O Papa Francisco tem sido um incansável defensor da cultura da paz, que ele chama também de cultura do encontro. Mas o que temos visto? O mundo cada vez mais intolerante, com extremismos que fomentam cada vez mais a violência.
É inacreditável que há exatamente cem anos desde a eclosão da Primeira Guerra Mundial, que traumatizou a todos, com milhões de mortos, possamos ainda ver nações civilizadas novamente em conflagrações agudas, como a de Israel e os palestinos, a Rússia e a Ucrânia, etc.
E então, o que fazemos diante de tudo isso? Não podemos aceitar a cultura da guerra como algo normal, por isso o apelo do papa Francisco tem sentido: a guerra é o suicídio da humanidade, e queremos paz.
A cultura da paz deve ser cultivada em nossa sociedade, e podemos começar a partir de casa, na escola, no trabalho, em família e com os amigos, pois em todos os ambientes devemos criar uma nova cultura, menos agressiva.
Também os meios de comunicação precisam rever suas pautas principalmente em programas televisivos, em que a mídia dá muito destaque nos noticiários do cotidiano, notícias de violência.
Dificilmente vemos a imprensa divulgar a boa notícia, exemplos bem sucedidos de ações em favor da vida e da paz, mas apenas reportagens de tragédias, crimes, e violências de toda espécie. Para que haja cultura da paz (e cultura tem a ver com cultivar), teremos que mudar um pouco essa mentalidade, e aprender a semear os valores da paz.
Por isso é que consideramos um absurdo, cem anos exatos da Primeira Guerra Mundial, a eclosão desses novos conflitos, na proporção em que estão ocorrendo. A pergunta que fica é: será que não aprendemos nada em cem anos?
Até quando continuaremos a resolver os impasses humanos com bombas, canhões e mísseis? Precisamos reverter essa situação cultivando mais a cultura da paz. É desse cultivo que poderemos garantir uma sociedade mais humana e próspera para todos, pois afinal todos nós queremos a paz duradoura.
Fonte: Texto de Valmor Bolan / Jornal O Estadão do Norte
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