Uma adolescente de 15 anos foi morta após sair de uma boate no centro de Porto Velho. Um rapaz de 25 anos foi baleado quando chegava à academia onde malha. Outro, de 22 anos, morreu com um tiro na cabeça ao reagir a um assalto.
Uma adolescente de 15 anos foi morta após sair de uma boate no centro de Porto Velho. Um rapaz de 25 anos foi baleado quando chegava à academia onde malha. Outro, de 22 anos, morreu com um tiro na cabeça ao reagir a um assalto. Uma agência do Banco do Brasil foi dinamitada. Esse é o retrato da violência que se alastra pelos quatro cantos de Porto Velho, apesar de as autoridades insistirem na tese estapafúrdia de que a situação está controlada.
O problema é grave. Todos, direta ou indiretamente, estão na mira dos marginais e bandidos de toda a espécie. As polícias, a pesar dos esforços de seus integrantes, encontram-se sucateadas, desaparelhadas e desestruturadas para dar combate à onda de selvageria que domina a capital. A maioria dos policiais vive na corda bamba sem ser malabarista. E não é para menos. Basta reparar nos salários pagos às categorias. É muito pouco para sustentar a família, manter-se com dignidade e, principalmente, expor a própria vida.
A obrigação de todos não é apenas pedir, mas exigir das autoridades uma tomada de posição para conter a escalada da criminalidade em Porto Velho, que se espalha como um tumor maligno, irradiando-se através da metástase da impunidade. Afinal, o que deseja o governo? O retorno dos chamados esquadrões da morte, isto é, dos grupos particulares mantidos com recursos de cidadãos pacíficos, que se veem desamparados do poder público e passam a se defender por outras vias? Não creio.
Não é mais possível tangenciar diante do problema, cedendo terreno pelo silêncio, que se pode confundir com omissão ou covardia, frente aos facínoras (cada vez mais ousados e atrevidos), que tripudiam sobre os direitos da sociedade, deixando-a intranquila. Os marginais não respeitam ninguém: a justiça, as leis e as policias. Os assaltos ocorrem à luz do dia, com as vítimas sofrendo as mais repulsivas humilhações.
Ninguém possui garantia de vida, seja na rua, em casa ou no trabalho. Todos, sem distinção, são presas fáceis do banditismo. Se fosse legalmente permitido, muitos cidadãos andariam com uma metralhadora a tiracolo, mas apenas os criminosos têm o privilégio de usar e abusar desse e de outros instrumentos da morte, manejando-os, diariamente, contra a população indefesa.
Porto Velho transformou-se não numa espécie de vestíbulo, mas no próprio inferno, o império de satanás. E as autoridades precisam voltar suas atenções para o problema, dando-lhes a mesma prioridade e atenção por vezes concedida a assuntos muito menos relevantes.
Fonte: Valdemir Caldas - Tudo Rondônia
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