Impeachment - A terça-feira começou em clima de beligerância política entre os poderes republicanos. O Executivo preocupado com um possível desencadeamento de impeachment da presidente. O Legislativo em ebulição sendo contido por um atento Supremo Tribunal Federal. Uma coisa é certa: a crise se instalou definitivamente e atingiu todas as rampas na praça dos poderes.
Entendimento - A reprovação das contas governamentais de 2014 pelo Tribunal de Contas da União não constitui crime de responsabilidade, sendo insuficiente para embasar um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O argumento foi apresentado pelos juristas Celso Antônio Bandeira de Mello e Fabio Konder Comparato em parecer encomendado pela defesa da presidente no Tribunal Superior Eleitoral. Há entendimentos diferentes, mas a cassação em si pela reprovação das contas no TCU, ao que parece, não se sustenta.
Belzebu - Embora a situação de Dilma Rousseff não seja confortável pelos motivos sobejamente conhecidos da população, a vida do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, está cada dia pior com a iminência de ser apeado do mandato muito antes do que se imaginava. De líder imaculado da oposição passou a ser o belzebu do parlamento desde que foram divulgadas as contas secretas na Suíça.
Inferno - Aliados de outrora estão se afastando e os atuais amigos do presidente da Câmara dos Deputados estão fugindo dele com o diabo da cruz. Em Brasília é comum dizer: Política é como o show business: você tem uma estreia fantástica, desliza por algum tempo e acaba num inferno. O inferno astral de Cunha está apenas começando!
Parábolas - Todos os finais de semanas o governador de Rondônia, Confúcio Moura, vai às redes sociais para exercitar os dons de escriba e tem seguidamente alertado que a crise que assola o país está beirando as fronteiras rondonienses. Como Moura adora escrever por parábolas, as observações registradas despertam mais curiosidades aos auxiliares, pois ficam atentos ao Diário Oficial do Estado já que a crise nacional afetou em geral os empregos e, particularmente, aos cargos comissionados.
Mutirão - Ainda não estão esclarecidos os motivos pelos quais duas pessoas foram a óbito – e outras estão em estado grave - após um discutível mutirão para operar pacientes no município de São Francisco do Guaporé. O assunto foi abordado pelo Fantástico e as explicações dadas pelas autoridades estaduais não convenceram as famílias das pessoas que morreram. Mutirão em tempo pretérito era para tapar buracos; o atual está levando as pessoas ao buraco.
Transporte - Ao assumir a administração municipal de Porto Velho o prefeito Mauro Nazif anunciou com estrondo que acabaria com o monopólio dos transportes coletivos, que melhoria a frota e garantiu com romperia o contrato. Cumpriu apenas parte da promessa.
Tapeação - O prefeito da capital não consegue concluir o processo licitatório para colocar ônibus limpos, baratos e refrigerados para a população. Com poucos meses para o novo processo eleitoral, Nazif (e seu fiel escudeiro Gilson) tentam cumprir o resto da promessa de olhos na eleição municipal. Encalacrados numa administração sem planejamento nem gestão, dificilmente concluem a promessa. Se concluírem, será de forma capenga. Mas já há quem diga que a gestão melhorou (?) e que os Nazifs merecem um novo mandato. Haja tapeação...
Elogios - Esta coluna fez críticas recentes à direção do Palácio das Artes pela ociosidade daquele espaço, agora é obrigada a elogiar as programações que estão acontecendo com espetáculos de boa qualidade. Para quem diz que este cabeça chata só critica, está aí um elogio governamental. Mas não se empolguem já que o missivista não é dado a capitulação.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira
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