Impeachment
O processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff (PT) deverá ser confirmado no plenário do Senado
federal, nesta quarta-feira, onde todas as atenções dos brasileiros estarão
voltadas. Não há um petista no Congresso Nacional que acredite na salvação da
presidente. Os senadores vão dar continuidade ao processo e, por consequência,
afastar a presidente por 180 dias. Embora ninguém acredite que volte após o
afastamento.
Holofote
Sessenta dos oitenta e um senadores
se inscreveram até o final da tarde desta terça-feira para discursar na sessão
de amanhã (quarta-feira) que analisa o impeachment. Ninguém quer perder a
oportunidade de aparecer bem com seu eleitorado, a sessão histórica do Senado
será um bom holofote para prestarem contas.
Cobrança
O senador rondoniense Valdir Raupp
(PMDB), por exemplo, é um dos inscritos. Raupp dirá que é favorável ao
impeachment e aproveitará a oportunidade para cobrar a fatura do próximo
presidente, para que faça investimentos na infraestrutura de Rondônia. A
manutenção e duplicação da BR 364, a implantação da Ferrovia Bioceânica, a
conclusão dos viadutos da capital, a construção da ponte binacional
Brasil/Bolívia, além da conclusão da ponte de Abunã são alguns das cobranças
que o senador fará durante o seu discurso. O efeito imediato é pequeno, mas em
longo prazo é possível que surta algum efeito.
Preparação
Em Brasília a cidade se prepara para a votação no Senado com grupos pós
e contra o impeachment desembarcando na cidade. O acesso ao Congresso Nacional
vai ser restrito e os manifestantes serão acomodados no lado direito e esquerdo
das esplanadas dos ministérios. Aparentemente a capital federal está tranquila
sem registro de confrontos.
Desmascarando
Apesar da assessoria da deputada
federal Mariana Carvalho (PSDB) demonizar a coluna por ter sido a primeira a
anunciar em janeiro passado que a parlamentar relutava em ser candidata à
prefeita de Porto Velho, na medida em que nos aproximamos do calendário
eleitoral, é possível confirmar que o anúncio antecipado feito pela coluna é
verdadeiro.
Novidade
Com a indecisão de Mariana Carvalho
os tucanos começam a sinalizar que podem lançar o empresário e ex-promotor de
justiça, Hildon Chaves, à sucessão de Mauro Nazif. É um nome novo que mexeu com
os bastidores políticos da capital, já que os eleitores estão ávidos por uma
novidade diferente das figuras carimbadas.
Perdida
Mariana saiu das últimas eleições
(2014) com uma votação surpreendente que a projetou ao estrelato político.
Imediatamente seu nome passou a ser forte corrente em desalojar a administração
desastrada do Dr. Mauro. Mas, embora bem avaliada, passou a emitir sinais de
dubiedade em relação ao pleito, abrindo espaço para que novos nomes surgissem.
A indecisão e a atuação parlamentar pouco produtiva tem desgastado a deputada
que, esta semana, chegou a ser desmentida oficialmente pelo prefeito de
Candeias por anunciar recursos para o município que nunca chegaram aos cofres
municipais. Mesmo que decida disputar as eleições da capital, já não ostenta a
mesma força de 2014, nem provoca suspiro de surpresa.
Mudanças
Todos os membros da bancada federal rondoniense farão parte da base de
sustentação do novo governo Temer, caso se confirmem todas as previsões dessa
quarta-feira. Todos vão querer indicar apaniguados para os cargos federais em
Rondônia e as tratativas estão em andamento. Não será fácil acomodar os
interesses divergentes, que não são poucos, podendo provocar dispersões. A
coluna apurou que os cargos da Funasa, Incra e Eletronorte despertam os maiores
interesses. Apesar de que há uma gana dos partidos de oposição em desalojar os
petistas dos cargos menores.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho-RO.
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