Não há explicação para a total inação das autoridades competentes contra a verdadeira invasão de garimpeiros no rio Madeira, desde a área próxima ao Cai N´Água, passando pelo centro da Capital e descendo até bem depois da nova ponte. Tudo começou com um pequeno número de balsas e uma ou outra draga. Logo, o Ministério Público Federal, com apoio da Marinha, Polícia Ambiental e Polícia Federal começaram a agir, por determinação da Justiça, para acabar com a festa. Deu-se início a um ciclo de prende/solta, tão comum nos dias de hoje, neste país da impunidade, que a partir de determinado momento, como se tivessem enchido o saco de cumprir mandados de retirada dos garimpeiros que eram detidos num dia e no outro já estavam soltos, cometendo os mesmos crimes, que os vigilantes do rio desapareceram. Escafederam-se. Foi uma espécie de senha para que as poucas dragas e balsas se multiplicassem. No último final de semana, já se contavam às dezenas. Eram pelo menos 150. Já há informações não oficiais, contudo, que falam de algo em torno do dobro disso. Punição zero. Prisões zero. Destruição dos equipamentos e motores zero.
Agora, além do risco de mais contaminação do Madeira, pelo mercúrio que é jogado na água em estado natural e que leva pelo menos 200 amos para ser absorvido pela natureza, surge mais uma denúncia grave, também ignorada pelas autoridades. Dezenas de balsas e dragas, à noite, estão sendo ancoradas junto às pilastras da ponte sobre o rio, inaugurada há menos de dois anos. Ali os garimpeiros estão fazendo perigosas escavações, atrás do ouro. O risco de que as pilastras possam ser prejudicadas é grande. Ninguém dá bola, todos fazem de conta que nada está acontecendo. A lei que proíbe o garimpo em toda a área continua vigorando. Porque não é cumprida? É um mistério.
NADA DE IMPOSTOS - “Quanto mais se fala em imposto, mais o empresariado se retrai. Isso vira um círculo vicioso, eterno, de um com medo do outro, com isso a economia se retrai cada vez mais. A alternativa é política, é nossa. Nós que temos que dar essa luz”. Quem disse isso foi o governador Confúcio Moura, em reunião dos governadores do PMDB com o vice presidente Michel Temer e outras lideranças do partido esta semana, em Brasília. Confúcio sugeriu também que o governo busque dinheiro nos bancos para jogar no mercado, para que não falte apoio financeiro ao crescimento. Mas repetiu: nada de mais impostos, porque o povo não suporta mais!
BOMBA, BOMBA! - Redução de salários em 50 por cento, caindo de 12 mil reais, mais ou menos, para 6 mil reais: o valor atual é exagerado e os 6 mil ainda representam muita grana, mas já é um sinal de que os clamores da população estão sendo ouvidos. Tudo isso está prestes a acontecer na Câmara de Porto Velho. Projeto de Resolução de autoria do vereador Macário Barros, do PSB, está causando a maior confusão na Câmara. A decisão não afetaria o atual mandato, mas só o próximo. Se o povo fosse lá para dentro da Câmara, pressionar, a medida poderia até valer a partir de agora...
FORA DO VÍDEO - O PMDB rondoniense está fora do espaço eleitoral nas emissoras de rádio e TV. Ainda não estão claras as causas, mas parece que o comando do partido teria esquecido dos prazos para pedir, junto à Justiça Eleitoral, a ocupação nos horários gratuitos. Todos os partidos estão ocupando horários na mídia (incluindo o PMDB nacional), mas o de Rondônia, ao menos até agora, não conseguiu colocar no ar nenhuma de suas mensagens. O pedido deveria ter sido feito no ano passado, mas ou chegou tarde ou não foi feito. Ninguém do PMDB ainda se pronunciou sobre o assunto.
E NINGUÉM VAI PRESO - A população de Ji-Paraná também é vítima de empresas irresponsáveis, que assumem obras que não podem tocar, por incompetência e as abandonam. As obras de recuperação da Beira Rio Cultural, orçadas em mais de 2 milhões e meio de reais, estão paradas desde o final do ano passado. Enquanto isso, um projeto importante para toda a coletividade fica pelo meio do caminho. É um retrato do que está acontecendo em praticamente todo o país. Empresas dee pasta ganham concorrência, dando preços muito baixos e depois, se não receberem reajustes, abandonam tudo e a concorrência tem que começar do zero. Pior que ninguém vai preso!
BRIGA COMPRADA - O deputado de Guajará Mirim, doutor Neidson, comprou uma briga daquelas com (maus) estudantes e (maus) servidores públicos. Leo de sua autoria, aprovada na Assembleia, proíbe o uso de celulares dentro das escolas e, da mesma forma, o acesso às redes sociais de funcionários públicos, a não ser em casos em que sejam autorizados por seus chefes. O uso do celular e da internet em ambiente escolar e de trabalho se transformou quase que numa normalidade. Já houve casos de professores que foram agredidos ao proibir o uso do aparelho na sala de aula. E servidor público sem acesso à net? Esse milagre é de se esperar para ver...
PERGUNTINHA - Qual será o novo pacote de maldades, incluindo a criação de novos impostos, que o Governo Federal vai anunciar para nos arrancar mais dinheiro, para cobrir os furos do orçamento?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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