terça-feira, 23 de junho de 2015

Resenha Política

AlvoTrês prefeituras rondonienses estão tendo os seus contratos e convênios investigados e seus dirigentes podem virar alvo dos órgãos de controle, com consequências nada alvissareiras. A coluna apurou que em uma delas, por exemplo, há indícios fortes de malfeitos, embora o ritmo administrativo seja lento. Imagine se fosse arrojado...

Inteligência A operação da polícia civil estadual que prendeu uma quadrilha de narcotraficantes na região central de Rondônia é sinal de que voltamos a ser um corredor importante na rota do tráfico. Isto explica o aumento desenfreado da violência em nosso estado e, a operação, feita pela polícia estadual, indica que a instituição adotou a inteligência como ferramenta importante de investigação. Também revela que não está inerte à escalada da violência num governo onde nada funciona na velocidade que a população almeja.  
CemitérioA prefeitura de Porto Velho é conhecida nos bastidores políticos como o terreno mais fértil para que os políticos enterrem pretensões maiores na vida pública. Razão pela qual muitos pretendentes a suceder o desastroso prefeito Mauro Nazif estão receosos a anunciar em seus partidos a disposição de encarar a disputa em 2016.  
ReceioA deputada federal Mariana Carvalho (PSDB), parlamentar mais votada na capital, ainda não decidiu se disputa a prefeitura, receosa dos entraves administrativos, e avalia com mais cautela a candidatura. Apesar de ser a mais forte concorrente.
Abreviação Os municípios em geral passam por uma crise sem precedentes, mas em Porto Velho, particularmente, a situação é muito grave devido ao volume de obras inacabadas, de incompetência e de demandas judiciais que paralisam qualquer administração. Não é à toa que é conhecida como cemitério de político. Mariana tem razão em avaliar bem antes de decidir para não abreviar a carreira. Embora os asseclas pressionem para que assuma a candidatura imediatamente.
ZumbiQuem também reza para que Mariana Carvalho opte por ficar fora da disputa é o prefeito Mauro Nazif. Desgastado e sem um discurso para convencer o eleitor da capital a lhe conferir mais quatro anos no paço municipal, Nazif é um zumbi político numa cidade sob escombros. Está num mandato fantasmagórico que provoca horror no mais incrédulo eleitor.
EfeitoO efeito da paralisia nos municípios vai influenciar nas eleições municipais de 2016. Em Rondônia, por exemplo, a maioria dos prefeitos está mal avaliada e muitos deles vão ser derrotados nas candidaturas de reeleição. Porto Velho, Ariquemes, Jaru, Ouro Preto, Médici, Guajará-Mirim, Cacoal, Rolim de Moura, Vilhena, entre outros, possuem administrações capengas, além dos problemas com os órgãos de controle que tendem a derrubar ainda mais os percentuais de avaliação.
Escândalo O projeto de lei complementar 16/15, de autoria do Governo do Estado, enviado para aprovação na Assembleia Legislativa, é escandaloso porque não melhora o funcionamento da máquina administrativa nas áreas de saúde, educação e segurança, conforme justificou o senhor secretário de planejamento, George Braga. O projeto de reestruturação apenas concentra cargos comissionados em setores cruciais à administração que são altamente organizados do ponto de vista das demandas corporativas e, com a nova nomenclatura organizacional, é possível aliviar a barra com nomeações. Ademais, não indica concretamente melhora nos serviços públicos. Um escandaloso instrumento de manipulação política e os apadrinhados agradecem.
RenúnciaCesar Cassol (PP) anunciou ontem a renúncia ao cargo de prefeito do município de Rolim de Moura, embora a coluna tenha antecipado há quinze dias a decisão. Ao assumir Cesar tomou várias decisões impopulares, mas o desgaste aumento na medida que foi se ausentando da administração e se esquivando em resolver os problemas. É hoje o prefeito mais impopular da história de Rolim de Moura. A renúncia foi um ato de dignidade.

Fonte: Jornalista Robson Oliveira


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