e cargos nos Estados para apadrinhados dos partidos da base.
Agora, com a crise crescente no Governo, as bancadas e direções do PMDB, PP e PRB põem a faca no pescoço de Dilma, cientes de que serão chamados pelo ministro Lula para resolver pendências. Assim, podem (ou não) mudar os votos contra Dilma na comissão do impeachment. Tudo vai depender das próximas reuniões.

Raul, o homem de US$ 300 milhões

Preso na 25ª fase da Lava Jato, em Portugal, o luso-brasileiro Raul Schmidt é um homem de US$ 300 milhões (mais de R$ 1 bilhão) em patrimônio, segundo repetia a amigos próximos.
Galeria de arte em Londres, casa em Genebra, apartamentos em Berlim, Lisboa e um mega no Arpoador no Rio de Janeiro são apenas alguns bens.
Os investigadores suspeitam que Schmidt, além de ganhar com contratos fraudulentos na Petrobras, também é ‘laranja’ dos ex-diretores Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Renato Duque no abrangente patrimônio internacional.
Raul Schmidt tem amigos poderosos em vários partidos, e a polícia também desconfia de que encontrou o elo entre os governos PSDB e PT no Petrolão.

O luso-brasileiro é produtor de filmes. Foi casado com uma conhecida atriz brasileira e bancou, entre outros, o filme ‘Jean Charles’ – com verbas da.. Petrobras. Há informações de que tentou comprar a TV Zero.

Dilma aposta no plenário da Câmara

Com a popularidade no chão, crise econômica, sem apoio dos empresários e o padrinho Luiz Inácio em baixa, a presidente Dilma Rousseff aposta nos seus dois generais palacianos. Jaques Wagner (Gabinete) e Ricardo Berzoini (Governo) têm a missão de segurar os 172 aliados no plenário da Câmara para derrubar o impeachment.
Independentemente da decisão na comissão especial, se a favor do impeachment ou pela rejeição, a aposta de Dilma está toda concentrada no plenário.
Ela acredita na absolvição. Conta com os aliados, ausências e abstenções para chegar aos necessários 172 votos no pleno.
Mas o humor popular vai ser crucial para a decisão dos deputados aliados, conta um experiente decano na Casa. Com voto aberto em plenário e a pressão dos eleitores, há grande risco de traição ao plano de Dilma.
Fonte: Coluna Esplanada - Brasília/DF.

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