sexta-feira, 22 de julho de 2016

OPINIÃO DE PRIMEIRA

FORAM SESSENTA MIL MORTOS EM  ACIDENTES COM MOTOS EM CINCO ANOS

Pelo menos cinco pessoas perderam a vida em acidentes de moto, apenas nessa semana, no Estado. Foram três mortes na Capital, duas em Vilhena. Muitas outras ainda ficaram feridas. Ao menos meia dúzia com fraturas expostas; Dos 63 internados no João Paulo II, só nesse fim de semana, em acidentes, 49 estavam em motos. . Essa mortandade está passando ao largo das grandes discussões nacionais, sobre os graves problemas do trânsito. Ficam de “mimimi”, inventando bobagens como andar de luz acesa durante o dia, em estradas destruídas pelos buracos e sem sinalização, mas o grande número de mortes envolvendo motociclistas parece que está acontecendo em outro país e não no Brasil. Só no ano passado, 12 mil brasileiros morreram em acidentes de motos, nas rodovias federais, nas estaduais e nas ruas e avenidas das cidades de todos os tamanhos. Nos últimos cinco anos, com essa média, se chegou a quase 60 mil óbitos. Mais de 20 mil feridos foram registrados nos hospitais, a maioria com gravidade e grande parte com fraturas expostas, em 2015. Hoje,  23 milhões de motos circulam pelo Brasil. Elas representam 26 por cento de todos os veículos. Segundo o Ministério da Saúde, os acidentes com motos são responsáveis por um aumento de 115 por cento no número de internações em hospitais públicos. Por ano essas internações custam quase 30 milhões para o SUS .

Em Rondônia, a situação não é diferente. O superlotado João Paulo II entra em pânico, principalmente nos finais de semana, quando o número de acidentes dá um salto, hospitalizando motociclistas, em pelo menos 80 por cento dos casos. Há semanas em que nove em cada dez acidentes envolvem motos. Tudo isso está acontecendo e não se vê nenhuma ação diferente, nada que possa ser feito para combater essa tragédia diária que afeta o país. O importante é andar de luz acesa durante o dia (???). Porque, para criar, batalhar, incentivar medidas que diminuam tanto sangue nas ruas, ah!, para isso nossas autoridades não têm tempo. São mesmos uns tremendos incompetentes!

NA CASA ANTIGA
Depois de mais de dois anos, o Tribunal Regional Eleitoral volta ao seu prédio antigo, na avenida Presidente Dutra, no centro da Capital. Atingido pela cheia história de 2015, o prédio teve a sua estrutura prejudicada. Acabou atendendo provisoriamente nas dependências do CPA/Edifício Rio Madeira, sede do governo do Estado. Depois de muita discussão, inclusive com  envolvimento do Ministério Público, que exigia a volta do TR E ao prédio antigo e não aceitava a construção de uma nova sede, o assunto foi resolvido. É da sua sede tradicional que o Tribunal comandará a eleição municipal deste ano. Só que a ideia de construir um novo prédio ainda não foi totalmente abandonada.

DIAS DE DECISÃO
Semana decisiva para a política. Em todo o país, se realizam convenções partidárias para indicar os nomes dos que vão disputar as Prefeituras. Em Porto Velho não será diferente. O PSDB será o primeiro, no sábado, dia 23. O PMDB no domingo, dia 24. O PTB e o PR ainda não definiram as datas e locais, mas o farão em breve. Há pelo menos cinco nomes fortes para a disputa, na Capital: Mauro Nazif (que tenta a reeleição); Williames Pimentel, que vem com um enorme lastro de serviços prestados à cidade em que nasceu; Léo Moraes, uma cara nova na política rondoniense; Ribamar Araújo, quase três décadas de vida pública sem nenhuma mancha e o ex promotor Hildon Chaves, também um nome novo para apresentar-se ao eleitorado. Outros nomes ainda poderão aparecer de surpresa, como Hermínio Coelho pelo PDT e Aélcio da TV, pelo PP. Mas, por enquanto, o quinteto é que está certo na corrida pela Prefeitura.

QUEM ENTENDE?
Pesquisa do Ibope apresenta resultados surpreendentes,. De todos eles, o que mais chama a atenção é que um em cada três brasileiros não sabe quem é o Presidente da República. Não sabem nem nunca ouviram falar em Michel Temer. Outro dado: 33 por cento dos entrevistados no país inteiro, querem a volta de Dilma Rousseff, embora, de forma contraditória, quando ela estava na Presidência, tinha apoio de apenas 13 por cento do eleitorado. Michel Temer tem 14 por cento de aprovação. Mas, por outro lado, 50 por cento acham que deveria continuar Presidente. Se a eleição fosse hoje, Lula sairia na frente, com 23 por cento dos votos. Mas não iria para o segundo turno, que seria entre José Serra e Marina Silva. Não é parece o samba do crioulo doido?

O SEGURO E OS FEDERAIS
Fala-se, nos bastidores, que a Polícia Federal de Rondônia está de olho num negócio daqueles que podem colocar muita gente atrás das grades. Não se divulga muitas informações, mas uma entidade teria denunciado que o número de seguros pagos pelo DPVAT, em terras rondonienses, seria mais ou menos o triplo do número de acidentes registrados. Por enquanto o assunto está sendo tratado em segredo, claro, porque as investigações ainda se encontram na fase inicial. Ao que tudo indica, tem gente dando o golpe no seguro obrigatório, usando documentos falsos para ganhar dinheiro. Muito dinheiro. Em outros casos, pessoas que teriam dado procuração, mesmo feridas em acidentes, ficaram sem um centavo. Será que tudo isso é  verdade ou apenas mais uma boataria sem sentido?

UM SONHO DISTANTE
A duplicação da BR 364 é um sonho distante, embora viável. O problema agora é a série de discursos e anúncios de que a obra vai sair, como se isso fosse acontecer logo. O projeto de duplicação está sendo feito para três décadas, com pequenos trechos sendo duplicados a cada período e, mais que isso, por empresas privadas, que cobrarão pedágio. Uma das histórias que se conta é que, no trecho entre Vilhena e Porto Velho, poderão haver até 13 pedágios, o que seria um absurdo, porque haveria um pedágio a cada trecho de menos de 100 quilômetros. A verdade é que há muita conversa, mas nenhuma definição. Fala-se, como se fala em tantas obras para Rondônia, que nunca saíram do papel. A duplicação é uma nessidade urgente. Teria que ser programada para já. Mas, é claro, nunca se sabe se um dia se tornará realidade. Ao menos antes de três décadas.

PERGUNTINHA
O que fazer com um país em que um em cada três pessoas entrevistadas numa pesquisa nacional não tem a mínima ideia de quem é o Presidente da República, que decide sobre suas vidas?

Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.



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