Denúncia divulgada pelo jornalismo da TV Candelária/Record, mostrou mais um daqueles escândalos no serviço público a que já estamos nos acostumando, pois acontecem em todos os cantos do país e quase todos os dias. E de vez em quando são descobertos, fazendo alarde no começo, mas depois sendo engolido pelo próximo. Exonerado do cargo por se negar a pagar uma medição de obra numa UPA, alegando que havia sérias irregularidades no processo, o então secretário de saúde de Cacoal, Márcio Welber, abriu o jogo. Numa reunião com vereadores, gravada escondida pelo vereador Adailton Fúria, o então secretário (um dos 12 que ocuparam o cargo na atual administração) acusou o prefeito e o procurador do município de envolvimento em ilegalidades relacionadas com licitações. E comentou que a empresa vencedora da obra da UPA já teria pago mais de 190 mil reais, óbvia suspeita de propina. Tudo está na gravação. Também está afirmação do ex secretário, de que foi ameaçado de morte pelo procurador José Carlos dos Reis, que ele chamou na gravação de Zé Carlos. "Ele disse que me daria um tiro na cara se eu não assinasse o pagamento ou se abrisse a boca para contar alguma coisa", relatou Márcio Welber.
O prefeito Padre Franco negou tudo e disse que em seu governo nada é feito fora da legalidade. Afirmou ter aberto toda a documentação para quem quiser ver. E tem gente que quer ver! O Ministério Público está investigando tudo. E os vereadores, que criaram uma CPI para apurar as responsabilidades e a verdade. O assunto, é claro, tornou-se tema de todas as conversas em Cacoal. O caso pode até ir para a vale comum da Justiça, mas certamente trará consequências políticas imediatas. E é Rondônia, de novo, no centro de um escândalo. O que, obviamente, ninguém gostaria que tivesse se repetido.
QUANDO A POEIRA BAIXAR - A luta pela Presidência vai esquentar muito nos próximos dias, com a entrada de Marina Silva. Passada a comoção pela morte de Eduardo Campos, a poeira vai baixar e Marina não poderá mais ficar na esteira da tristeza natural do eleitorado, pela trágica perda. Só dentro de algumas semanas, quando as propostas e não discursos emocionados feitos antes e depois do sepultamento de Campos, se tornarão o mais importante, é que se saberá exatamente a força de Marina. Se ela vier com seus 20 milhões de votos da última eleição, estará no segundo turno.
COMEÇO FRIO - Já a campanha para o governo também está longe de esquentar. O primeiro dia de apresentação dos candidatos no horário eleitoral gratuito foi de pouca proposta e muita conversa genérica. Mas que ninguém se engane! Na medida em que a campanha andar e as pesquisas derem o norte aos candidatos, a coisa vai ficar muito mais dura do que o soft primeiro dia. Expedito Júnior, Confúcio Moura, Padre Ton, Jaqueline Cassol e Pimenta de Rondônia contam a propaganda gratuita para conquistar o eleitorado. Quem conseguirá?
DESTAQUE NACIONAL - Um rondoniense da gema, formado em Direito pela Faro e professor de Direito, tem se destacado no cenário nacional. Trata-se do Procurador Geral de Justiça do Ministério Público, dr. Héverton Aguiar. Hoje, além de ter um trabalho reconhecido pela sociedade local, Héverton ainda preside o Grupo Nacional do Grupo de Combate às Organizações Criminosas, que atua em todo o país no combate ao crime organizado e às roubalheiras que, há vezes, ligam políticos suspeitos de desvio do dinheiro público com quadrilhas que agem Brasil afora.
SERÁ NOS DOMINGOS - Mudaram as datas em que as entrevistas com os candidatos ao Senado vão ao ar no programa Candelária Debate, pelas mais de duas dezenas de emissoras afiliadas à TV Candelária/Record. Por causa do horário eleitoral gratuito, as entrevistas vão ao ar nos domingos, 8h20 da manhã e não mais aos sábados à tarde. O novo mapa é o seguinte: Moreira Mendes (no ar dia 31.08); Acir Gurgacz (07/09); Aluizio Vidal (14.09) e Ivone Cassol (21/09). As datas e horários das gravações foram acertadas com as assessorias dos candidatos.
MORTES CANALHAS - "Toda morte é incompreensível, mas algumas são mais canalhas que as outras"! A frase é do genial Luiz Fernando Veríssimo, em texto reproduzido em dezenas de jornais e sites. Sintetiza o que ocorreu numa só semana, recheada de obituários. A morte menos canalha foi da atriz Lauren Baccal, que se foi na velhice, aos 89 anos. As incompreensíveis, dignas da canalhice do destino: do genial ator americano Robin Willians, que se suicidou e a trágica, do líder político brasileiro Eduardo Campos. Veríssimo é como vinho: quanto mais velho, melhor!
TRANSPOSIÇÃO FICA IGUAL - Quem esperava que a presidente Dilma, em sua visita a Porto Velho, fizesse um discurso otimista em relação à transposição, deram com os burros n´água. Dilma foi objetiva: todos têm que ter paciência até que todos os trâmites legais sejam cumpridos. Candidatos que contavam com alguma frase da Presidente para se colocarem como pais ou mães da transposição, se ferraram. Dilma foi sincera. Deixou transparecer que a transposição não sai tão cedo.
PERGUNTINHA - Com uma inflação de quase 7% e com o PIB crescendo pouco mais de meio por cento neste ano, como o próximo Presidente da República vai melhorar a economia do Brasil, a partir de 2015?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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