Manipulação - Esta coluna já havia antecipado ano passado que as principais obras inauguradas no segundo semestre de 2014, do Governo do Estado, eram eleitoreiras e foram marcadas as inaugurações exatamente dentro do calendário eleitoral. O teatro e o espaço alternativo, por exemplo, comprovam que as críticas feitas por este cabeça chata estavam corretas. Essas duas obras utilizadas exaustivamente nas peças publicitárias do candidato à reeleição Confúcio Moura tinham cunho eleitoreiro e estão com irregularidades. Basta acessar as peças de mídia produzidas na época para comprovar a manipulação. Este é um governo que "faz, começa e não conclui".
Abuso - Embora irregular para o uso, o governo promoveu uma grande festa com a participação do então candidato Confúcio Moura para inaugurar o teatro. Uma empresa privada amiga do palácio pagou uma companhia de dança paulista, mas todos os contatos para a contratação ficaram por conta da Secel. O abuso rendeu ao governador cassado outro processo no Tribunal Regional Eleitoral.
UTI - O grupo Russian Ballet fará uma apresentação inédita em Porto Velho, na próxima semana, o problema é que não poderá utilizar as instalações do Palácio das Artes e será obrigado a se apresentar numa casa de shows inadequada para espetáculo dessa natureza. Enquanto o governo estadual e a prefeitura da capital não resolverem as pendências, o teatro continuará servindo apenas como cartão postal numa cidade que está na UTI necessitando de cuidados especializados. Lembrando, entretanto, que os dois governantes são médicos.
Hemoderivados - Os hospitais da rede privada estão corretos ao reclamar da forma pela qual a Fhemeron encaminhou os boletos com informações genéricas para pagamento dos insumos hemoderivados utilizados na qualidade do sangue. Quem não tem nada a ver com o rolo é o doador e o paciente que necessita do sangue para sobreviver. A Fhemeron ao inovar a forma de cobrança arrumou uma confusão desnecessária, visto que a rede privada nunca se recusou a quitar tais débitos. Sem inovações autoritárias, é claro!
SENAR - O TCU julgou irregulares as contas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Rondônia e condenou os dirigentes pelos atos investigados a ressarcimento dos danos causados. A tomada especial de contas concluiu que sob a gestão de Chico Padre os gastos com combustíveis e contratação de pessoal tiveram várias irregularidades. Com eleição próxima para a Federação, Chico Padre quer novo mandato.
Investimentos - Mesmo cortando e contingenciando o orçamento da União, o Governo Federal lançou um pacote de obras para melhorar a infraestrutura viária do país. Rondônia está contemplada no plano com a BR 364 e a ferrovia transoceânica. Em geral entre a intenção e a realidade vai uma distância danada, em particular quando estamos falando de promessas políticas. Independente do ceticismo da coluna, é um alento verificar neste embrulho federal alguma obra para melhorar os transportes rondonienses. Torcemos para que vire realidade mais cedo ou mais tarde: apesar da tesoura governamental.
Renúncia - Com a administração desgastada e farto com a burocracia municipal, César Cassol (PP), prefeito de Rolim de Moura, tem confidenciado aos auxiliares fadiga política e está considerando a possibilidade de renunciar ao cargo. Empresário próspero e de sucesso, a vida pública de Cesar Cassol tem oscilado entre altos e baixos. O momento é de crise aguda. Se renunciar os munícipes agradecem.
Ruínas - Independentemente dos problemas técnicos e judiciais que paralisaram as obras do Espaço Alternativo, a conclusão dessas obras é imperiosa para a população que utiliza o espaço para a boa prática de exercícios físicos. No último feriado mais de três mil pessoas (estimado) caminhavam naquele espaço com metade da avenida sem luz. É uma lástima deixar as estruturas físicas entrarem em ruínas enquanto nossas autoridades batem cabeça para desobstruir os óbices legais. Mauro Nazif e Confúcio Moura deveriam tomar vergonha, reunir os auxiliares e ordenar a conclusão das obras antes que as estruturas caiam e o prejuízo aumente.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira
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