sexta-feira, 13 de maio de 2016

Resenha Política

Impeachment
O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) deverá ser confirmado no plenário do Senado federal, nesta quarta-feira, onde todas as atenções dos brasileiros estarão voltadas. Não há um petista no Congresso Nacional que acredite na salvação da presidente. Os senadores vão dar continuidade ao processo e, por consequência, afastar a presidente por 180 dias. Embora ninguém acredite que volte após o afastamento.

Holofote
Sessenta dos oitenta e um senadores se inscreveram até o final da tarde desta terça-feira para discursar na sessão de amanhã (quarta-feira) que analisa o impeachment. Ninguém quer perder a oportunidade de aparecer bem com seu eleitorado, a sessão histórica do Senado será um bom holofote para prestarem contas.

Cobrança
O senador rondoniense Valdir Raupp (PMDB), por exemplo, é um dos inscritos. Raupp dirá que é favorável ao impeachment e aproveitará a oportunidade para cobrar a fatura do próximo presidente, para que faça investimentos na infraestrutura de Rondônia. A manutenção e duplicação da BR 364, a implantação da Ferrovia Bioceânica, a conclusão dos viadutos da capital, a construção da ponte binacional Brasil/Bolívia, além da conclusão da ponte de Abunã são alguns das cobranças que o senador fará durante o seu discurso. O efeito imediato é pequeno, mas em longo prazo é possível que surta algum efeito.

Preparação
Em Brasília a cidade se prepara para a votação no Senado com grupos pós e contra o impeachment desembarcando na cidade. O acesso ao Congresso Nacional vai ser restrito e os manifestantes serão acomodados no lado direito e esquerdo das esplanadas dos ministérios. Aparentemente a capital federal está tranquila sem registro de confrontos.

Desmascarando
Apesar da assessoria da deputada federal Mariana Carvalho (PSDB) demonizar a coluna por ter sido a primeira a anunciar em janeiro passado que a parlamentar relutava em ser candidata à prefeita de Porto Velho, na medida em que nos aproximamos do calendário eleitoral, é possível confirmar que o anúncio antecipado feito pela coluna é verdadeiro.

Novidade
Com a indecisão de Mariana Carvalho os tucanos começam a sinalizar que podem lançar o empresário e ex-promotor de justiça, Hildon Chaves, à sucessão de Mauro Nazif. É um nome novo que mexeu com os bastidores políticos da capital, já que os eleitores estão ávidos por uma novidade diferente das figuras carimbadas.

Perdida
Mariana saiu das últimas eleições (2014) com uma votação surpreendente que a projetou ao estrelato político. Imediatamente seu nome passou a ser forte corrente em desalojar a administração desastrada do Dr. Mauro. Mas, embora bem avaliada, passou a emitir sinais de dubiedade em relação ao pleito, abrindo espaço para que novos nomes surgissem. A indecisão e a atuação parlamentar pouco produtiva tem desgastado a deputada que, esta semana, chegou a ser desmentida oficialmente pelo prefeito de Candeias por anunciar recursos para o município que nunca chegaram aos cofres municipais. Mesmo que decida disputar as eleições da capital, já não ostenta a mesma força de 2014, nem provoca suspiro de surpresa.

Mudanças
Todos os membros da bancada federal rondoniense farão parte da base de sustentação do novo governo Temer, caso se confirmem todas as previsões dessa quarta-feira. Todos vão querer indicar apaniguados para os cargos federais em Rondônia e as tratativas estão em andamento. Não será fácil acomodar os interesses divergentes, que não são poucos, podendo provocar dispersões. A coluna apurou que os cargos da Funasa, Incra e Eletronorte despertam os maiores interesses. Apesar de que há uma gana dos partidos de oposição em desalojar os petistas dos cargos menores.  

Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho-RO.


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