terça-feira, 23 de outubro de 2012

OPINIÃO DE PRIMEIRA



REFORMA POLÍTICA NÃO INTERESSA A QUEM VIVE DE ELEIÇÃO
Terminada a eleição em todo o pais, onde o segundo turno ocorre neste domingo, dia 28, já na segunda-feira começa a se falar na próxima disputa, com eleição presidencial, para os governos e Assembleias Legislativas e para o Congresso. A cada dois anos tem eleição neste Brasil complexo, mas as conversas políticas iniciam no minuto seguinte ao fechamento das urnas. Não se compreende como o atual sistema não é modificado. Muito mais lógico, menos caro, menos complexo, seria realizar eleições a cada cinco anos, por exemplo, para todos os cargos, de Presidente a Vereador. Entre aquela atual e a próxima eleição, pelo menos três anos se passariam sem que o país parasse de novo para tratar apenas de política, que não verdade interessa mesmo apenas a um grupelho que quer manter-se no poder e em outro, que quer chegar a ele. Os interesses prioritários do país, é claro, ficam em terceríssimo lugar, quando ficam. Dá-se sempre preferência para a politicagem, como se ela fosse vital para os brasileiros, quando todos nós sabemos exatamente a quem ela beneficia.

O ex-governador e atual senador por Santa Catarina, Luiz Henrique, começou uma luta solitária no Congresso, defendendo uma ampla reforma política que acabe com o financiamento particular de campanhas; o fim de campanhas milionárias; o fim do horário eleitoral gratuito, transformando-o em espaços determinados em que os candidatos seriam entrevistados, ao vivo, para apresentar suas propostas. Não falou ainda em voto distrital e acha que deve haver uma lista fechada de candidatos, alegando que 70% dos eleitores, dias depois da eleição, não lembra mais em quem votou. Tal Dom Quixote, Luiz Henrique anda brigando contra moinhos. Seus pares fazem ouvidos moucos, porque, não verdade, não querem é mudar nada.
 
EM CIMA DO MURO
E os tucanos ficaram onde sempre preferiram estar: em cima do muro. No final de semana, o grupo político do PSDB, agora liderado por Mariana Carvalho, do alto dos seus mais de 41.600 votos no primeiro turno, decidiu não apoiar nem Garçon nem Nazif, no turno decisivo em Porto Velho. Não se sabe, portanto, se os tucanos vão fazer oposição ao novo alcaide, seja ele quem for, ou se o apoiarão incondicionalmente, seja ele quem for. Um grande partido não se consolida vivendo em cima do muro, mas o PSDB, milagrosamente, tem conseguido esse feito.

ENCOMENDAS
A cinco dias da eleição do segundo turno em Porto Velho, o quadro continua nebuloso. Não dá para dizer, com segurança, entre Lindomar Garçon ou Mauro Nazif, qual dos dois será o vitorioso no domingo que vem. Duas pesquisas, cada uma encomendada por um comitê, obviamente dão vitória a quem as contratou. Como sempre. Onde à noite estava programado o anúncio da pesquisa do Ibope para o segundo turno. Essa sim, se sair, merece crédito. As outras não.

SEM SUJEIRA?
Essa é de pagar pra ver! Os dois finalistas na Capital – Garçon e Nazif – prometeram ao Juiz Eleitoral João Luiz Rolim Sampaio que não vão sujar as ruas da cidade, como sempre acontece em dias de eleição. Os dois garantiram que vão segurar suas respectivas turmas e não permitir que Porto Velho seja emporcalhada, principalmente próximo aos locais de votação, como acontece em toda a eleição. Esperemos para ver!

AGORA É A REALIDADE...
Passada a euforia da eleição, alguns prefeitos, principalmente os reeleitos, começam a tomar medidas duríssimas, que, obviamente, jamais contaram aos seus eleitores quando estavam pedindo votos. Primeiro foi o Padre Franco, de Cacoal, que demitiu 200 comissionados e diminuiu o salário de outros 200. Agora, foi o prefeito Anedino Pereira, de Colorado do Oeste. Reeleito também, logo depois da eleição ele anunciou a demissão de uma centena de comissionados. Outras prefeituras, como a de Vilhena, terão que carne profundo, para enfrentar a crise.

CHUMBO TROCADO
De parte a partem, chumbo grosso está sendo atirado. De um lado, o ex-governador e atual senador Ivo Cassol, batendo duro no governo Confúcio Moura em seus discursos no Senado. De outro,. O porta voz Júlio Olivar, respondendo também com dureza. Cassol veio para a tréplica. Obviamente que o assunto vai render muito, principalmente a partir de agora em que acabam as disputas municipais e a meta é o próprio Governo em 2014. Confúcio deve ir à reeleição. E vai enfrentar Cassol nas urnas.

ÚLTIMA CHANCE
Depois de dois debates – um na Rede TV! na quinta passada e outro ontem à noite, na Tv Candelária/Record – Lindomar Garçon e Mauro Nazif se preparam para os últimos dias da campanha no segundo turno em Porto Velho. O primeiro debate foi considerado fraco, mas o de ontem à noite na Candelária já esquentou mais as coisas. O encontro decisivo entre os dois finalistas na Capital está agendado para esta sexta-feira, dia 26, na TV Rondônia/TV Globo. Será a oportunidade final para um dos dois se destacar. Depois disso, só as urnas mesmo é que falarão.

PERGUNTINHA
Quem lançará primeira a candidatura ao Governo do Estado para 2014, tapo logo fechem as urnas no segundo turno decisivo para a Prefeitura de Porto Velho?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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