sábado, 2 de agosto de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

É UM COMEÇO, MAS FALTA MUITO NA LEI DAS ONGS

Há muitas Organizações Não Governamentais com um trabalho social importante e resultados altamente positivos. A grande maioria dessas instituições, vive mesmo de apoios privados e não depende de verbas oficiais, para realizarem suas tarefas, de grande importância para as comunidades em que atuam e aos grupos que beneficiam. Para essas, não fará diferença o decreto assinado pelo presidente Dilma, que cria regras para convênios públicos com ONGs. Agora, aquelas outras, as que de "Não Governamental" só tem o nome; que vivem de dinheiro oficial, recebendo fortunas e muitas vezes sem prestar contas, essas sim, eventualmente, poderão se preocupar. As novas regras são um pouco menos moles que as atuais, já que impõem exigências importantes, o que deixará parte dos malandros e aventureiros, que hoje se banham no dinheiro público, sem dar praticamente nada em troca para a sociedade, com uma fiscalização ao menos aparentemente rigorosa. A nova lei também em nada influirá nas ONGs internacionais, essas que mandam e desmandam na região Amazônica, porque essas pouco recebem de dinheiro público no Brasil. São abastecidas com quantias bilionárias para defender, isso sim, os interesses de grandes corporações, espalhadas em vários países e que têm seus olhos sempre voltados para as nossas riquezas.

Enfim, a nova lei tem sim avanços, embora, na prática, só o futuro dirá se haverá mesmo uma transformação significativa nas relações ONGs/Governo. É um começo. O que ainda está faltando é o nosso governo exigir a devoluções de milhões de dinheiro do povo, aplicados em ONGs que sequer tinham endereço e que jamais cumpriram qualquer missão social. Mas daí já é querer demais, porque, se fizer isso, o comando político do país poderá ter que mexer com parceiros e gente muito próxima...

 

 NA OUTRA GERAÇÃO - Não fosse a burocracia, dezenas de órgãos de todos os tipos, incluindo os de fiscalização (um puxando para um lado, outros para o outro), até se poderia comemorar a intenção de 15 empresas para elaborar o projeto da linha férrea que, quem sabe um dia, ligará Vilhena a Porto Velho. O problema é que, nesse caminho tortuoso, uma obra que poderia levar alguns poucos anos, pode empacar e, se um dia ficar pronta, essa geração provavelmente não está mais por este Planeta.
 EMARANHADO DE LEIS - Uma pena que o Brasil se transformou nessa burocracia toda, com um emaranhado de leis tão complexas, que procuradores, promotores e membros de Tribunais e Contas é quem, realmente, gerem muitas das nossas obras públicas. Não são os eleitos pelo povo, mas pelo poder que a lei lhes dá, podem não só determinar que obras podem ser realizadas, mas ainda quando elas devem ser paralisadas e, até, se um dia poderão recomeçar. Quem sabe no futuro, sejamos um país em que haja, na vida real, a independência de poderes?
 APARÍCIO NA TV - No programa Candelária Debate deste sábado, pela TV Candelária/ Record, para toda a Rondônia, o médico e empresário Aparício Carvalho é o entrevistado. Entusiasta de Rondônia, ele fala um pouco da história recente, já que foi vice-governador e deputado federal; sobre o Hospital de Base, onde ainda é médico ativo e também sobre a Fimca, sua criação e o ensino superior como um todo. Vale a pena conferir o bate papo com Sérgio Pires, inclusive as críticas de Aparício contra a má vontade dos órgãos públicos para com as instituições de ensino. É neste sábado, 13h20, em rede estadual pela TV Candelária.
 VAI PARA O ESPAÇO - Realizado desde 1997, outro grande evento cultural está perto de chegar ao fim. O Duelo da Fronteira,em Guajará Mirim, entre os bois bumbás Malhadinho e Flor do Campo, tem uma verba de apenas 30 mil reais para este ano. Dez vezes menos do que o necessário. E pior: o Ministério Público não autoriza o evento no Bumbódromo, que existe desde 2009, a não ser que sejam feitas várias obras, que não têm como serem realizadas. Ou seja: não há apoio, não há interesse em manter a nossa cultura viva.
 COMPRA DE VOTOS - O crime eleitoral mais grave, certamente, é a compra de votos. Esse sim, deveria ser combatido com todas as forças, e com fiscalização concentrada. O problema é que a Justiça Eleitoral tem se preocupado com coisas menores, esparramando-se numa fiscalização em detalhes, tirando forças em que deveria se concentrar no crime maior. Dando atenção a problemas periféricos (como patrulhar jornalistas por suas publicações e opiniões), certamente não haverá todo o direcionamento necessário ao combate à compra de voto. Daí, os compradores deitam e rolam...
 PRESENTE DE GREGO - O ex presidente Lula elegeu o prefeito de São Paulo, Paulo Haddad. O mesmo que no Ministério da Educação já tinha tido uma administração pífia e que, levado embaixo do braço por Lula e usando a popularidade do ex Presidente, acabou ganhando a eleição na maior cidade brasileira, contra todos os prognósticos do bom senso. Agora, está se vendo o que Lula empurrou goela abaixo dos paulistanos. Haddad tem os menores índices de aprovação dos últimos dez prefeitos e está em queda. Será um dos culpados pela derrota fragorosa do seu partido em São Paulo.
 PERGUNTINHA - Só quando o TRE decidir sobre todos os nomes que entrarão na disputa pelo Governo de Rondônia, a campanha eleitoral vai começar de fato?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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