Os últimos dias de julho, levam às convenções partidárias que vão oficializar os candidatos às prefeituras. Na Capital, o PSDB é o primeiro partido a se reunir para a definição. Será nesse sábado, no auditório da Unopar. Se Mariana Carvalho decidir que vai mesmo entrar na disputa, a convenção pode ficar em aberto, até que o comando nacional tucano (Aécio Neves e mais alguns nomes famosos dos tucanos), venham prestigiar o lançamento do nome mais forte do partido, hoje, em terras rondonienses. Caso ela desista, o ex promotor Hildon Chaves será oficializado. Com Mariana, o DEM deve indicar o vice. Com Hildon, não se sabe ainda quem será seu parceiro de chapa. Já no domingo, uma convenção tranquila: todo o PMDB está fechado em torno do nome de Williames Pimentel. Na pré campanha, ele chegou a fazer quatro reuniões por noite, em bairros da Capital. Oficializado, vai intensificar a sua corrida em busca da Prefeitura, com apoio dos pesos pesados do partido, começando pelo governador Confúcio Moura e seguindo com o casal Raupp, entre tantos outros.
No dia 30, será a vez de Léo Moraes lançar-se à batalha, pelo PTB. Se Mariana não entrar na briga, as chances de Léo crescem muito, no sentido de cativar o eleitorado mais jovem. Ele já costurou a aliança inclusive com o PP. O partido liderado no Estado por Ivo Cassol indicou o médico Amado Rahhall como vice. Há negociações ainda com outros partidos. Já Mauro Nazif virá, com seu PSB e o PDT, aliados novamente, para buscar a reeleição. Vem com a máquina da Prefeitura e muitos apoios. Conseguirá? O pré candidato que ainda não definiu quando será a convenção para lançá-lo é o ficha limpíssima Ribamar Araújo, do PR. Por enquanto, são esses os nomes com mais chances. Virão outros, mas que só se apresentarão na Hora H. Esperemos, pois, para ver quem irá para o segundo turno e quem vai sentar na cadeira de alcaide da Capital.
O SEXTO ELEMENTO
Há um sexto nome com grande potencial eleitoral em Porto Velho. Trata-se do ex prefeito Roberto Sobrinho. Depois de dois mandatos, o petista conseguiu uma aprovação de quase 70 por cento, quando chegava na reta final do seu segundo governo. Até que, poucas semanas antes de entregar o cargo, foi preso, sob suspeita de desvios de dinheiro público. A partir dali, sua aceitação entre os porto velhenses caiu muito. Só que, de todas as acusações, Roberto se livrou se várias delas. Tem apenas uma condenação, mas que ainda cabe recurso. Escolhido pelo Partido dos Trabalhadores como candidato à Prefeitura, para tentar um terceiro mandato, Sobrinho precisa se livrar dos problemas judiciais para concorrer. Se o conseguir, é um nome que pode surpreender em outubro.
AÉLCIO NAS PESQUISAS
Uma das surpresas que poderia ainda ocorrer na eleição em Porto Velho, seria a entrada do deputado Aélcio da TV, como candidato do PP. Ele tem destaque em todas as pesquisas não oficiais, que têm sido feitas na cidade e teria chances reais de chegar lá. Há dois problemas. Primeiro, que Aélcio tem repetido que não tem nenhuma intenção de concorrer, ao menos agora. Pode até ser um plano para o futuro, mas sua prioridade é a reeleição para a Assembleia ou um salto mais alto, para a Câmara Federal em 2018. A outra é que o partido teria compromisso com o PTB, para apoiar Léo Moraes, compromisso oficializado nessa quinta. Ou seja, Aélcio, mesmo em alta, vai é apoiar Léo.
AMÁLGAMA NAS ELEIÇÕES
Em Porto Velho, candidatos a Prefeito poderão gastar quase 3 milhões de reais no primeiro turno e quase 900 mil no segundo. Duvideodó! Uma campanha para a Prefeitura da Capital, com menos de 6 milhões de reais, não têm chance alguma. Então, podemos nos preparar para um festival de Caixa 2 e doações que não serão computadas? São assim as leis brasileiras: tratam de um mundo ideal que, na realidade, jamais vai sair do palco dos sonhos. Em todo o país, os valores autorizados para serem gastos nas campanhas são ilusórios, tal qual a árvore em que se abrigou o viajante da tempestade, nos textos de Raimundo Corrêa. A decisão de impedir doações legais de empresas, vai tornar as campanhas uma amálgama de formas para contornar a legislação. Tomara que a coluna esteja errada!
A CARA DO FREGUÊS
Ué, onde andam a Força Nacional de Segurança e a Polícia Federal, tão rápidas em ações contra crimes ambientais e envolvendo interesses indígenas, que não aparecem quando os criminosos são sem terra? Essa semana, em Seringueiras, a Polícia Militar foi recebida a tiros, inclusive com a tentativa de derrubada de um helicóptero, ao tentar fazer uma reintegração de posse, determinada pela Justiça, numa fazenda invadida. Membros do MTS e da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), receberam a polícia à bala. A coisa foi tão feia que a PM teve que sair fora, para não haver derramamento de sangue. Ah, se fosse alguma coisa a ver com índio ou com problemas ambientais.; Em algumas horas, todas as forças policiais estariam mobilizadas. Mas no Brasil, dependendo da cara do freguês, as leis que valem para uns, não valem para todos...
AS FOLHAS DE COCA
O presidente da Bolívia, Evo Morales, defende o uso da folha de coca. Diz que é uma tradição do país e que os bolivianos não têm culpa se os traficantes transformam as folhas em cocaína. Esse discurso não serviu para atenuar a ação da polícia de Costa Marques, fronteira com nossos vizinhos. Ali, um boliviano, cuja identidade não foi revelada, foi preso por transportar uma sacola com 100 gramas de folhas de coca. Não adiantaram os argumentos de que as folhas eram para mastigação própria e para manter a tradição do seu país. O suspeito foi trancafiado como traficante. Só falta agora Evo Morales interceder por ele e dizer que trazer folhas de coca não é crime....
PERGUNTINHA
Você ainda acredita ou acha piada o que se repete cada vez que assume um novo Presidente da Câmara Federal, de que se descontará os salários dos deputados faltosos, como disse o recém eleito Rodrigo Maia?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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