quarta-feira, 20 de novembro de 2013

OPINIÃO DE PRIMEIRA

ESTÁ CORRETO NÃO CRIAR NOVAS CIDADES, MAS SÓ ATÉ CERTO PONTO

Há duas vertentes  para analisar o caso do veto total da  Presidente Dilma à lei que criaria mais de 90 novos municípios no país. Aprovada pelo Congresso, ela  (foto) autorizava as novas cidades, com critérios duvidosos, com facilidades extremas, ignorando a realidade nacional e colocando os eventuais núcleos emancipados, apenas no rol daqueles que viveriam de pires na mão, sobrevivendo só com o Fundo de Participação dos Municípios (o FPM). Sob esse prisma, está cheia de razão a dona Dilma. Não há o que contestar. Cidades com meia dúzia de moradores e sem chance de sobrevivência econômica, , teriam prefeito, vice, vereadores, secretários, dezenas de cargos comissionados. Ponto final. Mas há o outro lado da moeda. Podemos pegar exemplos próximos, aqui de Rondônia mesmo. Os distritos de Tarilândia, em Jaru e da Ponta do Abunã - formada por  Extrema e Nova Califórnia  - estão aptos à emancipação há muitos anos. Os motivos são óbvios e muito diferentes daqueles que os congressistas impuseram na lei que mandaram para a Presidente analisar e, no fim das contas, vetar.
 Tanto na Ponta do Abunã quanto  em Tarilândia, a população está dentro dos números exigidos tecnicamente, mas, muito mais que isso, ambas as regiões teriam facilidade para crescer, porque sua economia é forte. Precisariam de recursos estaduais e federais? Claro que sim. Mas não dependeriam exclusivamente deles. E teriam como se desenvolver muito mais rapidamente, até porque estão distantes das sedes dos municípios a que pertencem e ficam sempre em segundo plano.  Aqui, a história seriam muito diferente. Geridos por suas próprias comunidades, Tarilândia e Ponta do Abunã, em poucos anos, seriam cidades prósperas. Para quem conhece Rondônia, não há qualquer dúvida sobre isso. Mas como Brasília não nos conhece...
 INJUSTIÇA CONTRA NÓS - Sobre o mesmo tema, é importante que se conclua que está na hora do bom senso. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Tem que haver uma lei justa, que permita a emancipação de regiões que podem sobreviver por si mesmas, andando com as próprias pernas, através de suas riquezas econômicas.  E, ao mesmo tempo, impedir que se criem municípios apenas como redutos eleitorais de meia dúzia de políticos malandros. Porque, se isso não acontecer, regiões como os distritos de Rondônia continuarão sendo injustiçadas.
RESPOSTAS NO FUTURO - Um dia se vai ficar sabendo os verdadeiros motivos. Mas que os há, os há. As emissoras da Rede Globo e o site G1, do mesmo grupo, decidiram partir para uma guerra contra a polícia, criminalizando as ações dos homens da lei. São poucos os protestos da poderosa emissora contra a guerra civil que o país todo enfrenta e que está matando 50 mil pessoas por ano no país. Mas basta um policial cometer um erro; um inocente ser baleado ou morto num confronto entre policia e bandidos, para que a Globo coloque os agentes da lei como criminosos, perante a opinião pública. Um dia, no futuro, saberemos porque...
 CARA DE PAU - Se a moda pega, vai faltar cadeia: a polícia de Cerejeiras prendeu um comerciante da cidade, que com a maior cara de pau, não só expunha, mas também vendia gêneros alimentícios - entre muitos outros produtos - com o prazo de vencimento esgotado há muito tempo. A Vigilância Sanitária foi chamada e constatou que realmente a coisa era séria. O comerciante foi preso em flagrante e vai responder por vários crimes, incluindo o contra a economia popular. Imagine-se se operações como essas sejam feitas em outras cidades?
 FERIADÃO - Prefeituras de todo o país fazem protesto contra o governo federal dia 13 de dezembro, não por coincidência uma sexta-feira. Realizam o protesto e, ao mesmo tempo, fazem mais um feriadão. A maioria das 5.564 prefeituras do país deverá fechar suas portas naquela dia, em protesto contra a drástica redução nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A União  Brasileira dos Municípios, UBAM, diz que a entidade está apoiando o movimento como forma repudiar o que classificou de “o maior arrocho financeiro dos últimos 25 anos”.O protesto é elogiável, mas o feriadão parece deboche...
UMA DÉCADA - Espera-se que a morte covarde do PM, atacado por invasores da Floresta Nacional do Bom Futuro não entre no  rol de crimes sem punição em Rondônia. Como o caso é federal, o assunto vai para as mãos do Ministério Público Federal. Tomara que o processo ande de forma célere e os culpados paguem por seus crimes. Porque se o MPF tratar o assunto como trata o caso do massacre dos garimpeiros na Reserva Roosevelt, quem sabe daqui a uma década não estaremos falando ainda sobre a impunidade na Flona Bom Futuro?
PUNIÇÃO ZERO - É sempre bom lembrar que em abril de 2014, se completarão dez anos do massacre de Roosevelt. A Polícia Federal concluiu um longo inquérito, apontando quase uma centena de suspeitos no envolvimento no cruel assassinato de 29 seres humanos. O caso até hoje não andou. Está sob os cuidados do MPF de Ji-Paraná e, ao que se sabe, não saiu das gavetas ainda. Quem sabe quando estiver prestes a "comemorar" uma década de punição zero, o caso não volte a andar?
PERGUNTINHAS - A pouco mais de um mês do Natal, sua lista de compras já está pronta? E é maior ou menor do que foi no ano passado?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

Nenhum comentário:

Postar um comentário