Recentemente foi tema de matérias
jornalísticas um projeto em discussão no Congresso Nacional para livrar os
clubes de uma dívida que, juntando todos os devedores superava, àquela altura,
sem correção, 4,5 bilhões de reais. E todos os anos uma parcela considerável do
dinheiro do contribuinte vai sustentar partidos políticos, recursos que bem
poderiam estar indo para atender setores que “choram” à míngua e não podem
atender suas finalidades justamente porque, para isso não há benemerência,
apenas cortes, como recentemente nossa presidente fez em cima de itens que, com
certeza, a “inteligência palaciana” não crê importantes: Saúde e Educação.
Por que temos de pagar para que
times de futebol e partidos políticos sobrevivam? Falando francamente não dá
pra encontrar uma resposta coerente, capaz de explicar sem deixar dúvidas.
Vamos as partes.
Os primeiros, os times de
futebol, são entidades privadas – devem ter lá seu CNPJ, com finalidades
lucrativas, se não o fossem não cobrariam ingressos nem venderiam jogadores. Na
realidade, apesar de não serem administrados como empresas privadas em
realidade o são. É só verificar que para se associar, ainda que seja só para
ser “sócio torcedor” a pessoa tem de pagar uma determinada quantia e, depois,
continuar pagando mensalidade e outros penduricalhos. Então, por que eles devem
ser isentados da dívida em que mergulharam sabe lá por quais desmandos?
E os partidos políticos?
Praticamente a mesma coisa: são entidades com CNPJ, e ainda que não tenham
finalidade lucrativa – o que em realidade é apenas uma balela, o certo é que
cada cidadão que decidir inscrever-se em uma dessas entidades deveria também
ficar obrigado a pagar uma quantia específica mensal, anual, seja o prazo que for
par sustentar as eventuais despesas inerentes ao funcionamento normal da sigla.
Mas, não: sobrevivem do chamado “Fundo
partidário” um ente inventado pelos legisladores, eles mesmos filiados às mais
diversas facções políticas, e os recursos são retirados do orçamento da Nação,
quando o correto seria que fossem sustentados pelos próprios filiados.
Agora, se você deixar de declarar
um naco mínimo daquilo que a lei manda você contar ao Imposto de Renda a sua
vida vira um inferno, porque a Receita Federal vem em cima de você literalmente
para lhe “comer o fígado”, às vezes por um simples erro gerado pelo não
entendimento de alguma novidade que um burocrata qualquer colocou nas normas do
“leão” para o ano corrente.
Para o contribuinte, que paga
imposto de tudo que é ordem, que trabalha mais de 150 dias/ ano para sustentar o sistema, não há
anistia, não há qualquer amenidade. Vai para a dívida ativa e sofre todas as
formas de humilhações. Já para clubes de futebol e partidos políticos as
benesses são constantes, e a fiscalização praticamente zero.
Fonte: EDITORIAL – Jornal Alto
Madeira
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